sexta-feira, 25 de abril de 2008

Pedros, meus caros..

Meus caros Pedro Santana Lopes e José Pedro Aguiar-Branco (com o travessão que tanto estimas) obrigado. Obrigado José Pedro por seres a encarnação contemporânea da parabola do Pedro e o Lobo. Consegues assustar toda a gente do PSD com a eterna manifestação de disponibilidade paras seres líder para depois desistires umas vezes a favor de alguém (Ferreira Leite agora) outras a favor de ninguém (estiveste com Marques Mendes contra Menezes?). Ameaças que avanças e depois recuas. Entretanto passas a vida a falar mal do líder laranja do momento. Criticaste Mendes e Menezes com o mesmo zelo, nessa tua ânsia de aparecer tipo Marco Paulo: não interessa se fala bem ou mal de mim. Interessa é que falem de mim.
José Pedro, tal como Pedro da parabola, também já ninguém acredita em ti. Mas conseguiste protagonismo. Apareceste na televisão, nas rádios e nos jornais. Obrigado por me teres facilitado reconhecer, sem esforço, que não mereces nem tens nem nunca teras perfil para líder do PSD.
Obrigado também Pedro Santana Lopes. Essa tua vontade intrínseca de liderar e a completa ausência de vergonha na cara fazem de ti novamente candidato a líder. O que nada de bom acrescenta ao partido a não ser as "tropas" que impedes que Jardim acrescente ao seu grupo de capachos continentais. Por isso está de parabéns. Obrigado Pedro. Obrigado pedros.

Assinalando Abril

«Esta é a madrugada que eu esperava, o dia inicial inteiro e limpo onde emergimos da noite e do silêncio e livres habitamos a substância do tempo.»
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Um jornal gratuito de referência

O jornal «Meia Hora» é um precioso exemplo de como é possível fazer um jornal gratuito de referência (sem aspas). É bonito, elegante, bem escrito e organizado, além de difundir informação com qualidade, nomeadamente informação internacional. Conta com um grupo de colunistas de primeira linha, tal como Luciano Amaral, Helena Sacadura Cabral e Maria Filomena Mónica. O director Sérgio H. Coimbra, depois do excelente trabalho que desenvolveu na revista National Geographic, volta a dar um importante contributo para a qualidade da comunicação social escrita em Portugal. Os meus parabéns e votos duma longa vida ao «Meia Hora». Jornal responsável para alterar algum preconceito inicial que mantive relativamente aos gratuitos.

Pós & Contras (RTP, 21-4-2008)

No último Pós & Contras, sobre, claro, a crise do PSD retirei algumas citações dos intervenientes que agora partilho para que não caiam, por diferentes razões, no esquecimento.
"Sá Carneiro tinha o sonho de fazer Portugal uma Suécia". Pedro Passos Coelho.
"É preciso refundar os dois grandes partidos, PS e PSD. Não faz sentido refundar um sem refundar o outro." Joaquim Aguiar.
"Há algum limite para a liberalização que alguns pretendem." André Freire
"Qual é a diferença entre um monopólio público dum privado?" Joaquim Aguiar.
"As perguntas são sempre possíveis, as respostas são as vezes." Ângelo Correia.
"Rotativismo não é a mesma coisa que alternância". Pedro Passos Coelho.
"Estamos [Portugal] num Guantánamo fiscal." Ângelo Correia.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

PSD: pior é possível

A ala populista do PSD, que colocou Menezes na liderança do partido porque Santana Lopes não podia continuar depois da estrondosa derrota das legislativas de 2005, prepara-se agora para enfiar definitivamente e com estrondo no charco. Como Santana Lopes ainda não está suficientemente regenerado, e Menezes já é carta fora do baralho, a aposta parece que pode recair em Alberto João Jardim - que já se queixou da sua "falta de tropas no continente", algo que a gente de Santana e Menezes podem alegremente facultar, afinal estão em jogo dezenas de lugares de deputados já em 2009.
Alberto João Jardim é um homem que nutre um profundo desprezo por Portugal e, especialmente, pelos portugueses. Só quem não é dos Açores e da Madeira é que não compreende o que é a "insularidade" e que as autonomias regionais são só a melhor forma de governo possível quando não se pode ser independente. Mas alguns portugueses do PSD devido à intrínseca vocação de lacaios que sempre tiveram, estão prontos para receber como líder alguém que os despreza. Premiando a maneira de fazer política que Jardim é expoente máximo. O líder madeirense só não destruiu ainda a imagem (ou o que dela resta) do PSD porque está na Madeira. No apocalíptico cenário deste vir para o continente, irá destruir para sempre o PSD, e ter a maior derrota da democracia portuguesa em 2009, uma vez que a imensa maioria de portugueses que o detesta não irá perder a oportunidade de se "vingar" dos insultos vindos da Madeira à 30 anos. No final, Jardim volta para a "sua" ilha onde vai, até ao fim da vida, destilar o seu ódio doentio aos portugueses que felizmente não o merecem.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Que Diabo...

