segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

III República: uma oportunidade para a mudança

Como açoriano não posso deixar de congratular-me pela promulgação do novo Estatuto Político Administrativo dos Açores - que é um bom estatuto. Contudo, esta humilhação que Sócrates impôs ao Presidente da República era perfeitamente escusada. Os artigos (114 e 140) em causa em nada beneficiam os Açores, nem os açorianos. Por isso, o Primeiro-ministro não poderá alegar que agiu em defesa do povo dos Açores, porque isso é uma mentira. Sócrates foi apenas uma patética marioneta de Carlos César, num jogo político autonómico que ele próprio não compreende. E esta sua falta de respeito institucional para com o Presidente pode mesmo abalar irremediavelmente todo o edifício jurídico-constitucional da III República. O semi-predidencialismo e o "Estado unitário" podem muito bem ter os seus dias contados.
Todavia, desta crise resulta uma oportunidade única para mudar definitivamente todo o enquadramento político nacional: regionalização administrativa no continente, presidencialiazação do regime, municipalismo reforçado, reformulação ou criação de forças políticas, ect. O momento para a mudança é este. Um mundo de oportunidade espreita. E para os açorianos e madeirenses escancarou-se a porta da autonomia progressiva. Resta saber se os actuais políticos estão à altura do desafio. O que desconfio.

Multiculturalismo de sarjeta

O Hamas remete centenas de rockets na tentativa de aniquilar as populações civis do Sul de Israel durante vários dias seguidos e a comunicação social portuguesa branqueia, sem pudor, estas agressões selvagens típicas dos povos muçulmanos. Quem não lê atentamente os jornais nem se apercebe. Mas quando Israel se cansa e responde (com dureza, é certo) a comunicação social apresenta Israel como um país tirano, bélico e agressor. Se tivermos em conta que os portugueses são um povo geneticamente ignorante que se limita a repetir o que ouve na televisão fica-se a perceber perfeitamente porque é que os palestinianos são sempre entendidos como as vítimas e os israelitas como os agressores.
A explicação para este tipo de cobertura jornalística encontra-se no multiculturalismo, isto é, o problema de Israel é ser uma democracia liberal ocidental tal como nós. Enquanto os palestinianos são "o outro". Por isso, aos palestinianos tudo se desculpa e se encobre enquanto que aos israelitas tudo se condena e denuncia.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Preservar Guantánamo

Barack Obama, tal como John McCain, prometeu que fecharia a pérfida prisão de Guantánamo assim que fosse eleito presidente. Agora, depois de eleito, diz que “tentará” (notem o verbo “tentar”) encerrar a prisão – que a esquerda deficitária em neurónios considera a “grande vergonha da humanidade” – antes de 2011. E a razão é esta: os cerca de 250 presos de Guantánamo se forem entregues às autoridades dos seus países irão ser encarcerados em prisões que não respeitam os direitos humanos. Mas, então se Guantánamo é a pior prisão do mundo como é possível que agora se preservem lá os cativos apenas para evitar que estes sejam detidos em prisões dos países de onde são naturais e assim evitar o “desrespeito pelos direitos humanos” dessas cadeias? Existem prisões piores que Guantánamo na Arábia Saudita? No Iémen? No Paquistão ou na Síria?
Gostava de ver a extrema-esquerda em geral e a eurodeputada Ana Gomes em particular continuar a berrar pelo encerramento de Guantánamo…

A Tolerância natalícia islâmica

Enquanto, no Ocidente, os ocidentais toleram tudo (mesmo tudo) aos islâmicos, nomeadamente inúmeros atentados terroristas cometidos por imigrantes islâmicos nos países que generosamente os acolhem e os contemplam com benefícios sociais, eles demonstram toda a sua tolerância religiosa da seguinte forma: no Natal de Bagdade as mesquitas guincharam cânticos do Corão para evitar que os cristãos árabes ouvissem os sinos que chamavam para a missa do galo, numa tentativa de impedir o culto cristão já apenas reservado às mulheres uma vez que os homens ou foram assassinados ou fugiram.
Saddam Hussein era um dirigente laico que protegia os cristãos. Desde que foi deposto, em 2003, a comunidade cristã viu-se sem protecção em relação aos queridos muçulmanos e agora só restam 200 mil dos 400 mil cristãos árabes que existiam antes da ocupação norte-americana. Não muito longe, em Belém, na Palestina, a comunidade cristã passou de 10 mil para 5 mil habitantes nos últimos dez anos. Porque será? E, já agora, o que foi feito dos 50 milhões de cristãos que existiam no mundo árabe em 1945?
Porque fogem ou morrem os cristãos residentes nos países islâmicos se afinal esses fofinhos muçulmanos são tão queridos, tão meigos, tão pacíficos e tão tolerantes?

Tsunami: já passaram quatro anos

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Professores rascas

Na semana passada, um estudo da Federação Nacional dos Sindicatos de Educação divulgou que 75% dos professores mudariam de profissão “se tivessem alternativa”. O mesmo estudo diz ainda que 81% rumavam à reforma “se tivesse oportunidade”. Hoje, circula um abaixo-assinado que conta com 70 000 assinaturas para que a avaliação seja suspensa (um eufemismo para designar não à avaliação).
Em relação à mudança de profissão dizer que não existe alternativa revela toda a estirpe dessa gente. Alternativa existe sempre. Não existe é fora do ministério da Educação um lugar à mesa da classe média-alta para gente que não tem valor para nada, como a maioria desses professores rascas. Fora do Estado todos, duma maneira ou de outra, são avaliados e só os bons vingam. Os outros fracassam. E muitos dos que são hoje professores são-no apenas porque foi esta a maneira mais fácil que conseguiram para ter um emprego seguro, com um ordenado que jamais iriam obter fora do Estado. Por isso não existe “alternativa”.
E a falta de “oportunidade” para a reforma revela somente o gosto pelo trabalho que é comum a todos os profissionais rascas. Enquanto as assinaturas são o “torresmo da agonia” de quem já percebeu que a vida fácil sem avaliações e com progressões automáticas na carreira terminou. E terminou para sempre. Tal como um porco despeja o último dejecto antes de lhe ser retirada a vida, também os professores rascas despejam uma última assinatura, não pela vida, mas pela vida fácil. E ainda há gente que acredita que os professores querem realmente ser avaliados...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Liberdade (Cecília Meireles)

"Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda."

Cecília Meireles in Romanceira da Inconfidência

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Escrito com Cabeça (19)

«O português acha sempre que o país se divide entre "eles" - os políticos - e "nós", os eleitores. E que "nós" somos infinitamente melhores, mais puros e mais honestos do que "eles" - os quais, sem excepção, só vão para a política para se servirem e não para servirem o país. O português comum, em auto-retrato, é um cidadão exemplar: trabalha que se desunha, nunca faz ronha nem mete falsas baixas, não aldraba o patrão nem os vizinhos, não esconde um euro dos impostos, preocupa-se com a comunidade, pensa sempre primeiro nos interesses do país antes de pensar nos seus próprios. Mas, desgraçadamente, é servido por políticos que são o oposto disto. Por isso, não está "satisfeito" com a democracia.»
Miguel Sousa Tavares no Espresso (14-12-2008)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Fazer o que o dono manda

Jaime Gama vai fazer o que o dono lhe mandou: aprovar o Estatuto Político Administrativo dos Açores por maioria simples. Isto quer dizer que o Estatuto seria aprovado na Assembleia da República de qualquer maneira; e que as anteriores maiorias qualificadas requeridas foram pura hipocrisia política. Uma coisa o PS sabe fazer bem quando está no poder: dominar todo o aparelho do Estado por intermédio da colocação de fiéis nos principais cargos. Mas, compreendo Jaime Gama, os lugares mantêm-se não por princípios, mas pela fidelidade ao dono. Afinal de contas, Jaime Gama só é Presidente da AR por que Sócrates quer. E para que continue a querer há que acatar o que ele manda. Calado, de preferência.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

No país de Chávez respeitam-se assim os Direitos Humanos

Assim se trata um detido no país de Chávez, muito querido da nossa esquerda. O regime e a personalidade de Chávez encantam muita gente como Mário Soares, Manuel Alegre, Louçã e restante turba. Espero que também o tenha encantado a si.

O Parlamento segundo Barreto

Público (14-12-2008)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Será possível?

Será possível que um candidato a líder de um partido não se consiga sequer eleger delegado para o congresso em que, supostamente, irá disputar (ou, pelo menos, apresentar uma moção de estratégia) a liderança desse partido?
É. Nobre Guedes não conseguiu ser sequer eleito delegado para o congresso do CDS.
É a humilhação total dum político e das suas aspirações – certamente tidas por patéticas pelos militantes centristas. Também, quem apresenta uma moção intitulada “Audácia da Mudança” (um trocadilho que junta metade do título do livro de Obama com o seu slogan de campanha) cuja principal proposta que apresenta é o estabelecimento de uma “Grande Coligação” que agrupe PS, PSD e, vejam aquela cabeça, CDS (!?) o que é que se poderia esperar…

André Freire apaixonado

Ontem, estive a ver André Freire no Jornal 2, e verifiquei que o homem está completamente apaixonado pelas “esquerdas”. Emocionado, mostra-se perplexo por: “nunca as “esquerdas” terem governado Portugal”. Não é bem assim.
Realmente, as “esquerdas” não governaram durante o Estado Novo, nem depois do “25 de Abril” por eleições democráticas. Mas governaram toda a I República com uma performance tão horrível que obrigaram os portugueses a viver 48 anos de ditadura. Portanto, as “esquerdas” foram responsáveis pelo pior e mais vergonhoso período político da história de Portugal: a I República. E, já depois de “Abril”, o PREC e o Vasco Gonçalves relembraram muito bem o que são essas “esquerdas” no poder. Gabo a frontalidade com que André Freire veste a farda da extrema-esquerda de Alegre e Louça. Mas acho que já chegou de massacre político, económico, social e cultural dessas “esquerdas” em Portugal e no planeta, por favor.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Cisão? Não.

