segunda-feira, 31 de maio de 2010

Para perder uma eleição qualquer um serve

O apoio hipócrita do PS (ou de Sócrates que é quem manda lá) a Manuel Alegre na parte II da sua epopeia pessoal de chegar a Presidente da República está a gerar muito desconforto entre as hostes socialistas, sobretudo a Mário Soares ou a fanáticos do seguidismo como Vítor Ramalho e José Lello, e até houve votos contra (10) no “conclave” que designou sem entusiasmo o poeta como candidato “oficial” socialista. Não sei o porquê de tanta azia. Afinal a escolha de Alegre, além de ser a única possível, é uma escolha para perder a corrida eleitoral com o mínimo de dignidade possível logo na primeira volta. Se houvesse uma possibilidade, mesmo que remota, da esquerda vencer as presidenciais compreenderia o incómodo que se faz sentir no interior do PS. Mas para perder uma eleição qualquer um serve. Até Manuel Alegre.

sábado, 29 de maio de 2010

Cruxificação do contribuinte

O contribuinte paga na cruz por um caldo de pecados que vão desde a falta de competitividade da economia portuguesa à fraca produtividade dos nossos (poucos) trabalhadores; a que se junta a incapacidade do governo em conseguir resolver os dois pecados anteriores.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Gravado na Rocha

"Um país que se contenta com as aparências, que toma por genuíno o que não passa de oportunismo, que não escrutina o mérito nem questiona socialmente os pantomineiros, está condenado ao fracasso." Miguel Sousa Tavares, Expresso, 20/5/2010.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

José Sócrates speak inglês

Notem só esta triste figura do Primeiro-ministro a tentar falar inglês. Entre os presentes acho que ninguém se esqueceu de rir. E dos que apenas assistiram também não. O país afunda-se e é este o homem do leme.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Medir valores

Do ponto de vista académico era bom que fosse efectuado um referendo ao casamento gay. A nível sociológico seria um interessante barómetro sobre o conservadorismo de valores da população portuguesa. O referendo ao Aborto não foi significativamente elucidativo em matérias de orientação ideológica da sociedade porque o aborto é uma prática com um carácter utilitarista (pode sempre dar jeito…), e isso teve o seu peso em votos. Um referendo ao casamento gay é diferente: vota-se exclusivamente em função dos valores que possuímos. E os valores de uma sociedade merecem ser medidos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sócrates validado em competências de “portunhol”

O à-vontade desavergonhado com que José Sócrates, em encontros oficiais onde representa o país, se exprime em “portunhol” (português meio cantado com a língua enrolada para soar parecido com o espanhol) é a prova cabal do fracasso total do nosso sistema de ensino vergado pela ideia generalizada de que não só não é mau não saber, como não há que ter vergonha em demonstrar não saber. Com exemplos despudorados destes vindos bem de cima (ele é o Primeiro-ministro) como se pode acreditar na escola (e no saber e conhecimento) enquanto alavanca de ascensão social?

Qualquer semelhança com a presente realidade é apenas coincidência... ou não?

“Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá... vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal.” Eça de Queirós in “As Farpas” (1872).

sábado, 15 de maio de 2010

Senhor Santo Cristo (Ponta Delgada, 2010)



Com saudade...
Fotos cortesia de Luísa Simas.

Pós-facilitismo

Uma prova de aferição de matemática do quarto ano apresenta um relógio com os ponteiros nas 11.25. A pergunta é: “quantos minutos passaram desde as 11 horas?”. Numa outra, também de matemática, esta do sexto ano, pede-se ao aluno para dividir 8 por 4 com a ajuda de um desenho com oito chocolates e uma calculadora. O que estamos a criar nestas escolas?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Uma questão de silêncios

Bento XVI pediu um minuto de silêncio depois da homilia e a gigantesca multidão (não sei ao certo quantas dezenas de milhares eram, mas havia gente por todo o lado) que assistia obedeceu com humildade e educação. Eu, em qualquer sessão de formação que dou e independentemente da turba que me rodeia, não consigo obter um minuto de silêncio que seja. Moral da história: nunca chegarei a Papa.

Bento XVI em Lisboa: foi incrível!

Vos estis sal terra |

 Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...