sábado, 31 de maio de 2008

Tudo bom

Ferreira Leite vence, mas Passos Coelho adquire um estatuto no interior do partido e uma visibilidade pública assinalável. O sua votação revela uma mais do que honrosa primeira tentativa de chegar à liderança. Passa a ser o eleito de muita gente dentro do PSD.
A verdadeira batalha de Pedro Passos Coelho será contra Rui Rio, num futuro a médio prazo. A partir de agora deixem Manuela Ferreira Leite trabalhar. Nesse sentido, o facto de os militantes com maior visibilidade pública do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa e José Pacheco Pereira, estarem a seu lado vai facilitar bastante as coisas. As críticas farão se sentir com menor visibilidade. A comunicação social também pode ajudar à calmia: não fazendo entrevistas a Luís Filipe Menezes todas as semanas dando-lhe a oportunidade de destilar o seu cada vez mais indisfarçável ódio a algumas pessoas do partido - como a líder ou Pacheco Pereira e Rui Rio.

PSD: resultados

Resultados finais das eleições para a presidência do PSD (ou PPD-PSD, segundo Santana):

  1. Manuela Ferreira Leite (37.9%)
  2. Pedro Passos Coelho (31%)
  3. Pedro Santana Lopes (29.5%)
  4. Maluco dos Caramelos de Loulé (0.6%)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

PSD: o meu voto vai...

Para Manuela Ferreira Leite. Apesar de estar convicto que o futuro do PSD passará, em breve e bem, por Pedro Passos Coelho. É um homem com inegáveis qualidades políticas e pessoais. Mas esta não é a hora dele. Depois de Menezes - também ele um espécie de mudança - é tempo de serenar este nunca demais exaltado partido. E para isso Manuela Ferreira Leite serve. As autárquicas são as mais importantes eleições para o PSD. Não as legislativas, que não pode ganhar seja lá com que candidato for. Sem a continuação do domínio ao nível de municípios, e com esta crise ou o rescaldo dela, ai sim o futuro do PSD pode ser nubloso. Pode até acontecer que a um Sócrates gasto lá para 2013 suceda um António Costa revitalizado com a governança da capital. Gastar um trunfo, como Pedro Passos Coelho, agora seria uma estupidez que comprometeria o futuro. O domínio autárquico é mais fácil ser conseguido com uma liderança estável e credível do que com uma liderança nova, que acarreta a natural desconfiança dos eleitores. No fundo trata-se de revalidar mandatos apesar de uma ou outra disputa concelhia interessante. Manuela Ferreira Leite, apesar da sua congénita ausência de brilhantismo, é a mais lúcida escolha. Cumpre com eficácia e rigor, mas não deslumbra nem fascina. Para acautelar o presente imediato e o futuro pós-Ferreira Leite vou amanhã dar-lhe o meu voto. Sem entusiasmo mas com responsabilidade.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O individuo Ribau

Este individuo que a irresponsabilidade política fez secretário-geral do PSD, ainda tristemente em funções, é a personificação da pior imagem humana possível que o partido pode dar para o exterior. É um pacóvio provinciano, espelho da indigência intelectual que trespassa este país de Norte ao Sul, sem esquecer as ilhas. Esta figura por si só contribuiu decisivamente para a ausência de credibilidade que marcou a liderança de Luís Filipe Menezes. Se Menezes, tem ao seu lado um outro secretário-geral, talvez as coisas tivessem sido diferentes. Mas Ribau Esteves foi mau demais para ser verdade. E evidenciou que só um líder devedor de grandes favores, ao nível de aparelho partidário, podia escolher alguém assim para um cargo fundamental no interior do partido.
De qualquer forma ficará o ridículo da sua figura para a história política portuguesa, com a sua célebre máxima de que: “para se conquistar um gaja boa como o milho tem que se namorá-la primeiro”. Na sua hora de saída reclamou o estatuto de “prisioneiro político”, alegadamente por ter sido “imparcial” no processo de eleições para a liderança do partido. O que revela o carácter (é assim tão difícil ser imparcial?) e estofo intelectual (não consegui melhor do que se lembrar “prisioneiro político” para caracterizar o devido cumprimento das suas funções) no fim destes seus 7 meses de fama. Agora apoia Pedro Santana Lopes. Esclarecedor.