Os jornais, sempre ávidos de notícias que prejudiquem o PSD, falam em “cisão” no partido devido ao Estatuto Político Administrativo (EPA) dos Açores. O delírio destes jornalistas vai mesmo ao ponto de colocar em causa o apoio do PSD para a reeleição de Cavaco Silva. Tudo isto porque Mota Amaral, Berta Cabral e restantes sociais-democratas açorianos acham que o partido deve aprovar novamente o EPA, na próxima sexta-feira, contra a vontade do Presidente da República.
O PSD-Açores não se vai separar do PSD. Portugal não é a Alemanha e os Açores não são a Baviera, por isso o modelo CSU bávara no interior da CDU germânica não faz sentido nenhum em Portugal, onde partidos regionais pura e simplesmente não funcionam, nem sequer nas regiões autónomas, e o eleitorado açoriano nunca iria perceber essa patética hipótese de “cisão” apenas à escala dos Açores e muito dificilmente mudariam o seu sentido de voto para uma nova força política de centro-direita das ilhas. Basta encomendar um estudo a uma empresa de sondagens para confirmar isso. E se não fez sentido em 1975, não é certamente em 2008 que passaria a fazer. Aliás, se fosse possível Alberto João Jardim, na Madeira, já o teria feito há muito tempo.
É obvio que o PSD nos Açores, seguindo a sua tradição autonómica, terá que se colocar ao lado de Carlos César. O contrário, isto é, apoiar o PR, seria um erro tremendo. Seria a negação da tradição autonomista do partido no arquipélago. E quando um partido político de centro-direita rompe com as suas tradições (e logo com a mais importante) decreta a sua própria morte.
O problema, no meu entender e em benefício do partido, pode ser resolvido da seguinte maneira: Ferreira Leite manda os deputados do PSD aparecerem na Assembleia da República e votar contra a aprovação do EPA, mas Berta Cabral, Mota Amaral e acólitos fazem uma ou mais conferências de imprensa a manifestar o seu apoio à aprovação do EPA, escrevem uns artigos sonantes para os jornais, dão umas entrevistas ou prestam umas declarações de indignação para com Cavaco Silva à televisão e às rádios açorianas e assim ilibam-se junto do eleitorado dos Açores e protegem-se das investidas de César - que está inquieto por acusar os políticos dos PSD-Açores de defenderem primeiro os interesses do partido e só depois os interesses dos Açores. Depois explicam a Manuela Ferreira Leite que os dois deputados do PSD eleitos pelos Açores terão que votar a favor do Estatuto e fazem novamente os mesmos exercícios comunicativos declarando, com pompa, que “tudo fizeram para o EPA fosse aprovado”. Depois esperam, com a consciência tranquila, que o tempo e o silêncio façam esquecer o assunto. E tudo acaba bem para o PSD e para o PSD-Açores. É assim que se faz política, tanto aqui como no resto do planeta.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Escrito com Cabeça (18)

«Se por liberalismo se entende a doutrina que defende a liberdade e a responsabilidade pessoal na orientação da vida de cada um, a liberdade de iniciativa empresarial privada, a crença na concorrência e na economia de mercado como forma privilegiada de desenvolvimento económico e a noção de um Estado que garante condições de vida dignas a todos os cidadãos e o acesso a serviços sociais e a igualdade de oportunidades com um papel não monopolista na produção desses mesmos serviços então, “lamento”, caro leitor, não vejo na crise actual motivos suficientes para decretar o fim do liberalismo.»
António Pires de Lima no Expresso (8-11-2008)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Escrito com Cabeça (17)

«Como toda a gente já compreendeu, porque os representantes dos professores fizeram questão de explicar, a questão não é esta avaliação, mas qualquer avaliação, seja qual for o modelo, que tenha como princípio diferenciar os professores. Os líderes da resistência à avaliação tem uma ideia do que deve ser a classe profissional que dizem representar: uma massa igualitária e anónima, onde ninguém se distingue e ninguém é responsabilizado pelo resultado do seu trabalho.»
Rui Ramos no Público (10-12-2008)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Liberal do Corisco

"Podemos escolher recuar em direcção à segurança ou avançar em direcção ao crescimento. A opção pelo crescimento tem que ser feita repetidas vezes. E o medo tem que ser superado a cada momento." Abraham Maslow.

sábado, 6 de dezembro de 2008

O Benfica é o Clube do Estado

A RTP continua, com despudor, a dar prioridade às transmissões de jogos de futebol do Benfica. Jogos do FCP para a Liga apenas na Sportv. A propósito, excluindo a Liga dos Campeões, qual foi o último jogo do FCP transmitido no canal público? E eu que pensei que este ano, com a mudança dos direitos de transmissão de jogos da TVI para a RTP, as coisas fossem diferentes, ou seja, mais equilibradas no que toca aos privilégios de mediatismo reservados ao Benfica, enganei-me. O Benfica é o Clube do Estado e mais nada. Só assim se percebe este “serviço público” da RTP que, em teoria, não seria movido apenas pelo critério das audiências.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ferreira Leite "entrevistada" por RAP

Engenheiro?

Constança Cunha e Sá chamou “engenheiro” a Carlos César. E chamou mais do que uma vez, no seu artigo de quinta-feira no Público. Cara Constança, Carlos César não é engenheiro nem doutor ou arquitecto. Carlos César apenas cursou, sem sucesso, Direito em Lisboa. E, ao contrário de Sócrates, também não arranjou, sem grandeza, um diploma manhoso de engenheiro numa manhosa universidade como a Independente, felizmente encerrada. Por isso, cara Constança, atenção na atribuição de títulos a quem não teve mérito para os obter.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Miserável Bloco

Até agora só o Bloco de Esquerda garantiu que vai votar ao lado do PS na aprovação do Estatuto Político Administrativo dos Açores. Porquê? Unicamente para atacar Cavaco. A gente que compõe o BE, ou que nele se vê representada, pura e simplesmente não aceita um Presidente da República vindo da área da direita. É a intolerância típica da extrema-esquerda. E também o ódio doentio a todos cujo pensamento difere daquele que o BE preconiza. Gente miserável que odeia a democracia é assim.

A capital do corisco

Ponta Delgada

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A hora de Jaime Gama

Jaime Gama que exigiu que o Estatuto Político Administrativo dos Açores fosse aprovado por maioria qualificada (2/3 dos deputados) agora não pode fazer aprovar esse mesmo estatuto, que não foi alterado “nem um linha” por maioria simples – como quer José Sócrates para satisfazer o capricho de Carlos César. Esta é a hora da verdade para Jaime Gama porque em causa está a subordinação do poder legislativo ao poder executivo, ou seja a maior responsabilidade que um presidente da AR pode ter. Contudo, não é fácil ser recto numa questão destas: Jaime Gama nunca foi um fervoroso autonomista, mas é açoriano e parente de Carlos César.

As independências regionais dentro dum “Estado unitário”

A decisão do PS em manter a redacção do Estatuto Político-Administrativo dos Açores sem qualquer alteração revela que José Sócrates prefere comprar uma guerra com o Presidente da República do que afrontar o presidente do Governo Regional dos Açores. E passa, com a ajuda da imprensa, por um político “corajoso” quando não se consegue sequer impor perante um seu subalterno partidário como Carlos César – que nem sequer é uma versão açoriana do Alberto João Jardim.
Isto leva-me a uma dúvida: os líderes nacionais dos principais partidos portugueses mandam nas delegações regionais dos Açores e da Madeira dos seus próprios partidos? Sócrates manda em César? Guterres mandou em César? Algum líder do PSD manda ou mandou em Jardim? E, já agora, isto é normal num “Estado unitário”, como diz no artigo 6 da Constituição da República Portuguesa?

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Os professores avaliados pelos Gato Fedorento

Para um professor que não quer ser avaliado este vídeo deve ser de puro humor negro. Afinal só a utilização da palavra "avaliação" já aterroriza.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O 1 de Dezembro no imaginário nacionalista

Portugal nunca, em nenhum momento, fez parte de Espanha. E a Ibéria, enquanto entidade política, também nunca existiu – a não ser na cabeça do José Saramago. O período que vai de 1580 a 1640 foi apenas uma época em que os reis de Portugal também eram reis de Espanha (a Dinastia Filipina) – coisa muito comum à época. Portugal e Espanha foram sempre duas realidades políticas distintas e diferenciadas, mas com um soberano comum. Por isso hoje não se celebra o Dia da Independência como por ai erradamente se diz. Celebra-se o Dia da Restauração. O dia da restauração duma dinastia reinante unicamente portuguesa e não luso-espanhola como a dinastia filipina. Tudo o resto é fruto do imaginário nacionalista do Estado Novo, que apesar de ter durado somente 48 anos deixou marcas que irão durar muito mais de 48 anos para serem ultrapassadas.

E a porca comunista torceu o rabo

A extrema-esquerda vive tempos de penúria. O PCP (que representa a esquerda que trabalha) utilizou o seu congresso para se demarcar da esquerda caviar (que representa quem não gosta de trabalhar, ou seja o funcionário que não gosta de ser avaliado, além dos interesses dos jovens beneficiários do rendimento de inserção social, entre outros chulos de Estado). A união da extrema-esquerda ficou-se pelas ambiciosas intenções de Manuel Alegre e de Francisco Louçã.
O PCP espera capitalizar o voto dos descontentes sozinho. O que se compreende perfeitamente. Então, depois de 3 anos a fazer “oposição de rua” através das centrais sindicais e dos sindicatos (como a SGTP e a Fenprof) controlados pelo PCP é de esperar recolher os frutos dessa aposta e não reparti-los com outros.
Mas, não foi apenas a vontade de capitalizar sozinho os protestos da rua que liquidou essa união da extrema-esquerda. Paradoxalmente, foi Manuel Alegre quem deitou por terra um eventual acordo que viesse a consumar essa união através dos seus apelos à construção dum novo “paradigma”. Foi ai que a porca comunista torceu o rabo. O PCP tem o seu “paradigma”: o marxismo-leninismo. E não quer, nem precisa de outro.

