sábado, 28 de fevereiro de 2009

Gravado na Rocha

"Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida, e estes são imprescindíveis." Bertold Brecht.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Capa para agradar patrões

O jornal O Jogo continua a fazer fretes à família Oliveira – a proprietária do jornal. Vejam só a capa suave e encorajadora que fizeram ao clube da família Oliveira, o Sporting, depois deste ter empacotado uma goleada vergonhosa em casa por 0-5 contra o Bayern de Munique, na sua estreia nos oitavos de final da Liga dos Campeões. Os patrões certamente agradecem o apoio na derrota e o incentivo para o jogo contra o Futebol Clube do Porto no Dragão.

“Rendimento mínimo para todos”

Num inquérito sobre participação cívica e política de jovens em Portugal vi a seguinte questão: “achas que todas as pessoas deviam receber o rendimento mínimo?”. Numa escala de 0-4, a pergunta obteve um consentimento pelos petizes na ordem dos 3,1. Fiquei admirado pela aprovação não ser ainda mais alta.
Os incongruentes responsáveis pelos inquéritos, membros da “esquerda da esquerda”, acham que os problemas sociais se resolvem, isto é, obtêm-se a “mudança social”, com a atribuição do rendimento mínimo a todas as pessoas. A ideia é sedutora. Quem diz que não a dinheiro? Quando afinal o dinheiro se revelou o verdadeiro ópio do povo e não a religião como o Marx e o Engels pensaram, para não variar, erradamente.
Esta “esquerda chique” (de acordo com a definição do ministro Santos Silva) funciona como uma puta com HIV: alicia-te primeiro, delicia-te depois e desgraça-te por fim.
Nunca ocorreu àquelas cabeças que se todas as pessoas recebessem o rendimento mínimo (suponho que ande por uns 400 e tal euros) ninguém que receba 500 ou 600 iria trabalhar. Porque se sem fazer nenhum já ganham 400 então porquê trabalhar várias horas por dia durante vários dias por mês só para receber mais 100 ou 200 euros? Ninguém iria trabalhar por menos de 1000 euros por mês. E mesmo assim não era para qualquer trabalho, como, por exemplo, empregado de mesa ou balcão.
Nem vale a pena falar sobre onde se iria arranjar o dinheiro para pagar os rendimentos mínimos para todos, assim como para pagar a inflação dos salários aos que “decidissem livremente” querer trabalhar. Porque, para essa gente trabalhar é uma opção e o Estado é uma espécie de imensa e eterna árvore das patacas.
A pouca inteligência associada à ignorância produz “pensamentos” deste tipo. Se fossem ditos no café tudo bem. Mas são “pensamentos” ditos em salas de aulas de universidades públicas portuguesas sob a forma de “matéria” que os alunos devem aprender sob pena de virem a ter sérios problemas, como notas baixas. E discordar também não é alternativa. A “atribuição do rendimento mínimo para todos” é matéria sensível e sem lugar a discussão. “Só os burros é que não entendem”, dizem eles.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Universidade da Facilidade Portuguesa

Ontem uma professora universitária contou-me sem pasmo que as teses de mestrado em Psicologia passam a ter um máximo de… 50 páginas! Suponho que as teses de doutoramento devem ter umas 100. Certamente em benefício da qualidade científica que tem sido vítima de impiedosos ataques vindos de tantas e tantas “teses” de mestrado e doutoramento de merda que se produzem anualmente em universidades portuguesas. O ensino superior deste país pode valer muito pouco pelo facto das pessoas com cabeças organizadas terem abandonado as universidades à extrema-esquerda. Mas o “mérito” de conseguir transformar as oportunidades de Bolonha em facilidades lusitanas é todo nosso.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Milk

O filme Milk retrata a epopeia do activista gay Harvey Milk pelos direitos civis da comunidade homossexual dos Estados Unidos. É uma biografia política/sentimental de um homem que desafiou um sistema que o lesava de forma corajosa devido à sua inabalável confiança em si mesmo e no que defendia, isto apesar de não ser uma pessoa com tendência para ser bem sucedida. “Tenho 40 anos e ainda não fiz nada que me orgulhe”, disse H. Milk antes de se mudar para S. Francisco, a cidade americana mais liberal dos anos 70. Lá, tentou desgraçadamente fazer-se eleger várias vezes supervisor municipal da cidade até que por fim, e depois de muitos esforços e desgostos (custou-lhe uma relação amorosa), conseguiu ser eleito. Pelo caminho, encorajou e acarinhou todos os homossexuais que conseguiu unindo-os na luta pelos seus direitos civis. O que conseguiu com êxito. Todavia, a ideia fundamental do filme está quando Harvey Milk apela a todos os homossexuais para se assumirem. Isto é, revelarem a sua orientação sexual junto da família, dos colegas de trabalho ou de escola, dos vizinhos, amigos e conhecidos. Acreditava (e bem) que deste modo sensibilizariam toda a população americana para com a sua luta pelos direitos civis. Bem pensado. Quando conhecemos, somos amigos, familiares ou colegas de homossexuais é muito mais difícil não lhes reconhecer os mesmos direitos que já desfrutamos. Quando tudo termina, H. Milk já não podia dizer que durante a sua vida não fez nada com que se orgulhe.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A esquerda e a sua dualidade de critérios

