domingo, 20 de junho de 2010

O Último Adeus (Honoré de Balzac)

O Último Adeus” (1830) do escritor conservador (e, como um verdadeiro conservador, trabalhador, consta que escrevia 15 horas por dia!) Honoré de Balzac (1779-1850) é um excelente romance histórico que se lê de uma penada – a edição de bolso da Europa-América tem 80 páginas e um tamanho de letra gigantesco que facilita o devorar da leitura.
Escritor do seu tempo e figura de proa do romantismo francês, Honoré de Balzac oferece-nos neste romance um retrato realista (que tanto caracteriza o romantismo do século XIX) da derrocada de Napoleão e da debandada do seu exército depois da fatídica invasão da Rússia. A prosa chega mesmo a ser chocante pela sua desmesurada crueza:
“O heroísmo destas tropas generosas ia mostrar-se inútil. Os soldados que afluíam em massa às margens do Beresina vinham encontrar, por desgraça, essa imensidão de carros, de caixas, de móveis de toda a espécie, que o exército tivera de abandonar ao efectuar a travessia do rio nos dias 27 e 28 de Novembro [de 1812]. Herdeiros de riquezas inesperadas, esses desgraçados, endurecidos pelo frio, instalavam-se nos bivaques vazios, partiam o material do exército para construírem cabanas, acendiam fogueiras com tudo o que lhes vinha às mãos, despedaçavam os cavalos para se alimentarem das suas entranhas, arrancavam as cortinas ou as capotas dos carros para se cobrirem, e ficavam-se a dormir, em vez de continuarem o caminho e transporem, durante a noite, esse Beresina que uma incrível fatalidade tornara já tão funesto para o exército.
A apatia desses pobres soldados não a podem compreender senão os que se lembram de terem atravessado esses vastos desertos de neve sem poderem beber outra coisa que não fosse a própria neve, sem outra cama além da neve, sem outra perspectiva além do horizonte de neve, sem outro alimento que não fosse a neve ainda ou algumas beterrabas geladas e uns punhados de farinhas ou carne de cavalo. Mortos de fome, de sede, de cansaço e de sono, esses infelizes chegavam à praia onde se lhes deparava madeira, lume, alimentação, inúmeros carros abandonados, bivaques, enfim, toda uma cidade improvisada.”
(p. 28/29).
A história trata de um amor impossível, entre o barão Philippe de Sucy e a condessa Stéphanie de Vandières, iniciado no tumulto desumano da guerra e mais tarde reencontrado, embora marcado com as chagas abertas pela mesma. Philippe tenta então resgatar o garnde amor da sua vida das trevas da loucura. Esta nobre e romântica atitude produziu resultados e teve consequências. Vale a pena ler para saber qual foi o preço que o barão de Sucy pagou pelo seu amor incondicional a Stéphanie.

terça-feira, 15 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

O problema está na causa...

Não existe um comboio (ou outra coisa qualquer que se atulhe com activistas) humanitário em auxílio da causa curda? Soldados turcos matam quatro militantes curdos Internacional TVI24 Porque é que a causa palestiniana aparece no Ocidente como causa global e a causa curda não? Activistas humanitários precisam-se no Curdistão!

Coisas do Corisco

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mais um passo de gigante a caminho do socialismo…

Esta medida estúpida e socialista (porque pretende que todos cortem a meta mais ao menos ao mesmo tempo) de que os alunos com mais de 15 anos possam passar do 8º ano para o 10º ano fazendo apenas os exames do 9º ano não vale apenas pela sua burrice “igualitária” que encerra, mas pela porta que abre ao facilitismo que serão os exames do 9º ano no futuro.

domingo, 6 de junho de 2010

Um pouco de bom senso também é bom

Não tenho nenhum gosto em defender o Primeiro-ministro, mas, tal como ele, também concordo que é criminoso manter escolas a funcionar com menos de 20 alunos. Na política deve haver bom senso. E é de um elementar bom senso apoiar esta lúcida decisão do ministério da Educação, porque não existe bom senso em exigir o controlo da despesa pública e defender em simultâneo a continuação do funcionamento de escolas com este número de alunos.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Grande povo...

Estes resultados da OCDE não revelam apenas o fracasso das nossas políticas educativas, Escolaridade média dos portugueses é a segunda pior da OCDE - Educação - PUBLICO.PT , mas sim o nosso fracasso enquanto povo. Povo que não se esforçou para se qualificar (muito mais de metade dos portugueses são iletrados) e não aproveitou a Escola enquanto fonte de saber e de educação funcionando como alavanca de ascensão social. Pelo contrário, descurou da disciplina e da exigência e impôs o facilitismo à política que, por demagogia e vergonha das nossas comparações com outras democracias, cedeu. Por isso, fique registado que mesmo estes miseráveis resultados devem-se muito mais ao facilitismo no ensino do que propriamente ao mérito dos alunos. Agora, face a estes números da OCDE resta-nos aligeirar ainda mais o facilitismo nas escolas (Sócrates até já anunciou que os alunos com mais de 15 anos podem passar do 8º para o 10º ano com apenas uns exames do 9º ano, conseguindo deste modo anular por despacho o chumbo de um ano lectivo) e continuar a apostar na magia quantitativa das Novas Oportunidades. Bem disse Medina Carreira que hoje o diploma substitui o saber. Contudo, mesmo a distribuir diplomas somos maus.

Canguru PCP

Heloísa Apolónia, enquanto líder de uma “força política” chamada PEV, não deveria sentar-se na primeira fila do hemiciclo no Parlamento? Mas não se senta. Afinal, o canguru PCP não transporta para todo o lado, isto é transporta para dentro (da AR) mas não lá dentro.

E já que perguntar não custa

Esta pergunta de Helena Matos no Público de ontem também é inquietante: "a propósito quem é que paga os barcos desta frota?". Relativamente ao transporte “humanitário” dos activistas de faca e cacete que receberam com humanismo as tropas de Israel.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Educando o povo para a "causa" do Hamas

Estas imagens revelam ao que chega a estupidez indigena Manifestação anti-Israel, anti-semita (e não Pró-Palestina) - Alunos do Liberalismo Um mérito deve ser concedido à esquerda: sabe manipular e orquestrar as massas semi-letradas como ninguém.

As perguntas podem-se sempre fazer. As respostas é que nem sempre podem ser dadas...

Grande pergunta de José Manuel Fernandes [via Twitter]: "Alguém me explica se a NATO está disposta a ir para Gaza controlar o tráfico de armas no caso de o bloqueio israelo-egípcio ser levantado?" Era uma oportunidade única para conhecer com profundidade o "Outro", isto é os meigos dos palestinianos de Gaza e dos seus pacíficos líderes do "progressista" Hamas...

Por esse país do corisco: Praia das Maçãs (Sintra)

Vos estis sal terra |

 Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...