Gravado na Rocha

"Na guerra: determinação; na derrota: resistência; na vitória magnanimidade; na paz: boa vontade." Winston Churchill.

domingo, 30 de novembro de 2008

Resultados do imperialismo americano no Afeganistão

Desde a ocupação militar da NATO mais de 6,2 milhões de crianças, pela primeira vez, passaram a frequentar a escola. Este aumento exponencial deve-se ao facto de as meninas terem passado, desde então, a ter direito à educação. Espero que as feministas de esquerda andem atentas a factos irrefutáveis como este. Embora duvide.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Umas pérolas de Churchill

Pérola 1) Quando Winston Churchill completou 80 anos, um repórter, com menos de 30, foi fotografá-lo e disse: - Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos. Resposta de Churchill: - Por que não? Você parece-me bastante saudável.

Pérola 2) Convite de Bernard Shaw a Winston Churchill: "Tenho o prazer e a honra de convidar Sua Excelência, Senhor Primeiro-Ministro, para apresentação da minha peça "Pigmaleão". Venha e traga um amigo, se tiver." Bernard Shaw.
Resposta de Churchill a Bernard Shaw: "Agradeço ilustre escritor honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer à primeira apresentação. Irei à segunda, se houver.” Winston Churchill.

Pérola 3) Num debate no Parlamento inglês, enquanto Churchill discursava, foi interrompido por uma deputada da oposição. Churchill não gostava de ser interrompido. Mas, foi dada a palavra à deputada que, em alto e bom som, vociferou: - "Se Vossa Excelência fosse o meu marido punha-lhe veneno no chá!" Churchill, com muita calma, tirou os óculos e, depois de um silêncio em que todos estavam suspensos de ansiedade pela resposta, exclamou: - "E se eu fosse o seu marido, tomava-o."

terça-feira, 25 de novembro de 2008

"Orgulho em ser Branco"

Michael Richards conhecido como o Kramer da série televisiva Seinfeld, desmascarou, inteligentemente, o racismo das minorias dos EUA. O que se segue é o seu discurso de defesa em tribunal depois de ter feito alguns comentários raciais na sua peça humorística. Notem bem como ele levanta a tampa da panela do politicamente correcto sem receios.

Orgulho em ser Branco”. Finalmente alguém diz isto. Quantas pessoas estão actualmente a prestar atenção a isto? Existem Afro-Americanos, Americanos Hispânicos, Americanos Asiáticos, Americanos Árabes, etc. E depois há os apenas Americanos. Vocês passam por mim na rua e mostram arrogância. Chamam-me 'White boy, ''Cracker,' 'Honkey,' 'Whitey,' 'Caveman' ...e está tudo bem. Mas quando euvos chamo Nigger, Kike, Towel head, Sand-nigger, Camel Jockey, Beaner, Gook, or Chink, vocês chamam-me racista. Quando vocês dizem que os Brancos cometem muita violência contra vocês, então por que razão os ghettos são os sítios mais perigosos para se viver? Vocês têm o United Negro College Fund.
Vocês têm o Martin Luther King Day. Vocês têm Black History Month. Vocês têm o Cesar Chavez Day. Vocês têm o Yom Hashoah. Vocês têm o Ma'uled Al-Nabi. Vocês têm o NAACP. Vocês têm o BET [Black Entertainment Television] (tradução: Televisão de Entretenimento para pretos) Se nós tivéssemos o WET [White Entertainment Television] seríamos racistas. Se nós tivéssemos o Dia do Orgulho Branco, vocês chamar-nos-iam racistas. Se tivéssemos o mês da História Branca, éramos logo taxados de racistas. Se tivéssemos alguma organização para ajudar apenas Brancos a andarem com a sua vida para frente, éramos logo racistas.
Existem actualmente a Hispanic Chamber of Commerce, a Black Chamber of Commerce e nós apenas temos a Chamber of Commerce. Quem paga por isto? Uma mulher branca não pode ser a Miss Black American, mas qualquer mulher de outra cor pode ser a Miss América. Se nós tivéssemos bolsas direccionadas apenas para estudantes brancos, éramos logo chamados de racistas. Existem por todos os EUA cerca de 60 colégios para negros. Se nós tivéssemos colégios para brancos seria considerado um colégio racista. Os pretos têm marchas pela sua raça e pelos seus direitos civis, como a Million Man March. Se nós fizéssemos uma marcha pela nossa raça e pelos nossos direitos seríamos logo apelidados de racistas.
Vocês têm orgulho em ser pretos, castanhos, amarelos ou laranja, e não têm medo de o demonstrar publicamente. Mas se nós dissermos que temos “Orgulho Branco”, vocês chamam-nos racistas. Vocês roubam-nos, fazem-nos carjack, disparam sobre nós. Mas, quando um oficial da polícia branco dispara contra um preto de um gang ou para um traficante de droga preto, que era um fora-da-lei e um perigo para a sociedade, vocês chamam-no racista. Eu tenho orgulho. Mas vocês chamam-me racista. Por que razão só os brancos podem ser chamados de racistas?

domingo, 23 de novembro de 2008

O Espelho do Corisco elegeu finalmente a sua mascote: Karx

Karx (mascote oficial do Espelho do Corisco)

O marxismo é a ditadura dos burros

O marxismo pretendeu ser a ditadura do proletariado, mas acabou por ser a ditadura dos burros. Aliás, durante o flagelo comunista que massacrou a Europa de leste até 1990, não houve um único político marxista que se aproveite. Cada um pior do que o outro. Querem exemplos? Tomem lá estes: Nicolae Ceaucescu (Roménia), Eric Honecker (RDA), Enver Hoxha (Albânia), Slobodan Milosevic (Jugoslávia), Leonid Brejnev (URSS), Yuri Andropov (URSS), etc., sem sequer falar nos célebres tarados do Lenine ou do Estaline. Nomes para contrabalançar? Nenhum.
O marxismo é o regime político que permite que os burros possam ascender a lugares de chefia no Estado e na sociedade que numa democracia liberal jamais ascenderiam. Imaginam Honecker como chanceler da ex-RFA? Ou Estaline como presidente dos EUA? Só numa ditadura dos burros gente desse nível intelectual e até humano chegou onde chegou. Tudo isto em nome da “igualdade”. Mas afinal uma pessoa burra não é “igual” a uma pessoa inteligente?

O marxista é burro e daqui não saio

Os marxistas, de todos os marxismos, gostam de utilizar com frequência as palavras inteligência ou inteligente acusando normalmente a falta dela naqueles que consideram o marxismo uma doutrina estúpida, reaccionária cuja aplicação só é possível através duma ditadura sanguinária como todas as ditaduras marxistas o foram. Eu, por nojo de defender ou de me rever numa ideologia que matou milhões de seres humanos para construir um igualitarismo que vai contra a natureza humana, declaro que considero o marxista (seja de que marxismo for) um burro e daqui não saio.

sábado, 22 de novembro de 2008

O mais deplorável acordo possível

No programa Corredor do Poder, quinta-feira na RTP, Marcos Perestrelo denunciou um deplorável acordo entre Mário Nogueira e Manuela Ferreira Leite para que os professores não sejam avaliados, caso a líder do PSD venha a ser primeira-ministra. Nem Mário Nogueira, nem Marco António Costa o negaram. A denúncia deste acordo miserável, por si só, desmascara as verdadeiras intenções de Mário Nogueira: garantir que os professores não sejam avaliados. Se esse comunista líder da Fenprof deseja tanto, às vezes a berrar outras a guinchar, a avaliação dos professores, então porque assegura um acordo com uma candidata real a chefe de governo que os professores não serão avaliados?

A melhor hipocrisia

Como muito bem disse Rui Ramos, num artigo no Público esta semana, a actual crise dos professores deve-se a uma dupla hipocrisia: o governo retira privilégios aos professores (não ser avaliado pelo seu desempenho é um privilégio ao alcance de muito poucas profissões) e finge que não tira; e os professores fingem que querem ser avaliados quando não querem (nem ganham nada com isso, uma vez que aquilo que será reservado apenas aos melhores no futuro é o mesmo que recebem todos igualitariamente agora, incluindo os melhores).
Hipocrisia por hipocrisia, eu prefiro a do governo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O melhor conselho que posso dar

O comunista Mário Nogueira é a personificação total do imobilismo dos interesses corporativos, neste caso dos professores. O líder da Fenprof, agora concertado com o PCP que também apela à suspensão, age de um modo estupidamente arrogante (abandonando a reunião do ministério da Educação passado meia-hora por não ter a “suspensão” cedida antes sequer de ser discutida!) quando a única coisa que defende são os privilégios, consagrados universalmente pela ausência de avaliação, de uma classe social privilegiada.
Claro que muitos professores são profissionais extremamente competentes e merecem, pelo seu próprio mérito, os privilégios que desfrutam. Outros não. E não é bom para ninguém, a começar pelos professores, que uma determinada profissão seja em si garante de sucesso. Só a competição estimula os bons. E há muitos bons professores em Portugal. E os alunos só beneficiam em terem professores com vontade de lhes transmitir conhecimentos melhor do que outro professor colega seu. Da parte dos alunos só existem vantagens em terem os seus professores avaliados.
Uma antiga professora, discípula de Marx, que tive numa sessão de evangelização marxista (aula na universidade) “ensinou” aos alunos que “classificar é mau por colocar em prateleiras”. Esta citação explica toda a utilidade actual do marxismo. Para agirmos com vontade de progredir pessoal e profissionalmente rumo ao sucesso basta escutarmos tudo o que o marxismo nos ensina e fazermos precisamente o contrário. Resulta sempre. Este é o melhor conselho que algum dia poderei dar a alguém.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vale a pena perder tempo com Manuel Alegre