Existem muitos socialistas – como Almeida Santos, o tal que já confessou por mais de uma vez ter “metido milhares de cunhas” para empregos na função pública, sem que isso constituísse qualquer tipo de impedimento moral para que exercesse as funções de Presidente da Assembleia da República e do PS – que acham que Dias Loureiro não tem condições morais para permanecer como conselheiro de Estado em virtude das suas ligações ao BPN e à SLN durante a gestão de Oliveira e Costa. Curiosamente são os mesmos que não vêem qualquer impedimento para que José Sócrates continue a permanecer no cargo de primeiro-ministro depois do mais do que duvidoso licenciamento do Freeport de Alcochete enquanto ministro do Ambiente. Um exemplo típico da dualidade de critérios fundamentados na superioridade moral que a esquerda sempre se arrogou.

Peripécias da aprendizagem do temperamento muçulmano no Iraque

Liberal do Corisco

"As pessoas de génio, é verdade, são e provavelmente sempre serão uma pequena minoria; no entanto, para tê-las é necessário conservar o solo em que crescem. O génio só pode respirar livremente numa atmosfera de liberdade." John Stuart Mill.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A ditadura por referendo

Os venezuelanos cavaram a sua própria sepultura ao permitirem (54% contra 46%) uma revisão constitucional que lhes garante uma ditadura no seu próprio país. Chávez já disse que a “revolução” terá o seu último ciclo em… 2048! Tal como os alemães elegeram Hitler para que este erguesse a sua Alemanha Nazi também os venezuelanos elegeram vitaliciamente Chávez para que este erguesse a sua Venezuela Socialista Século XXI. Do mesmo modo que Hitler perseguiu os seus opositores, também Chávez irá perseguir os seus. E agora com mais vigor e até legitimidade. Os líderes da oposição venezuelana, jornalistas independentes, empresários e todos os que amam a liberdade que se cuidem e equacionem seriamente a possibilidade de abandonarem a Venezuela o quanto antes. O desespero que se sentiu entre os partidários do “Não” foi um sinal mais do que evidente do que se seguirá. Eles sabem que não foi uma mera eleição ou referendo que perderam. Perderam a democracia do seu país. O que faz toda a diferença. Pode-se colocar democraticamente um fulano como o Chávez no poder. Mas já não se pode tirá-lo de lá. Espero que os países democráticos se prontifiquem a conceder asilo político a todas as vítimas que a ditadura de Chávez inevitavelmente causará. Que Deus proteja os mais de cinco milhões de venezuelanos que tentaram em vão evitar a destruição do seu país.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Escrito com Cabeça (23)

«Os processos vão sendo sucessivamente arquivados contra Pinto da Costa. Só avançará o "caso do envelope" ao árbitro Augusto Duarte, alegadamente recebido em casa do presidente do FC Porto na véspera de um jogo com o Beira-Mar, na época 2003/04. Tudo isto significa pelo menos duas coisas: a primeira, e essencial, que convém o Ministério Público arranjar provas antes de acusar alguém; segundo, que os julgamentos públicos são apenas uma parte da nova sociedade que construímos – e ainda bem que assim é. Mesmo quem, como eu, vê personificados no dirigente desportivo Pinto da Costa (e Valentim Loureiro, e Pimenta Machado) muitos dos males do futebol português não pode deixar de perceber que houve aqui uma tentativa de claro linchamento do ser humano.» João Marcelino no DN (14-2-2009)

A extrema-esquerda não é lugar para as mulheres bonitas

Joana Amaral Dias é estúpida, arrogante e intolerante, como são todas as pessoas de extrema-esquerda. Mas é mais inteligente do que a generalidade das pessoas de extrema-esquerda. Mesmo assim foi afastada da Mesa Nacional do Bloco. Alegadamente por “pouco empenhamento partidário”. Contudo, a única mais-valia que Joana Amaral Dias acrescentava ao BE era o facto de ser uma mulher bonita num partido em que, independentemente do género, todos os militantes e dirigentes são feios de meter medo. Joana mostrava que é possível ser bonita e ser do Bloco. Agora não existe ninguém bonito naquele partido. Venceram os feios porque a extrema-esquerda não é lugar para gente bonita. A beleza favorece o sucesso e a extrema-esquerda abomina o sucesso. Não acredita? Procure então alguém (homem ou mulher) bem parecido na extrema-esquerda nacional ou mundial e verifique com os seus próprios olhos como a natureza humana pode ser cruel.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Quando o multiculturalismo acaba mal…