domingo, 25 de maio de 2008

Compreender Jardim

«Num ponto, pelo menos, Alberto João Jardim tem razão: a campanha para as directas do PSD está cinzenta e desinteressante. Claro que tudo seria diferente se o próprio Jardim concorresse – eis o que ele quis dizer na sua. Mas faltou-lhe a coragem e o desprendimento para entrar numa corrida de resultado incerto. Gostaria mesmo era de ser aclamado líder, como sucede na Madeira, sem ter de se sujeitar à maçada de um confronto em que corria o risco de, ao fim de 30 anos na política, sofrer a desfeita de uma primeira derrota eleitoral. Como talvez acredite que o PSD ainda pode degradar-se um pouco mais, a ponto de um dia lhe pedir o favor de ser o seu chefe – as legislativas do próximo ano o dirão – lá desfez o pequeno 'tabu'. Um 'tabu' que serviu apenas, como já se tinha percebido, para não ficar em branco nas notícias e exercer alguma pressão sobre os candidatos em presença.»
Fernando Madrinha in Expresso, 19 de Maio de 2008

Ainda sobre Cate Blanchett


«Olho para a cara de uma mulher com um corpo típico de quem já teve três filhos e vejo apenas sinais de experiência, de vivências pessoais muito importantes. Vale a pena apagar esses sinais? A morte não vai ser mais fácil apenas por podermos mexer no nosso rosto.»

Cate Blanchett, retirado da coluna "Entre Aspas" de Rafael Barbosa na revista Notícias Sábado (NS) de 24 de Maio.

sábado, 24 de maio de 2008

O Islão no seu melhor

Hamas e Fatha trocam mimos na Faixa de Gaza, lugar bem mais ternurento sem os israelitas por lá. Um hino ao pacifismo islâmico.

Gravado na Rocha

"Há dois caminhos na vida. O primeiro leva ao desespero, ao sofrimento e à angústia; o segundo leva à morte. Sabedoria consiste em saber escolher qual tomar..." Woody Allen.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Indiana Jones IV

Estreia hoje o IV filme da saga protagonizada pelo professor Jones. Sou fanático pela personagem desde criança e nunca soube ao certo quantificar a importânica destes filmes na minha vida. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal tem para mim como suplemento o facto de irritar, com o seu sucesso e mediatismo, os críticos pseudo-intelectuais que odeiam a «cultura de massas» norte-americana. Eu por mim fico satisfeito por vê-los a dar largas à sua intrínseca capacidade de falar-barato que, aliás, os singulariza, dizendo cobras e lagartos do filme sem sequer o terem visto. Na literatura a mesma coisa: Nicholas Spark e Dan Brown surtem um ódio doentio junto da intelectualidade «neo-socialista». A esquerda tem uma vantagem nítida em relação à direita: poupa muito tempo dedicado ao raciocínio. Se é americano é mau e pronto. Se muita gente lê é porque não presta. Fácil, não é?
Bom só livros com 500 exemplares de tiragem e de preferência financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) que enche a barriga a tantos e tantos pseudo-intelectuais de esquerda. Boaventura Sousa Santos se não estou em erro lidera o campeonato de estudos financiados por dinheiros públicos em Portugal e na África Lusófona.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Islão continua a assassinar

Sayed Perwiz Kambakhsh, jornalista e estudante universitário afegão de 23 anos foi condenado à morte, em 22 de Janeiro, por blasfémia contra o Islão - a única religião revelada do mundo que permite/promove o assassinato.
O presidente Karzai ainda pode salvá-lo, uma vez que pode comutar ou perdoar a sentença em última estância. Se a pressão internacional abrandar o medievalismo religioso islâmico mata mais um jornalista - o terceiro só no Afeganistão este mês. Gostava de ver qualquer iniciativa da esquerda para salvar a vida desta vítima daquela assassina religião. Mas deve ser mais conveniente continuar a ignorar. A RTP, segundo os habituais critérios, também deve estar a contribuir para mais um branqueamento noticioso, como acontece com quase todas as notícias menos abonatórias para com o Islão. E assim se vai vivendo. Ignorando, ignorando. Até quando?