Estive a ler a entrevista de Manuel Alegre ao DN de domingo, o que não foi uma completa perca de tempo. Manuel Alegre é uma peça importante do xadrez político português e pode vir a ter um importante papel na nossa política a breve trecho se conseguir unir, consigo à cabeça, a extrema-esquerda ou uma boa parte dela. Por isso merece a atenção dispendida por táctica política não pela riqueza das suas sugestões que, aliás, não se percebe muito bem quais sejam. Os pontos fortes estão quando afirma que “muito dificilmente” integrará as listas de deputados do PS nas próximas eleições legislativas, além de não excluir a possibilidade da formação de uma nova força política de esquerda.
A entrevista constitui um forte exemplo da perigosa, mas sedutora, mediocridade de esquerda. Como ninguém percebe bem o que se passa relativamente à crise, essa esquerda de que Alegre foi desta vez o porta-voz avança com explicações simples: culpa a “globalização” e, aproveitando este compasso de espera no conhecimento da crise, elimina doutrinas de que não gosta decretando a “derrota do liberalismo”. Disserta sobre banalidades e sobre soluções avança com a criação dum novo “paradigma” sem explicar o que é esse “paradigma”. Os delírios ideológicos do costume. E Alegre delira bem.
Mas o problema de delirar ideologicamente imenso é que, por vezes, se confunde as doutrinas de que se é crente com aquelas que se combate. Notem esta pérola: “É perfeitamente legítimo que as pessoas se entreguem aos negócios, façam a sua vida nos negócios, que ganhem dinheiro, façam riqueza...” Contudo, como o pessoal da esquerda é por definição distraido talvez não repare.
Cavalgando ou não a onda, Alegre é também adepto de Obama que, devendo conhecer bem o democrata devido aos contactos ao mais alto nível que certamente possui em Washington e em Chicago, afiança que o novo Presidente dos EUA também faz parte desse “paradigma” de que fala abundantemente. Mas não explicou se o próprio Barack Obama sabe que faz parte desse “paradigma”. O que vai naquela cabeça.
Ainda no que respeita a delírios, Manuel Alegre continua convencido que o “milhão e cento e trinta mil votos” que obteve nas presidenciais são dele. Se avançar para votos sozinho, com o novo partido que não exclui criar, vai perceber arduamente que não é bem assim e o desgosto pode-lhe ser fatal. Até lá, já percebeu que é quem tem as melhores possibilidades para unir a extrema-esquerda. Por isso o desencanto com o PS que, afinal de contas, só lhe dá o cargo de deputado, algo que até o BE lhe pode conceder.
Contudo, a mais valia da entrevista reside no facto de as coisas à esquerda do PS começarem a se clarificar. Louçã é inteligente e sabe que só tem a ganhar em se aproximar de Alegre tanto faz se juntos no BE ou se juntos numa coligação que inclua o BE e o novo partido de Alegre. Também o PCP, que é a habitual pedra no sapato da união da extrema-esquerda, já revelou, por Jerónimo de Sousa, “disponibilidade para entendimentos”. Se a extrema-esquerda aparecer unida em eleições pode ter um resultado de na ordem dos 20% ou até mais. E o quadro político português pode ficar tripartido em PS, PSD e extrema-esquerda. É por isso vale a pena ler entrevistas ocas e bacocas como a que deu Alegre ao DN.

sábado, 15 de novembro de 2008

Professores rascas

Ontem, dois secretários de estado da Educação foram recebidos, numa escola em Chelas, com ovos e tomates pelos alunos com a polícia a assistir cobardemente e sem mexer uma palha como de costume. A própria ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, também esta semana teve direito a idêntica recepção por alunos numa outra escola.
A explicação para esse acentuar do radicalismo em protestos de rua por parte dos alunos tem uma explicação: os alunos foram instigados pelos seus professores a actuarem como vândalos contra a ministra e até receberam “dispensa das aulas” para isso, como contaram ao DN duas alunas.
A estupidez de Chelas é disso cabal exemplo. Várias dezenas de estudantes foram monopolizados, pelos respectivos docentes, unicamente para se portarem como arruaceiros, isto é, para insultar ao mesmo tempo que atiravam objectos como ovos e tomates que servem antes de mais para humilhar os políticos legitimamente eleitos em causa. A prova disso está no facto de esses professores rascas não terem ensaiado com os alunos os impropérios que estes deveriam dirigir aos secretários de estado. Como não sabiam porque protestavam, os alunos cantaram: “viva o Benfica” entre outras boçalidades.
O objectivo desses professores é criar o caos no sistema educativo para assim pressionar a ministra a não os avaliar. Ou como dizem: “suspender a avaliação”. Não explicam é até quando deve ser a avaliação suspensa na esperança que essa fique eternamente suspensa. Porque o que os professores não querem é ser avaliados.
Se este já “simplificado” modelo de avaliação do desempenho docente, tal como parece, não presta porque não avançam os professores com sugestões para melhorá-lo e para que se torne justo e exequível? Porque quem não quer ser avaliado não quer sequer conceber a existência dum modelo para a sua própria avaliação por mais justo e aplicável que este seja.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

John Howard à Comunidade Muçulmana da Austrália

Resgatei nos meus arquivos este discurso, infelizmente não datado, do ex-Primeiro-ministro John Howard explicando aos muçulmanos residentes na Austrália as suas razões para - com enorme coragem tendo em conta os destinatários do discurso - recusar a introdução da Sharia em território australiano. E ainda sugere a este tipo de imigrantes uma solução alternativa ao multiculturalismo. Aguentem-se com o teor do discurso.
«Os imigrantes não-australianos devem adaptar-se. É pegar ou largar! Estou cansado de saber que esta nação se inquieta ao ofendermos certos indivíduos ou a sua cultura. Desde os ataques terroristas em Bali, assistimos a uma subida de patriotismo na maioria do Australianos.
A nossa cultura está desenvolvida desde há mais de dois séculos de lutas, de habilidade e de vitórias de milhões de homens e mulheres que procuraram a liberdade.
A nossa língua oficial é o Inglês; não é o Espanhol, o Libanês, o Árabe, o Chinês, o Japonês, ou qualquer outra língua. Por conseguinte, se desejam fazer parte da nossa sociedade, aprendam a nossa língua.
A maior parte do Australianos crê em Deus. Não se trata de uma obrigação cristã, de influência da direita ou pressão política, mas é um facto, porque homens e mulheres fundaram esta nação sobre princípios cristãos, e isso é ensinado oficialmente. É perfeitamente adequado afixá-lo sobre os muros das nossas escolas. Se Deus vos ofende, sugiro-vos então que encarem outra parte do mundo como o vosso país de acolhimento, porque Deus faz parte da nossa cultura.
Nós aceitaremos as vossas crenças sem fazer perguntas. Tudo o que vos pedimos é que aceitem as nossas e vivam em harmonia e em paz connosco.
Este é o nosso país, a nossa terra, e o nosso estilo de vida. E oferecemo-vos a oportunidade de aproveitar tudo isto. Mas se vocês têm muitas razões de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do nosso compromisso, das nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de vida, incentivo-os fortemente a tirarem partido de uma outra grande liberdade australiana, o direito de partir. Se não são felizes aqui, então partam. Não vos forçamos a vir para aqui. Vocês pediram para vir para cá. Então, aceitem o país que vos aceitou.»
Um dia a Europa irá compreender que esta é a única forma de diálogo possível para com os muçulmanos que teimam em viver em apartheid nos países que generosamente os acolhem.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Quando um casal de anjinhos disserta sobre “voto racial” dá nisto

Judite de Sousa e António Vitorino – no espaço cedido na RTP, por favor, em nome da “pluralidade” para o porta-voz não oficial do partido socialista debitar banalidades tão ao gosto dos simples – falaram e concordaram felizes que o “voto racial” não pesou nas eleições norte-americanas.
Antes tinham enaltecido Obama por ter mobilizado de forma maciça os eleitores de “raça negra” para votar no democrata. Mas isso não é “voto racial”, claro.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Assim fala um beneficiário do Rendimento de Inserção Social

McCain segundo Alberto Gonçalves

« (...) graças à sua história pessoal e ao seu carácter. Sobretudo por isso, é curiosa a leveza com que, nas televisões, na Internet e nos cafés, especialistas desvalorizam um sujeito que possui um currículo e uma grandeza superiores ao de qualquer outro líder contemporâneo. Em Portugal, então, o exercício cai no patético. Antes de menorizar McCain, os portugueses fariam bem em compará-lo, primeiro com os senhores que actualmente nos tutelam e depois, para que a comparação não fique totalmente desigual, com todos os políticos em que votaram nas três décadas e tal de democracia. Pensando bem, deixem-se estar: é demasiado deprimente.»
Alberto Gonçalves.

domingo, 9 de novembro de 2008

Frases que o povo adora...

Se fosse em Portugal seria puro populismo, mas como é na América...

Mas em Portugal, JFK não dizia uma coisa assim. Dizia qualquer coisa como: não perguntem o que é que vocês podem fazer pelo Estado, mas o que o Estado pode fazer por vocês. E ganhava as eleições.

Discurso final de John McCain (Arizona, 4-11-2008)

Thank you. Thank you, my friends. Thank you for coming here on this beautiful Arizona evening.

My friends, we have -- we have come to the end of a long journey. The American people have spoken, and they have spoken clearly. A little while ago, I had the honor of calling Senator Barack Obama to congratulate him on being elected the next president of the country that we both love.

