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Sarah Palin foi uma escolha inteligente de John McCain para a vice-presidência. É mulher e por causa disso pode captar votos entre as mulheres em geral e as feministas em particular. Sendo conservadora acalma o eleitorado mais conservador do Partido Republicano, que continua apreensivo relativamente ao senador do Arkansas. Como tem a mesma idade de Barack Obama tira peso ao argumento da idade muito em voga entre os democratas nesta eleição presidencial. Mas, o mais importante é a sua experiência enquanto governadora do Alasca. Os norte-americanos não gostam de senadores, demasiado “políticos”. Preferem candidatos com experiência governativa. Por isso, os EUA têm sido desde há muito presididos por ex-governadores. O último senador que se tornou Presidente dos EUA foi Gerald Ford – sem eleições devido à resignação de Nixon, de quem era vice-presidente. Esta atípica eleição presidencial norte-americana trouxe também a novidade de os senadores passarem a ser opções válidas para a presidência, algo que parecia apenas reservado aos governadores. No entanto, o eleitorado não muda assim tanto em tão pouco tempo. E a experiência política de governação estadual ainda deve pesar entre o eleitorado. Obama e Joe Biden são senadores. McCain também. Sarah Palin é a única candidata nas duas duplas concorrentes que possui experiência governativa. É esse o principal trunfo da escolha de Palin para a vice-presidência: a experiência executiva e não apenas legislativa da candidata. Uma escolha inteligente.
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