Li, ontem no “Público”, que cinco índios de uma tribo da Amazónia chamada Kulina aliciaram um jovem deficiente mental de 21 anos para a sua reserva e, uma vez lá, mataram e comeram o rapaz, excepto a cabeça que decidiram colocar pendurada num pau. O jornal não esclareceu se ao menos tiveram o cuidado em cozer a carne do infeliz na preparação do repasto, como fazem os povos mais ou menos civilizados, ou se comeram a carne crua como fazem os animais selvagens. Mas existem pessoas que dizem que devemos respeitar incondicionalmente a “cultura do Outro”. Ou seja, não devemos dizer ao “Outro” que não coma pessoas. Sugiro que agora digam isso à família do jovem que encontrou a cabeça do filho espetada num pau dentro de uma reserva índia e que não pode enterrar o corpo porque este foi comido.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Justiceiro de Café

O JN, no passado dia 9, publicou uma série das dez tiradas mais sonantes do Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, desde que este tomou posse à um ano atrás. Entre bocas de café e todo o tipo de acusações avulsas sem substância nem visados concretos, tão ao agrado dos simples, houve uma só boca que merece ser aqui reproduzida: "Eu não discuto com sindicatos. Os sindicatos querem é mais dinheiro e menos trabalho." Proferida na RTP, a 10 Julho 2008. Muito pouco. Marinho Pinto enquanto bastonário revelou-se apenas um justiceiro de café. Mais nada. E como todos os outros justiceiros de café que lhe antecederam na sociedade portuguesa depressa passará de moda.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Um desafio à “coragem” do autocarro ateu

Um autocarro ateu tem desfilado por algumas cidades europeias, como Londres, Barcelona e Madrid, com um cartaz “provavelmente Deus não existe”. Tudo bem. Todas as pessoas, independentemente da inteligência que possuem, são livres de expressarem as suas ideias. Todavia, várias pessoas saúdam a “coragem” da iniciativa, isto é, a “coragem” de percorrer as ruas de cidades maioritariamente cristãs num autocarro empunhando uma mensagem ateia. Tanta “coragem” leva-me a colocar um desafio aos “corajosos” promotores da iniciativa: quando é que o autocarro ateu desfilará com um cartaz “Alá provavelmente não existe” nas ruas das cidades de Teerão, Bagdad, Cabul, Riade, Damasco, Gaza ou Beirute?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Escrito com Cabeça (22)

«Aqui, tal como Mark Felt fez com o Washington Post, alguém passou informações para o Sol. E fez muito bem. O Freeport não é um Watergate à portuguesa. Com estes montantes e possíveis envolvimentos do executivo e justiça, é, por si só, um grande escândalo em qualquer parte do mundo. Face a isto não é "insultuoso", como me retorquiu o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, interrogar governos sobre se houve troca de favores por dinheiro. Seria insultuoso para todo o sistema democrático não o perguntar.»
Mário Crespo no "Jornal de Notícias" (2-2-2009)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Gravado na Rocha

"O homem comum é exigente com os outros; o homem superior é exigente consigo mesmo." Marco Aurélio.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Compreender Ribeiro e Castro

José Ribeiro e Castro é um político mau, arrogante, enfadado, sem carisma nem brilho. E só não enterrou eleitoralmente o CDS porque os militantes centristas enterraram-no primeiro. Mas agora, vai-se lá saber porquê, regressou e, ao estilo de Menezes, apela a “reflexões” no interior do seu partido azedo que anda pela anunciada constituição de uma coligação de centro-direita em torno da candidatura de Santana Lopes a Lisboa. Pelo caminho solta baboseiras como se o seu mandato não tivesse sido “interrompido” pelo “assalto” de Paulo Portas o CDS “teria eleito dois ou três vereadores” nas eleições intercalares de 2007 ou, notem o delírio, “com alguma sorte, poderia ter ganho, de novo a câmara”. Sobre Ribeiro e Castro mais “reflexões” para quê?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A mais-valia do Fórum Social Mundial

No certame que junta tarados e/ou ditadores neo-socialistas sul-americanos, chefes índios brasileiros ou indígenas maia com sobas africanos, clérigos da Teoria da Libertação e “intelectuais” (sic) da “ultra-esquerda” ocidental para que todos juntos – no Fórum Social Mundial – possam alcançar a: “Mudança Social”, acabando com o capitalismo e impondo a “neo-socialismo” como a única verdade absoluta, sendo o Estado o senhor total da vida (e eles senhores do Estado) consegue afinal ter uma finalidade positiva: dinamiza o comércio da cidade brasileira de Belém. Informação dos próprios comerciantes que conseguem suportar o “ambiente” para facturar imenso e obter lucros extraordinários nos seus restaurantes e lojas. Afinal de contas a única utilidade do FSM é potenciar o desenvolvimento económico, ou seja, o capitalismo que supostamente iria aniquilar. E eu a pensar que aquilo não tinha utilidade nenhuma.

Vos estis sal terra |

 Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...