In a contest as long and difficult as this campaign has been, his success alone commands my respect for his ability and perseverance. But that he managed to do so by inspiring the hopes of so many millions of Americans who had once wrongly believed that they had little at stake or little influence in the election of an American president is something I deeply admire and commend him for achieving.

This is an historic election, and I recognize the special significance it has for African-Americans and for the special pride that must be theirs tonight.

I've always believed that America offers opportunities to all who have the industry and will to seize it. Senator Obama believes that, too. But we both recognize that though we have come a long way from the old injustices that once stained our nation's reputation and denied some Americans the full blessings of American citizenship, the memory of them still had the power to wound.

A century ago, President Theodore Roosevelt's invitation of Booker T. Washington to dine at the White House was taken as an outrage in many quarters. America today is a world away from the cruel and prideful bigotry of that time. There is no better evidence of this than the election of an African American to the presidency of the United States. Let there be no reason now for any American to fail to cherish their citizenship in this, the greatest nation on Earth.

Senator Obama has achieved a great thing for himself and for his country. I applaud him for it, and offer in my sincere sympathy that his beloved grandmother did not live to see this day, though our faith assures us she is at rest in the presence of her creator and so very proud of the good man she helped raise.

Senator Obama and I have had and argued our differences, and he has prevailed. No doubt many of those differences remain. These are difficult times for our country, and I pledge to him tonight to do all in my power to help him lead us through the many challenges we face.

I urge all Americans who supported me to join me in not just congratulating him, but offering our next president our good will and earnest effort to find ways to come together, to find the necessary compromises, to bridge our differences, and help restore our prosperity, defend our security in a dangerous world, and leave our children and grandchildren a stronger, better country than we inherited.

Whatever our differences, we are fellow Americans. And please believe me when I say no association has ever meant more to me than that.

It is natural tonight to feel some disappointment, but tomorrow we must move beyond it and work together to get our country moving again. We fought as hard as we could.

And though we fell short, the failure is mine, not yours.

I am so deeply grateful to all of you for the great honor of your support and for all you have done for me. I wish the outcome had been different, my friends. The road was a difficult one from the outset. But your support and friendship never wavered. I cannot adequately express how deeply indebted I am to you.

I am especially grateful to my wife, Cindy, my children, my dear mother and all my family and to the many old and dear friends who have stood by my side through the many ups and downs of this long campaign. I have always been a fortunate man, and never more so for the love and encouragement you have given me.

You know, campaigns are often harder on a candidate's family than on the candidate, and that's been true in this campaign. All I can offer in compensation is my love and gratitude, and the promise of more peaceful years ahead.

I am also, of course, very thankful to Governor Sarah Palin, one of the best campaigners I have ever seen and an impressive new voice in our party for reform and the principles that have always been our greatest strength. Her husband Todd and their five beautiful children with their tireless dedication to our cause, and the courage and grace they showed in the rough-and-tumble of a presidential campaign. We can all look forward with great interest to her future service to Alaska, the Republican Party and our country.

To all my campaign comrades, from Rick Davis and Steve Schmidt and Mark Salter, to every last volunteer who fought so hard and valiantly month after month in what at times seemed to be the most challenged campaign in modern times, thank you so much. A lost election will never mean more to me than the privilege of your faith and friendship.

I don't know what more we could have done to try to win this election. I'll leave that to others to determine. Every candidate makes mistakes, and I'm sure I made my share of them. But I won't spend a moment of the future regretting what might have been.

This campaign was and will remain the great honor of my life. And my heart is filled with nothing but gratitude for the experience and to the American people for giving me a fair hearing before deciding that Senator Obama and my old friend Senator Joe Biden should have the honor of leading us for the next four years.

I would not be an American worthy of the name, should I regret a fate that has allowed me the extraordinary privilege of serving this country for a half a century. Today, I was a candidate for the highest office in the country I love so much. And tonight, I remain her servant. That is blessing enough for anyone and I thank the people of Arizona for it.

Tonight, more than any night, I hold in my heart nothing but love for this country and for all its citizens, whether they supported me or Senator Obama, I wish Godspeed to the man who was my former opponent and will be my president.

And I call on all Americans, as I have often in this campaign, to not despair of our present difficulties but to believe always in the promise and greatness of America, because nothing is inevitable here.

Americans never quit. We never surrender. We never hide from history, we make history.

Thank you, and God bless you, and God bless America. Thank you all very much.

Cape Town (África do Sul) deve ser este o "aquecimento global" de que nos fala a turba de sempre



quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A reter: valores de Obama de acordo com o seu discurso de vitória

  • Democracia
  • Liberdade
  • Oportunidade
  • Esperança

Mas não é que o homem se esqueceu da igualdade, que a nossa esquerda tanto aprecia...

O lugar da escumalha racista

Lamento que a escumulha racista dos Black Panthers, que eu julgava extinto, tenham pressionado eleitores brancos, em várias mesas de voto na Filadélfia, para votarem em Obama também se considerem vencedores, porque não são. Os guetos onde habitam como animais imundos e semi-irracionais continuará a ser o único lugar que merecem nesta América.

A enorme grandeza de McCain

"Esta é uma eleição histórica e reconheço a importância que teve para os afro-americanos e o orgulho que representa esta noite para eles. Obama atingiu um grande feito para si e para o seu país. Ofereço-lhe a minha simpatia pela sua avó não ter vivido para assistir a este dia" John McCain.

O sonho americano sempre existe

"Se alguém aí fora ainda duvida que a América é um local onde tudo é possível; que se questiona se o sonho dos nossos fundadores se mantém vivo no nosso tempo; que ainda questiona o poder da democracia, esta noite é a vossa resposta." Barack Obama.

Um católico na Casa Branca


Embora no quarto com a janela virada para o quintal, também Joe Biden, novo vice-presidente dos EUA, estará na Casa Branca. É o primeiro católico a regressar à Casa Branca depois de JF Kennedy ter levado um tiro na cabeça, em 1963.

Os novos inquilinos da Casa Branca

Esta bandeira deve ser asteada bem alto para que todos a observem lá no topo

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O pior da noite eleitoral

O pior da noite eleitoral esteve reservado ao Partido Republicano. Foi deplorável assistir aos insultos misturados com assobios e apupos diversos dirigidos ao discurso de McCain quando este elogiava e encorajava Obama para o seu novo papel de Presidente dos EUA. Gente visivelmente enojada com o desfecho eleitoral e desapontada pelo grandeza de saber perder do candidato republicano abandonava, sem grandeza, a sede do Partido. Só para evitar que este tipo de gente pudesse ganhar já valeu a pena a vitória de Obama.

Um terrível dilema para os inteligentes que odeiam a América (3)

Outra besta, no Rádio Clube Português, ainda no início da noite eleitoral, dizia que: “Obama, mesmo vencendo, terá que fazer uma governação cautelosa porque vastas e poderosas zonas do país estão contra ele.” Uma simples passagem de olhos pelo mapa eleitoral norte-americano é elucidativa a esse respeito. Ficamos a saber que Obama terá as “poderosas zonas” do Kansas, do Oklahoma e da Dacota do Norte entre outras, onde foi derrotado por margens relativamente curtas, contra ele. E agora? Como se pode governar os EUA contra 52% de habitantes da Decota do Norte? Ah, cabeça pensadora.

Um terrível dilema para os inteligentes que odeiam a América (2)

Na Universidade Fernando Pessoa, onde estudei, um professor (esquerdista dos quatro costados) garantiu mesmo numa aula em que assisti que: “em vários estados americanos os pretos não podem entrar!” Não podem entrar? Então como é que Obama visitou todos os estados e foi recebido de forma apoteótica tanto nas primárias democratas como nas presidenciais se “em vários estados os pretos não podem entrar”? E já agora como é que Obama venceu na maior parte dos estados e perdeu por pequenas diferenças nos restantes se em vários desses estados “os pretos não podem entrar”? Então existem pessoas que não deixam “entrar” um preto nas redondezas votam num preto para Presidente? Ah, cabeça de burro.

Um terrível dilema para os inteligentes que odeiam a América (1)

Os ignorantes que comentam ou escrevem (é mais ou menos a mesma coisa) as notícias sobre os EUA definindo a América como uma espécie de Irão Cristão devem estar estúpidos com a eleição de Obama. Como é que um “país extremamente conservador” pode eleger um afro-americano quatro anos depois de ter eleito um “fundamentalista cristão” (não me peçam para explicar o conceito) como GW Bush?
Está feito um trinta e um naquelas cabeças. Como é que essas cabeças vão poder explicar que um país “extremamente conservador” com uma “cintura bíblica” (!?) pode eleger um presidente negro?

Uma pequena frustação

Tive pena que a vitória de Obama tenha ficado bastante aquém das duas vitórias de Bill Clinton sobre George H. Bush (1992) e Bob Dole (1996).