Quem estuda Ciências da Educação pode endoidecer

Em jeito de partilha de agonia intelectual deixo-vos este estrato de texto fornecido numa aula pela própria autora:
«[Investigação-Acção] Lugar privilegiado de experimentação social é, assim, um espaço exemplar de “bricolage epistemológica”. Mas também da emergência de conflito sócio-cognitivo que acolhe um conjunto de problemáticas que lhe são centrais (ainda quando, pela tentação de uma leitura mais simplista, lhe possam parecer periféricas): a questão da comunicação e da linguagem; a dupla ruptura epistemológica, o senso comum esclarecido e a condição dialógica; a questão do sujeito e da relação sujeito/objecto; a escala a que se investiga, intervindo; a incompletude e a exterioridade, no âmbito de uma “hermenêutica diatópica” (Diapositivo conceptual que Boaventura Sousa Santos desenvolve no âmbito de estudos multiculturais).
Espaço de afirmação mais epistemológico do que metodológico – já que, à luz do cânone positivista, resulta em incomodidade epistemológica, uma vez que se consente em constructo ambíguo e híbrido, num espaço de cruzamentos disciplinares – a Investigação-Acção revê-se num quadro praxiológico que reconhece e acolhe a implicação, não descurando o papel do distanciamento, enquanto correlativo dialéctico da pertença; se move na imprevisibilidade e na incerteza; se revê na complexidade, dispensando-se de uma simplificação arbitrária objectualizante.»
Acho que ficou clarificado o conceito, ou melhor, o "diapositivo conceptual" de "Investigação-Acção" por parte da autora, Rosa Soares Nunes.

domingo, 18 de maio de 2008

Educação: zurro de burro III

"Os modelos escolares dominantes de «cultura», de «saber», de «sucesso», de «bom aluno», o modelo dominante da escola, afinal, criam dificuldades e constituem obstáculo ao sucesso dos alunos que pertencem a meios de cultura não letrada.»
Zurrado por Ana Benavente

sábado, 17 de maio de 2008

Educação: zurro de burro II

«O papel do professor não é pois o de transmitir ideias feitas aos alunos mas de os ajudar, através das tarefas apresentadas, a construir os seus próprios conhecimentos. [...] Sendo assim, o professor deverá respeitar sempre a opinião do aluno e, mesmo quando esta é incorrecta, evitará emitir sobre esta um juízo de valor.»
Zurrado por Luísa Maria de Almeida Morgado.

Gravado na Rocha

"Só existe uma forma de êxito - ser capaz de viver a vida de acordo com a própria consciência." Christopher Morley.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Educação: zurro de burro I

«Na escola desejável, alunos e professores encontram no seu quotidiano um fio condutor apelativo e comum, que é o de aprender e ensinar competências, num cenário estruturante e holístico onde ser pessoa é ser tolerante, flexível, crítico, e é, também, ser capaz de desempenhos ajustados à exigência de uma sociedade global multidiferenciada, que apela a saberes mobilizáveis, conhecimentos reais e instrumentais, muito para lá da simples informação trazida pelos conteúdos, em si mesmos redutores e simplistas.»
Zurrado por Miriam Rodrigues Aço

Parabéns Israel


Israel faz 60 anos. Ou melhor sobreviveu 60 anos no meio de bárbaros islâmicos. Espero que continue a aguentar aquilo que os cristãos do médio oriente não aguentaram fugindo (50 milhões só na segunda metade do séc. XX) para outros lados, especialmente para os EUA, cansados da estúpida intolerância islâmica. Mas os judeus, habituados a aguentar tudo que a espécie humana já fez de pior, não desistem. Por isso parabéns. Voltarei a este assunto.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Escrito com Cabeça (1)

