segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Milk

O filme Milk retrata a epopeia do activista gay Harvey Milk pelos direitos civis da comunidade homossexual dos Estados Unidos. É uma biografia política/sentimental de um homem que desafiou um sistema que o lesava de forma corajosa devido à sua inabalável confiança em si mesmo e no que defendia, isto apesar de não ser uma pessoa com tendência para ser bem sucedida. “Tenho 40 anos e ainda não fiz nada que me orgulhe”, disse H. Milk antes de se mudar para S. Francisco, a cidade americana mais liberal dos anos 70. Lá, tentou desgraçadamente fazer-se eleger várias vezes supervisor municipal da cidade até que por fim, e depois de muitos esforços e desgostos (custou-lhe uma relação amorosa), conseguiu ser eleito. Pelo caminho, encorajou e acarinhou todos os homossexuais que conseguiu unindo-os na luta pelos seus direitos civis. O que conseguiu com êxito. Todavia, a ideia fundamental do filme está quando Harvey Milk apela a todos os homossexuais para se assumirem. Isto é, revelarem a sua orientação sexual junto da família, dos colegas de trabalho ou de escola, dos vizinhos, amigos e conhecidos. Acreditava (e bem) que deste modo sensibilizariam toda a população americana para com a sua luta pelos direitos civis. Bem pensado. Quando conhecemos, somos amigos, familiares ou colegas de homossexuais é muito mais difícil não lhes reconhecer os mesmos direitos que já desfrutamos. Quando tudo termina, H. Milk já não podia dizer que durante a sua vida não fez nada com que se orgulhe.

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