God bless Barack Obama


A vitória de Obama foi o acontecimento político mais extraordinário que assisti em toda a minha vida. Só me deitei depois do democrata fazer o seu discurso de vitória, aliás extraordinário. E agradeço a Deus ter vivido o suficiente para assistir ao triunfo completo do mérito individual sobre todo o tipo de preconceito, nomeadamente o preconceito em relação às origens humildes e à raça do candidato. God bless America.
O seu discursou de vitória foi de uma incomensurável nobreza de carácter e de atitude. Até me deixou particularmente emocionado. É que Obama conseguiu não apenas vencer o preconceito de muitos americanos em relação à cor pigmentada da sua pele. Consegui também vencer o meu próprio preconceito em relação a ele por esse mesmo motivo.
O preconceito é uma característica das pessoas de direita. E eu sou um liberal conservador. Com a vitória de Obama sinto-me outra pessoa, porque o efeito simbólico desta fez com que o meu preconceito desaparecesse completamente quase de um momento para o outro. Descobri-me a mim mesmo. Agora sei que sou muito mais liberal do que conservador. Obrigado Barack Obama, God bless you.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Filas para votar em Los Angeles


Por uma questão de esperança

Barack Obama é a melhor escolha que os americanos podem fazer para a presidência dos EUA. Obama é um político que, inegavelmente, possui qualquer coisa de “especial”. Não sei é bem o quê. Mas, uma coisa é também inquestionável: Obama trás “esperança” não apenas aos americanos, mas a todo o mundo. Uma ascensão meteórica dum afro-americano que, com apenas 3 anos de senado, pode chegar ao cargo político mais importante do mundo é qualquer coisa de incrível. Será a vitória do mérito e da astúcia política e da inteligência; e o mundo precisa de exemplos destes para se regenerar. Hoje, na Baixa da Banheira (na Moita), vi um pedreiro negro com as lágrimas nos olhos ao assistir às previsões de vitória do candidato democrata divulgadas na RTP, enquanto esperava pelo jogo de futebol do Sporting. Se aquelas lágrimas não foram vertidas por esperança então foram porquê?
McCain é um grande homem em todos os aspectos. Tal como disse Obama “é um herói de que todos os americanos se devem orgulhar.” Mas, a sua hora foi em 2000 quando perdeu as primárias republicanas para GW Bush. Esta é a hora de Obama. A sua vitória terminará com o anti-americanismo duma forma quase imediata, excepto os palermas do costume. Os EUA voltarão a ser o farol do Ocidente e do Mundo. E vão mostrar aos ignorantes da esquerda (e também da direita) europeus que em todo o Ocidente só na América o liberalismo triunfa, porque só na América um negro pode chegar a Presidente. Lá não existe multiculturalismo – Obama disse que: não existe uma América negra ou um América branca ou latina, mas uma só América” – mas sim um “melting pot” de culturas e de raças. Por isso é perfeitamente normal um negro ser presidente. Espero que esta Europa racista e xenófoba – tão preconceituosa que a sua imprensa apresenta os candidatos como o negro e o branco – aprenda com exemplo americano.

domingo, 2 de novembro de 2008

O presente envenenado dos EUA à extrema-esquerda

Se os norte-americanos elegerem Obama, a esquerda europeia, que tanto os odeia, alegará que é apenas uma espécie particular de catarse americana pelo esclavagismo que promoveu no século XIX. Mas, se elegerem McCain são o mais acabado exemplo duma sociedade racista. Aliás já vários comentadores declararam: “só o facto de Obama ser negro é que o impede de ter a eleição garantida”. Para essas cabeças votar McCain é ser racista e xenófobo. Os esquerdistas mais ignorantes acrescentarão mesmo que votar em McCain é ser fascista ou nazi.
A imprensa portuguesa que se encontra repleta de jornalistas ignorantes e/ou de esquerda apresenta mesmo a eleição norte-americana como uma luta do “homem branco” contra o “homem negro”. Escusado será dissertar sobre quem recai a preferência destes ignorantes: sobre “o outro”. E o outro é, neste caso, o preto. O entusiasmo seria o mesmo caso se tratasse duma eleição entre um horrível branco como nós e um descendente de esquimós, de tibetanos ou de índios americanos. Desde que não seja branco é bom. O que interessa é que não seja branco. E quem disser o contrário é burro ou racista ou ambos.
Só que estes possuidores de escassos neurónios esquecem-se que com Obama Presidente dos EUA o anti-americanismo que conseguiram fomentar, com êxito, durante a presidência de Bush – especialmente depois da invasão do Iraque – irá necessariamente decrescer e ter menos receptividade junto da plebe inculta como até agora e assim terão menos “assunto” no futuro. Além disso, não poderão insultar Obama da mesma maneira ordinária que insultavam Bush. Por exemplo, não poderão chamar burro a Obama como chamaram durante oito anos a Bush. Porque Obama é preto, e o politicamente correcto não permite que se chame burro a um preto mesmo que esse preto não tenha capacidade sequer para amarrar os atacadores dos sapatos.
Insultar o Presidente dos EUA foi o truque utilizado pela extrema-esquerda para dessa forma insultarem todos os americanos. Agora a utilidade do truque poderá terminar.
Uma grande vantagem da eleição de Obama poderá ser o fim do anti-americanismo na sua actual dimensão na Europa. O que não favorece em nada os verdadeiros objectivos da extrema-esquerda. Assim se compreende o pouco entusiasmo de Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa e outros esquerdistas mais inteligentes do que aqueles que os seguem em relação ao candidato democrata. Obama poderá ser o presente envenenado dos EUA a todos os anti-americanos. Em caso de vitória democrata, espero que o gozem bem.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eleições EUA: a escolha do “meu” candidato

Sobre as eleições norte-americanas nunca me pronunciei de forma clara, ou seja, nunca assumi a escolha do “meu” candidato – o que é raro acontecer, porque em Portugal e na Europa as minhas escolhas são bem mais simples. Mas, como nos EUA tudo é direita (chamar socialista a um americano é um insulto) nem sempre para mim é fácil a escolha entre republicanos e democratas, embora prefira os republicanos porque tive a minha infância marcada pela extraordinária presidência de Ronald Reagan.
Mas a razão de não ter escolhido um dos dois candidatos deve-se ao facto de estar, desde as primárias de ambos os partidos, divido entre os dois candidatos. Queria que McCain vencesse no Partido Republicano e venceu. Queria, ainda mais, que Obama derrota-se Clinton no Partido Democrata e assim aconteceu. Mas quando a escolha ficou entre McCain e Obama a coisa complicou-se.
Gosto de McCain. É, em si mesmo, um exemplo de bravura, coragem e resistência. E nem mesmo os seus 72 anos resultam em impedimento para tentar alcançar o sonho de toda a sua vida: a presidência dos EUA. Já sigo o senador do Arizona desde as directas republicanas de 2000 que infelizmente perdeu, para desgosto meu na altura, com G. W. Bush. Desde então, observei a sua actuação no senado e não raras vezes gabei-lhe a independência partidária e a fidelidade aos princípios que convictamente acredita. McCain é o que é. Não é um político falso, cínico e mentiroso como tantos outros. É sincero e essa sinceridade inspira confiança. A presidência dos EUA seria o final perfeito de uma vida singular como a do vigoroso ex-prisioneiro de guerra do Vietname.
Barack Obama é a história de sucesso por excelência para mim. Tudo o que Obama é deve em primeiro lugar aos estudos. Aluno brilhante formado na Universidade de Harvard e professor na de Chicago tornou-se num advogado brilhante e num político sagaz pelo seu próprio mérito e trabalho. É a personificação valores do liberalismo: mérito mais trabalho igual a sucesso. Se Obama for eleito presidente é a mais perfeita demonstração de que nos EUA – símbolo máximo da liberdade para toda a humanidade que admite que um candidato chamado Hussein, filho dum muçulmano, possa ser presidente oito anos depois de sofrer um ataque atroz como o do 11 de Setembro – todo o cidadão independentemente das suas origens humildes ou exóticas pode chegar à presidência se tiver talento e competência para isso. E esta mensagem ecoaria com estrondo em todo o planeta. Faria que as pessoas, especialmente as talentosas, trabalhadoras e competentes acreditassem mais em si mesmas.
Se fosse um burro racista ou um estúpido preconceituoso tinha em consideração a raça do candidato. Como não sou e não faço distinção entre brancos, pretos, amarelos ou cafés com natas não tenho, ao contrário da esmagadora maioria dos portugueses, a escolha do “meu” candidato facilitada por critérios de raça como sucede entre a “claque” portuguesa que “apoia” Obama.
Agradeço a Deus não ser americano, porque, mesmo completamente enterrado em informações sobre a vida de ambos os candidatos que me permitiram formar racionalmente uma opinião sobre cada um, ainda não sei em quem votaria.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Está portanto na cara...

“O rosto é uma fonte imensamente rica de informações a respeito de emoções. Na verdade ele faz uma afirmação ainda mais ousada – vital para a compreensão de como funciona a leitura de mentes – que as informações no nosso rosto não constituem apenas um sinal do que está acontecendo em nossa mente. Em certo sentido, elas são o que está acontecendo na nossa mente.” Malcolm Gladwell in "Blink".

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Eu quero os professores avaliados já este ano!

Sobre o fim dos chumbos, os professores não mugem nem tugem como sempre, mesmo quando vêm a sua autoridade castrada: que aluno vai respeitar um professor que não o pode chumbar?
Os professores só pensam em dinheiro. E por isso estão exclusivamente preocupados em “suspender imediatamente” a avaliação do seu desempenho. Porque não querem nem por nada ser avaliados e ainda mais se essa avaliação determinar subidas de escalão de vencimentos. Já são vários milhares os que pediram a sua pré-reforma para evitarem serem avaliados uma só vez na vida. Por isso, além de não permitir o fim do chumbo, como parece ser a intenção do secretário de Estado Valter Lemos, o ministério da Educação enfrenta outro desafio que exige coragem: introduzir definitivamente e para sempre a avaliação pelo desempenho dos professores. Eles vão berrar e guinchar mas depois vão calar-se para assim manterem o emprego, uma vez que a esmagadora maioria dos professores sabe que só podem desfrutar do seu actual nível de vida sendo professores. E só há uma coisa que um professor tem mais medo do que ser avaliado: ficar desempregado e rumar à caixa dum hipermercado ou à secretária dum call center. Por isso, o ministério da Educação tem todas as condições para não ceder na “suspensão imediata” da avaliação, como pretendem os professores, que só podem berrar o guinchar dentro do limite que lhes assegura manter o emprego, ou seja, pouco ou nada porque os portugueses na sua imensa maioria querem ver os professores dos seus filhos a serem avaliados para uma saudável diferenciação pelo mérito entre a classe docente. E o governo sabe disso.