«Não nos está na massa do sangue essa coisa do risco, do individualismo e do empreendedorismo. Somos todos salazarentos e socialistas, dado que gostamos de privatizar os lucros e de estatizar os prejuízos.»
José Adelino Maltez no Blogue Sobre o Tempo que Passa

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Baixa da Banheira (Moita)


Apesar de viver no Porto, estou a dar formação na Baixa da Banheira, concelho da Moita, distrito de Setúbal. Estou a gostar da experiência. Os únicos distritos realmente cosmopolitas de Portugal são Lisboa e Setúbal. O Porto é somente um upgrade do Portugal provinciano. Se excluirmos as cidades de Matosinhos, Porto e Gaia, que não se podem considerar cosmopolitas, o que sobra do distrito é só ruralidade. A propósito, hoje, uma colega desabafou comigo: "vives no Porto! Aquilo é tão pequeno!" Pois é.

sábado, 10 de maio de 2008

Pinto da Costa e Berti Ahern

A decisão de aceitar, sem recorrer, da pena aplicada ao FCP é quanto a mim uma decisão errada e grave. Aceitar que se manche o título deste ano é uma assumpção de culpa que não tem perdão. Se Pinto da Costa considera que se pode dispensar 1 ponto que seja - independente dos que leva de avanço face aos mediocres adversários lisboetas - estando inocente, então não é digno de ser presidente do FCP.
Se aceita por ter "culpa no cartório" também não é digno de continuar a presidir o clube. Pinto da Costa arrasta o FCP para a lama e coloca o clube ligado à sua imagem, já destruída. Uma coisa é o FCP, outra é Pinto da Costa. Por muito que isso lhe custe entender. O próprio cenário em que montou a conferência de imprensa foi feito prepositadamente para que se confunda clube com presidente aparecendo junto às câmaras à frente do símbolo do clube dando a ideia que o "ataque" visa o clube e não ele próprio, que apenas está a defender os interesses do FCP, "da cidade e da região" (outra vez o insuportável bairrismo). Não é verdade. Visa mais o próprio do que o clube. Deste modo, Pinto da Costa está a prejudicar o FCP, que vai sendo cada vez mais visto como o clube dele. O que impede a afirmação do FCP no todo nacional como agregador de adeptos, com uma mácula na imagem difícil de sarar.
Berti Ahern demitiu-se de primeiro-ministro da Irlanda para não prejudicar a imagem pública do seu governo junto da população, apesar de se afirmar inocente. Pinto da Costa devia de fazer o mesmo: demitir-se. Só assim preserva a honra do clube.

Ricardo Costa

O presidente da Comissão Disciplinar da Liga é um autêntico palhaço. Com aquela cara de parvo naquele estilo de recém-licenciado ambicioso e com cunhas (não se chega a estes cargos, sobretudo no futebol, sem amigalhaços) teve ontem o melhor dia da sua vida. Atingiu a notoriedade pública que desejava desde a escola secundária. A sua alegria era indisfarçável. Falou, felicíssimo, durante uma hora mesmo a suar como um porco. Sentiu-se vingado dos "roubos" que considera ter sido vítima o seu clube de coração que tanto que atormentaram a sua juventude e idade adulta. A vontade de condenar o FCP à descida de divisão nem sequer foi disfarçada. Só o "pormenor" da corrupção sobre equipa de arbitragem "obrigar a que se estabeleça uma relação causa e efeito" impediu a Comissão Disciplinar da Liga de atingir a glória. E a consagração universal de Ricardo Costa, que teria ficado na história como o advogado que destruiu o FCP facilitando o sucesso futuro da sua equipa de coração.
Destruir, talvez para sempre, um clube como o Boavista e aparecer estupidamente vaidoso e contente na televisão a anunciar formalmente o que o inefável «Correio da Manhã» tinha anunciado um dia antes meteu-me nojo.
Contudo, os portugueses não são um povo de pouca memória. São um povo praticamente sem memória. E tu, Ricardo Costa, em menos de dois anos vais voltar a cair no esquecimento e na irrelevância que sempre foi a tua vida. Ninguém se vai lembrar de ti. Basta o FCP ser campeão no próximo ano e a tua "cruzada" pessoal cai por terra. Quanto ao teu ódio de estimação ao FCP espero que continue. Assim vai ser especialmente penoso assistires ao sucesso do clube que gostarias de ter remetido à II Liga.

Decisões da CD da Liga de Clubes

João Loureiro: 4 anos de suspensão, multa de 25 mil euros
Boavista: descida à Liga de Honra, multa de 180 mil euros
Pinto da Costa: 2 anos de suspensão, multa de 10 mil euros
F.C. Porto: perda de 6 pontos, multa de 150 mil euros
João Bartolomeu: 1 ano de suspensão, multa de 4 mil euros
União de Leiria: perda de 3 pontos, multa de 40 mil euros

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Palácio de Sant'Ana

Este palácio é, provavelmente, um dos melhores exemplares da arquitectura cívil neo-renascentista do século XIX existentes em Portugal. Situa-se em Ponta Delgada, S. Miguel, Açores. Recomenda-se uma visita.

Deixem os jovens ignorantes em paz

A ignorância dos jovens portugueses em assuntos de política, questão que Cavaco Silva trouxe para a discussão pública aquando do seu discurso do 25 de Abril na Assembleia da República, baseado num estudo da Universidade Católica, tem feito correr muita tinta.
Eu não vejo nenhuma preocupação com essa ignorância dos jovens portugueses sobre política. Como os jovens não sabem absolutamente nada além de boçalidades, acho que até ficava mal saberem alguma coisa sobre política. Muito mais importante do que os conhecimentos sobre política deve é ser incutido nos jovens o valor do trabalho e o brio trabalhar muito e, de preferência, bem. Isso sim é importante: trabalhar. Incutir o gosto pelo trabalho nos jovens é que deveria ser a principal preocupação dos nossos governantes. Mas sei que fica feio falar nisso. O trabalho é sempre assunto desagradável entre os portugueses, que na sua imensa maioria não gostam de trabalhar. Questão muito delicada para ser abordada por um político, por isso tenta-se encontrar outras preocupações imbecis como a ausência de cultura política dos jovens.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Bob Geldof entala Ricardo Salgado

Numa conferência sobre Desenvolvimento Sustentável organizada, ontem, pelo BES e pelo «Expresso», o músico Bob Geldof (na foto) acusou Angola de ser "gerida por criminosos". Nada mais verdadeiro. Mas vê-se logo que o homem não é de cá. Em Portugal estas coisas não se dizem, mesmo que sejam verdade. É o que dá em promover "estrelas" da música, do cinema ou da moda como interlocutores dos países sub-desenvolvidos. Por isso embrulha que é para aprenderes Ricardo Salgado. E já agora boa sorte para quando pedires, com muito jeitinho, desculpas ao governo angolano. Se é que não estás já fodido naqueles lados africanos.

Sem complexos ou vergonha do passado


É impressionante como em Itália a direita não renega nem se envergonha com o seu passado. Principalmente se tivermos em conta que foi o fascismo italiano que conduziu o país para a II Grande Guerra. A foto mostra isto mesmo: a neta e herdeira política de Benito Mussolini integra o partido de Berlusconi, vencedor das últimas legislativas. Em Portugal, a nossa ditadura light do Estado Novo teve como consequência que ainda hoje muito poucos se afirmem publicamente de direita, até mesmo de centro-direita. Tive pena que Pedro Passos Coelho não tivesse quebrado esse tabu afirmando-se politicamente como um liberal de centro-direita. Preferiu a nunca demais usada resposta de: “não sou de esquerda nem de direita”. Para quem fala numa verdadeira mudança com a sua candidatura a líder do PSD…

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Saudades da terra: Santo Cristo


Encerram-se hoje as celebrações do Santo Cristo do Milagres. As maiores festas religiosas e profanas dos Açores que decorrem em Ponta Delgada. A minha cidade.