CNE quer construir a sua sociedade socialista a partir da escola

O Conselho Nacional de Educação (CNE) resolver dar um passo significativo rumo à sociedade socialista que todos os seus membros desejam e procuram edificar pedindo ao ministério da Educação o fim dos chumbos. Nuno Crato afirmou, na SIC, com a sua habitual inteligência, que: “isso apenas vai fazer com que quem não sabe também passe.” Nada mais certo. Mas esse argumento não colhe preocupações junto dos membros “especialistas” em Educação, todos de esquerda, militantes ou simpatizantes marxistas, do CNE. Bem pelo contrário: dá-lhes ânimo para continuarem o seu PREC na Educação em Portugal.
Essa gente do CNE pretende apenas com o fim dos chumbos evitar que se formem elites. Isto é, que alguns alunos se distingam pelo trabalho e pelo mérito de outros alunos que não se esforçam nem ambicionam o que quer que seja. Se a demência educativa do ministério da Educação decidir acolher essa proposta estúpida do CNE daqui em diante os pais já não poderão voltar a se congratular, geralmente em público, de: “o meu filho nunca chumbou”, porque qualquer aluno malandro e imbecil também poderá alegar o mesmo. É o fim da saudável diferenciação pelo esforço, trabalho e pelo mérito na escola em benefício da igualdade naturalmente pautada pela mediocridade: estudar para quê se se passa na mesma? Assim todos os alunos serão mais “iguais”. E a sociedade mais socialista.

domingo, 26 de outubro de 2008

Nobre Guedes é o Morais Sarmento do CDS

Luís Nobre Guedes é um político com uma agenda pessoal ambiciosa: deseja liderar o CDS. Mas para isso precisa primeiro de arranjar maneira de retirar Paulo Portas da liderança. O que não é nada fácil. E não é nada fácil porque Portas tem um capital político superior ao do próprio partido e Nobre Guedes não vale nada fora do CDS. Aliás, Nobre Guedes eleitoralmente não vale nada. E se não está no parlamento é por não valer nada quando foi a votos não se conseguindo eleger deputado por Coimbra, apesar de ser cabeça de lista e depois de estupidamente ter apelado aos habitantes da cidade e do distrito para, vejam só, “não permitirem a entrada dos candidatos socialistas durante a campanha em Coimbra”! Contudo, as pessoas não só receberam efusivamente os candidatos socialistas como garantiram uma votação histórica ao PS. E esqueceram-se de Nobre Guedes não lhe possibilitando a eleição para deputado.
Além de não valer nada eleitoralmente e por isso mesmo não se candidatou a Lisboa nas intercalares onde teria uma votação idêntica ou ainda pior do que teve Telmo Correia, Nobre Guedes tem outro problema que sempre o irá perseguir: o “caso dos sobreiros”. Que fustigaria a sua liderança como o “caso Moderna” fustigou a de Portas quando esteve no governo. Recorde-se que a extrema-esquerda e o PS, que quando está na oposição se comporta como se fosse um partido de extrema-esquerda, exigiram a demissão de Paulo Portas de ministro de Defesa por ter sido chamado a depor sobre aquele processo na qualidade de testemunha!
Só Portas pode evitar que o CDS desapareça e o seu eleitorado engrosse o do PSD. Ninguém mais no CDS tem capital político para fazer sobreviver eleitoralmente o partido e Guedes não existe politicamente fora dele. Nobre Guedes é o Morais Sarmento do CDS: vaidoso e com uma auto-estima sobrevalorizada julga-se mais do que aquilo que politicamente vale. Por isso, tal como Morais Sarmento no PSD, é ridícula a sua pretensão de liderar o partido.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

As legislativas açorianas por partido

O PS e Carlos César são os grandes vencedores. Contudo, a vitória ficou aquém das elevadas expectativas dos socialistas açorianos em geral e do seu líder em particular. César queria uma grande vitória para terminar em beleza esta sua última candidatura a presidente dos Açores. Não consegui, e ficou visivelmente abatido por isso. Tendo em conta que o PSD aparecia com um líder fraco, César pensou erradamente que iria esmagá-lo com veemência. Mas isso não aconteceu, ou melhor, não aconteceu nas proporções que pretendia. E ainda perdeu 15 mil votos em relação a 2004 e um deputado. A sua maioria parlamentar não é tão segura como isso: uma cisão de somente quatro deputados que decidam passar a independentes origina a perda dessa maioria. César encontra-se assim refém do seu grupo parlamentar. O que pode não constituir problema se tivermos em conta o historial de subserviência total dos deputados socialistas ao seu líder. Mas o que tramou César foi a abstenção. Muitos não votaram porque sabiam que a vitória de Carlos César não estava sequer em jogo. Além da abstenção o outro problema do PS-Açores foi a desnecessidade do voto útil. Muitos açorianos de esquerda puderam entregar, com emoção, o seu voto ao BE e à CDU sem que isso pudesse contribuir para que a direita vencesse as eleições.

O PSD manteve a cabeça erguida. Com um líder fraco como Costa Neves, que nem sequer se deu ao trabalho de tentar demonstrar que estava realmente a disputar eleições para ganhar, não foi cilindrado como se previa. Com menos de 20% dos votos que o PS e menos um deputado do que em 2004, o PSD teve a sua pior derrota de sempre nos Açores e em S. Miguel. Mesmo assim, os sociais-democratas açorianos saíram com uma sensação de alívio. Não foram totalmente esmagados e não devem voltar a defrontar Carlos César no futuro. Mas a abstenção pode ter ajudado suavisar esta derrota. Costa Neves, honra lhe seja feita, teve grandeza na maneira como abandonou a liderança. E continua com capital político para, por exemplo, recuperar a Câmara da Angra do Heroísmo para o PSD já nas próximas autárquicas.

O CDS é o pequeno grande vencedor. Apesar do seu líder, Artur Lima, se ter revelado um brilhante parlamentar na última legislatura muito deste sucesso eleitoral é devido a Paulo Portas que voltou a ser ele próprio e arrancou milhares de votos um pouco por todas as ilhas dos Açores. Sem Portas o resultado nunca seria este. O líder nacional do CDS matou dois coelhos duma cajadada: ajudou o CDS-Açores a ter a sua melhor prestação de sempre consubstanciada pelo maior grupo parlamentar (com 5 deputados eleitos) que este partido teve em toda a sua história nos Açores; e Portas ainda transformou estas eleições num excelente balão de oxigénio para os difíceis combates eleitorais que irá disputar no próximo ano. Depois dos desastres nas eleições intercalares de Lisboa e na Madeira, Paulo Portas mostra mais uma vez que continua o “animal político” de sempre.

O Bloco de Esquerda congregou uma parte significativa do voto urbano de S. Miguel e da Terceira para através do círculo de compensação eleger dois deputados. É o segundo pequeno vencedor. Beneficiou da falta de necessidade do voto útil à esquerda e sacou uns milhares de votos ao PS. O eleitorado açoriano possuiu características favoráveis ao crescimento do BE nas ilhas: Ponta Delgada e Angra são cidades bastante urbanas com imensos funcionários públicos de competência mediana, jovens ignorantes, pobres letrados e uma vasta gama de pessoas subsídio dependentes – o seu eleitorado natural, que agora começa a captar.

A CDU voltou ao Parlamento. Mas foi uma vitória amarga porque se viu ultrapassada pelo BE como quarta força da região. O eleitorado da CDU é pequeno, mas fiel. Não foram captados novos eleitores, apenas mantidos os de sempre. A diferença entre o sucesso de 2008 e o fracasso de 2004 reside na existência do círculo de compensação.

Quanto aos outros, o PPM chega à ALRA com um deputado no Corvo por 75 votos. Mas já é uma força com acento parlamentar. É também um dos pequenos grandes vencedores. O mesmo não se pode dizer do MPT que foi outro grande derrotado e também defraudou as expectativas. Tinha um excelente candidato a deputado, mas o facto de concorrer apenas em uma ilha fez com que não conseguisse aproveitar a boleia do círculo de compensação. Por fim, o PDA mantém a seu histórico de mediocridade eleitoral inabalável. Este partido nacionalista açoriano devia reflectir seriamente sobre a sua razão de existir.

domingo, 19 de outubro de 2008

Eleições ALRA 2008 (resultados finais)

  • PS: 45.070 votos (49,96%), 30 Mandatos.
    PSD: 27.309 votos (30,27%), 18 Mandatos.
    CDS-PP: 7853 votos (8,70%), 5 Mandatos.
    BE: 2976 votos (3,30%), 2 Mandatos.
    PCP-PEV: 2831 votos (3,14%), 1 Mandato.
    MPT: 684 votos (0,76%).
    PPM: 424 votos (0,47%), 1 Mandato.
    PDA: 619 votos (0,69%).