A "monarca" Manuela

Convidado para a apresentação da candidatura de Manuela Ferreira Leite, ontem no Porto, decidi comparecer. Não para lhe prestar qualquer tipo de vassalagem, mas para ver e sentir o pulso da candidatura e, especialmente, da candidata a líder do PSD. Não gostei e não contribui para a recolha de assinaturas.
Não gostei por vários motivos, desde logo o local: sede do PSD no Porto. Uma vivenda de classe média-alta sem condições nenhumas para o que quer que seja de iniciativas partidárias. Concebida para ser uma habitação, o local mais largo é o que normalmente seria a sala. Onde aliás decorreu a apresentação. Nenhuma janela se abria o que acrescentando ao facto da sala estar superlotada de gente (alguma "grande" tipo Valente de Oliveira ou Miguel Veiga) tornou-se uma maçada quase insuportável. Fiz o sacrifício cívico de aguentar.
Rui Rio, em entrevista a Judite de Sousa, disse que Ferreira Leite assumia as características duma "monarca" que vem para "pacificar" as exaltadas hostes laranjas. Não explicou foi se seria ele o "chefe de governo" da dita "monarca". Nem precisou. Está ao alcance de qualquer inteligência média.
Nessa qualidade - agora temporária de mandatário de candidatura no Porto - abriu a apresentação com um eloquente discurso. Tudo bem. Mas quando chegou a hora da "monarca" falar é que foram elas. Começou a gaguejar antes de dizer o que quer que fosse e gaguejou ainda várias vezes ao longo do cinzento discurso que proferiu. Não disse nada de jeito. E respondeu de forma pouco simpática às poucas questões formuladas pelos militantes. Estava ali para uma consagração, não para uma discussão. Por exemplo: questionada se iria forçar Santana a abandonar a liderança parlamentar respondeu assim: "não falo sobre cenários hipotéticos".
Valeu apenas pelo que não disse. E o que não disse foi que rejeitava coligações pós-eleitorais com o CDS de Paulo Portas.
Sobre a "monarca" de Rui Rio vale a pena ler o que escreveu Pedro Norton na «Visão» (1-5-2008): "Ferreira Leite representa, também ela, uma solução sem futuro. É simultaneamente a solução mais óbvia mas também a solução mais fácil. É uma solução federadora mas dificilmente será uma solução mobilizadora. É, inequivocamente, a solução de menor risco mas não aspira a ser mais do que uma solução de transição. Longe de ser uma solução que aponte ao futuro é uma solução que se limita a reparar os estragos do passado."

Oferta aos fundamentalistas da «Escola Moderna»

«Devido aos curiosos métodos de ensino da Escola Experimental, não se aprendia muito de Francês nem Matemática nem Latim ou coisas desse tipo; mas aprendia-se muito sobre a maneira de passar despercebido.»
C.S. Lewis in "As Crónicas de Nárnia - O Trono de Prata" (1953)

Madrassas «neo-so»

Existem faculdades e escolas superiores de educação neste país que são autênticas madrassas «neo-so», onde a doutrinação dos alunos pelos professores segundo preceitos fundamentalistas «neo-socialistas» é uma prática diária e já com tradição. Tal como os teólogos islámicos incitam o ódio ao Ocidente, também muitos especialistas e teoristas de Educação dissiminam ódio e intolerância, não raras as vezes com recurso ao insulto e ao típico baixo-nível da esquerda, contra o liberalismo e os liberais. A quem, pejorativamente, denominam como: «neo-liberalismo» e «neo-liberais».

Vos estis sal terra |

 Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...