    Inscritos: 192.956
    Votantes: 90.221 (46,76%)
    Abstenção: 102.735 (53,24%)
    Brancos: 1695 (1,88%)
    Nulos: 760 (0,84%)

O resultado do multiculturalismo

A França, a começar pelo Eliseu, está estupefacta por “A Marselhesa” ser vaiada em jogos de futebol como aquele que opôs a selecção francesa à da Tunísia. O que não se percebe é a surpresa. Explico: os vaiadores são “jovens” islâmicos emigrantes de 2º geração que com os franceses normais apenas partilham os mesmos benefícios sociais: saúde e educação quase gratuita, habitação social e subsídios diversos para não trabalhar. E não trabalham. Os comentadores e jornalistas de esquerda dizem que não trabalham porque são discriminados no mundo do trabalho. Mas, quem possui dois neurónios, olha para esses “jovens” e vê gente que não quer nem sabe ou quer saber trabalho nenhum. Os próprios não procuram trabalho algum. Nem precisam. O Estado garante-lhes uma existência de mediocridade à custa de casa social e subsídios sociais suficientes para trabalhar poder ser uma opção. Entre trabalhar numa fábrica por qualquer coisa como 700 euros/mês; e estar em casa e receber cerca de 580 euros/mês a escolha recai, obviamente, sobre a segunda opção.
Os “jovens” de 2º geração, nascidos num ambiente de facilitismo (consubstanciado na escola pública “moderna” e numa diversa panóplia de subsídios diversos) protegido por teorias estúpidas da discriminação e xenofobia da extrema-esquerda, não sabem sequer vagamente a noção de deveres seja de que espécie for. E estes “jovens” conservam a segurança das regalias sociais que usufruem através da pressão violenta (carros e casas queimados com um ou outro judeu assassinado) que exercem sobre o Estado francês. Que cede, adiando o problema. O problema é o resultado do multiculturalismo. Os cinco milhões de emigrantes islâmicos das antigas colónias não são franceses. Nunca serão. Detestam França. Só aceitam cheques e casas sociais do Estado francês. Mas nada que implique esforço escolar ou laboral. E não gostam que os insultem com propostas de trabalho ou de obtenção de escolaridade ou de qualquer tipo de regras porque têm “Direitos”, o direito de não trabalhar e viver sobre o manto diáfano do culto do “outro” que tanto estimula a extrema-esquerda como incrivelmente incentiva a passividade dos liberais e dos conservadores sobre o assunto. Assim continuamos a adiar os problemas, a adiar, a adiar…

O poder do "senhor comunicação"

Pacheco Pereira é muito provavelmente o “senhor comunicação” em Portugal. Escreve no jornal Público, na revista Sábado e nos seus blogues Abrupto e Estudos sobre o Comunismo, participa no programa Quadratura do Círculo na SIC Notícias e ainda colabora no Rádio Clube Português. Ele próprio tem consciência do poder que toda essa participação na comunicação social lhe possibilita e, numa entrevista recente ao DN, afirmou que o Abrupto lhe confere “mais poder do que ser secretário de estado ou ministro”.
O modo como se insurgiu (disse que “seria um péssimo sinal de que o PSD não teria dignidade face a si próprio” ao lado de António Costa, ferindo de morte essa candidatura junto do candidato socialista) contra a pretensão de Santana Lopes a Lisboa fez estalar o verniz da tentativa da criação duma falsa unanimidade em torno dessa candidatura. Se Pacheco Pereira não se tivesse pronunciado Santana surgia como natural candidato à câmara da capital. Agora já não vai ser tão fácil. Pacheco Pereira colocou Manuela Ferreira Leite no gume da navalha: ou apoia Santana e perde credibilidade e apoios internos, ou veta Santana fazendo dele uma vítima e coloca o PSD em estado de “guerra civil”.
A solução que Ferreira Leite deverá adoptar será a de apoiar discretamente e à distância a candidatura de Santana Lopes, porque com uma distrital da dimensão da de Lisboa unida (29 em 31 votos possíveis) no seu apoio ao “menino-guerreiro” não existe outra solução. O populismo está tão enraizado no partido que já não é possível a nenhum líder acabar com ele, apenas negociar com ele. Aliás, a liderança de Manuela Ferreira Leite nem sequer tem força para impor um candidato que não seja Santana Lopes. E assim continua o PSD nesta sua luta pela ética e credibilidade contra o populismo. Todavia, tenho dúvidas se a ética e credibilidade fazem mais parte do “código genético” do PSD do que o populismo.

PS – Marcelo Rebelo de Sousa depois de lançar (na RTP) a candidatura da Santana Lopes agora (no Sol) manifesta-se contra ela na sua habitual incoerência. Mas agora é tarde para isso. Depois de plantar a semente, pretende agora cortar a planta antes que esta se desenvolva. Marcelo é um péssimo estratega político, e aquele seu estilo de “comunicação popular” afasta-o do papel de “ideólogo” que não é nem nunca poderá ser devido à sua versatilidade política que faz com que cavalgue as ondas para onde quer que seja que os ventos as encaminham. Pacheco Pereira merece respeito pelas suas posições. Marcelo Rebelo de Sousa não.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Desculpa ter duvidado de ti

Pacheco Pereira agindo de modo implacável já se demarcou da eventual candidatura de Santana Lopes à capital. Foi igual a si próprio. Ninguém o pode acusar de incoerência nem de desonestidade intelectual.

Santana Lopes: o problema de todos os líderes do PSD

Pedro Santana Lopes é e sempre foi uma pedra incómoda no sapato de todos os líderes do PSD, desde Cavaco Silva. Depois de entalar Menezes impondo-se com líder parlamentar agora entala Ferreira Leite impondo-se (com a ajuda da distrital de Lisboa) como candidato à câmara da capital.
O desconforto de Manuela Ferreira Leite é mais do que evidente – como tão bem se viu ontem na reunião da comissão política nacional. Se a líder Manuela decidir apoiar Santana cede ao populismo. Mesmo que tacticamente cede. Ainda para mais quando possui um nome sério, competente, inteligente, ponderado e responsável para encetar um candidatura promissora à Câmara de Lisboa: Paula Teixeira da Cruz.
Mas o que me incomoda é o silêncio cúmplice desta inegável cedência ao populismo de pessoas como José Pacheco Pereira que tanto se bateram contra aquilo que agora apoiam com a mudez. Pacheco Pereira, Marcelo e outros pensam que o PSD nunca ganhará Lisboa e para marcar uma presença condigna com o histórico das performances eleitorais do partido Santana serve perfeitamente. Grande erro. Se esta direcção apoiar a candidatura de Santana fica para sempre ligada ao santanismo. E nesse sentido não acrescenta nada de novo ao PSD. Pior: se Santana vence, torna-se líder por inerência do partido porque a autarquia lisboeta é o mais importante cargo que o partido detém a nível nacional – excluindo, claro, a Presidência da República, pela natureza do cargo e do detentor. Se Santana alcança um resultado honroso (uma derrota escassa, p. e.) adquire um preponderância dentro do PSD que eclipsará a já de si apagada liderança de Ferreira Leite. E tanto Pacheco Pereira como Marcelo Rebelo de Sousa serão cúmplices duma nova ascensão de Santana Lopes. Fica registado, para posterior apuramento de responsabilidades.
Por outro lado se Ferreira Leite não apoiar Santana será acusada de “partir as pernas” do “menino-guerreiro”, principalmente se o candidato/a que apoiar tiver uma derrota do tipo daquela que Fernando Negrão teve nas eleições intercalares. Ferreira Leite está perante o problema de: “se ficar o bico pega, se fugir o bicho come”. E esse será o problema que estará reservado a todos os líderes do partido que conta com um político como Pedro Santana Lopes a “andar por ai”.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O que faltou foi a grandeza de saber perder

Carlos Costa Neves é o rosto da derrota eleitoral, mesmo antes das eleições que são, felizmente para o PSD-Açores, já no próximo domingo. Que venha a derrota (pesada é certo) para o PSD tentar voltar a se reerguer sem Costa Neves. Do líder açoriano apenas fica a sua triste imagem de mau perder (já recorre ao insulto pessoal contra Carlos César) e o seu estilo cansado, maçado e irritado. Pode haver grandeza na derrota. E foi isso que faltou a Costa Neves: grandeza.

domingo, 12 de outubro de 2008

Sobre repastos em Matosinhos

Será normal que presidentes de importantes empresas públicas do Norte na área dos transportes, como o STCP e a Metro do Porto (sim, Ricardo Fonseca esteve presente) participem num jantar comício do PS, em Matosinhos, para ajudar Guilherme Pinto na sua luta contra Narciso Miranda?
A resposta é simples: não. Os gestores de importantes empresas públicas não se devem imiscuir em lutas partidárias. Assim apostam num cavalo. E a derrota desse cavalo pode trazer problemas, nomeadamente de manutenção do cargo e não só, para esses gestores. E por causa dessas apostas colocam escusadamente a estabilidade das empresas em jogo. O que, em última análise, revela pouco profissionalismo, mas muito “tachismo”.

Escrito com Cabeça (16)

«A propaganda do Governo, na área da educação, pretende não só esconder a falência da sua pseudo-reforma, em que o insucesso está dissimulado pelo facilitismo, como também canalizar para áreas fictícias o descontentamento e desmotivação dos professores. Acena-se com tecnologia de ponta para a educação portuguesa, mas a iliteracia continua a alastrar, ameaçando a salubridade educacional do País.»

Carlos Alberto Chagas (Secretário-geral da FENEI/SINDEP) no DN (11-10-2008)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sócrates energia negativa

Vendem computadores "Magalhães" a bom preço

Consta-se no Porto, isto é, nos cafés, tabacarias, transportes públicos, ect., com várias fontes do povo que nos Bairros do Aleixo e do Cerco vendem-se computadores “Magalhães” a bom preço – conforme o nível de dependência do álcool ou de drogas do vendedor.
Se o objectivo do Ministério da Educação foi relançar a economia paralela através do “choque tecnológico” conseguiu. Agora os habituais “clientes” frequentadores destes bairros podem acrescentar computadores “nacionais” (segundo o Governo) ao vasto cardápio de produtos ilícitos já há muito disponíveis impunemente que vão desde roupa de marca contrafeita a DVD’s pirateados passando pelos, sempre presentes, produtos “para a cabeça”. Esta mentalidade provinciana do Governo de José Sócrates daria para rir se não fosse o dinheiro dos portugueses que trabalham e das empresas que pagam impostos a pagar mais este hino à parolice nacional.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Emblema do Clube de Futebol Passarinhos da Ribeira (Porto)

Este clube portuense foi criado na década de 70 do século XX, em homenagem à selecção brasileira de futebol que, no México em 1970, venceu o campeonato do mundo. Selecção essa que contava com jogadores como Pelé e Rivelino e é tida por muitos como a melhor equipa de futebol de todos os tempos.

Vos estis sal terra |

 Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...