Hoje, 22-4-2008, comprei o jornal semanário "O Diabo". Uma mediocridade jornalistica que custa 1,80. Uma miséria que só para que tenham ideia vai da página 2 à 7 apenas apenas com opinião. O colunista de "referência" é Alberto João Jardim. Reportagens nada. Entrevistas com fartura. Notícias quase nenhuma, e destas nenhuma de jeito. Na ficha técnica figura uma tiragem de 25 000 exemplares (!), o que só pode ser para tentar enganar potenciais investidores, que curiosamente não existem. É verdade: o jornal é produzido na totalidade sem nenhum espaço de publicidade. E consegue sobreviver. Que Diabo...

domingo, 20 de abril de 2008

Declaração de intenção

Votarei Pedro Passos Coelho nas próximas eleições directas do PSD. É o candidato que eu mais me revejo e que mais respeito intelectual e moral me inspira. Apenas acho que ainda é cedo para que ascenda à liderança, mas já que concorre é importante para o PSD que obtenha uma boa votação em directas. Uma votação na ordem dos 30% já não seria nada má e obrigava o novo líder a ter em conta tudo o que Passos Coelho representa dentro do partido. Como André Abrantes Amaral nos conta no Blogue Atlântico:
«Mais importante que todo o mérito que Passos Coelho possa ter (e acredito que o tenha), há uma verdade indiscutível: Ele é o único que não tem a marca dos anos 70 e, por isso mesmo, o único que parece entender os problemas da nova geração.»
Se as "bases" escolherem Menezes (que vai avançar) é um acto de masoquismo político com consequências nefastas para o partido no que toca à credibilidade deste junto da sociedade portuguesa.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Política à madeirense

"Acho bem não haver uma sessão solene, acho que era dar uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa. Acho que isso era dar uma ideia péssima da Madeira e ia ter repercussões negativas no turismo e na própria qualidade do ambiente."

Alberto João Jardim explicando porque não deixou Cavaco Silva discursar na Assembleia Legislativa Regional da Madeira na qualidade de Presidente da República.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Se é para a desgraça, é para a desgraça...

Começo por confessar que sou militante do PSD desde 2005. Entrei no partido durante a liderança de Marques Mendes, e, apesar de concretizar um desejo antigo, vi nesta liderança uma oportunidade única de tentar transmitir à política portuguesa uma certa seriedade e decoro que tanto merece. Tomei a decisão após ver afastados das listas autárquicas Valentim Loureiro e Isaltino Morais. Mais tarde, apoiei a condução de Mendes no processo da Câmara de Lisboa. Só não concordei que logo a seguir convoca-se eleições directas nesse rescaldo intercalar autárquico da capital. Que deram a liderança a Filipe Menezes, para grande desgosto meu que votei Marques Mendes.
Agora Luís Filipe Menezes é o líder. Há que respeitá-lo como tal. Ele não é o líder que eu queria que o PSD tivesse. Mas é o líder que o PSD tem. Por isso dou-me à liberdade de aconselhar Pedro Passos Coelho a aguardar e confiar. Já a Aguiar Branco diria para ter juízo naquela cabeça, uma vez que parece que perdeu a noção do ridiculo ao sonhar que alguém pode passar da quase indigência política para a liderança dum partido da dimensão do PSD. A táctica estágio 6 meses (ministério da Justiça) e está-se pronto para ser chefe de partido e de governo não é boa conselheira.
Com seriedade, acho impossível o PSD vencer as próximas legislativas seja com que candidato for. Apenas está em jogo uma percentagem eleitoral moralizadora na ordem dos trinta e muitos e, sobretudo, a perca da maioria absoluta do PS. Que seja dada a Menezes essa singela oportunidade. Para perder, Menezes serve. Se é para a desgraça, é para a desgraça, como se diz nos Açores.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Frida Kahlo



«Ahí les dejo mi retrato, pa'que me tengan presente todos los dias y las noches, que de ustedes yo me ausente.» (1946)

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Rio arrumado

O presidente da CMP, Rui Rio está em vias de ser "arrumado" por um arrumador - ironicamente praga de que ele tentou "limpar" a cidade, nem que fosse mandando-os para Gaia ou Matosinhos, logo ali ao lado.
O volte-face entre o Rui Rio e os arrumadores ocorreu quando Carlos Moreira arrumador de ocupação decidiu mover uma acção contra Rui Rio por este ter publicado uma foto sua na revista Porto Sempre da CMP (cuja responsabilidade editorial é do presidente) na qual encontrava-se a sacar pela intimidação e pelo nojo uma moeda a um condutor que não tem outro remédio senão pagar para que não veja o respectivo veículo vandalizado. Acto conhecido como arrumar carros. Cujos "profissionais" designam-se por arrumadores.
Rui Rio foi constituído arguido, alegadamente por ter "insultado" com aquela imagem a "dignidade" de Carlos Moreira, que se viu ofendido por ser "comparado" a um drogado.
Alguém acredita numa história destas? Um arrumador nojento, aliás requisito obrigatório para a "profissão", vê a sua "dignidade" denegrida por ser fotografado a fazer aquilo que faz todos os dias: sacar dinheiro aos receosos por aparentar um drogado a precisar de droga e da respectiva moeda.
Esse execrável Carlos Moreira descobriu foi a sorte grande. A sua, claro. Ao saber da fotografia viu ai uma maneira de sacar ao Estado (além do rendimento mínimo ou de inserção que certamente já recebe) uma pipa de massa, que o próprio estipula de "centenas de milhares de euros tendo em conta a tiragem da revista que é de 150 mil exemplares". Um hino ao chico-espertismo luso.
Eu pensava que quando uma pessoa desce ao nível de arranjar dinheiro a arrumar carros tinha como consequência uma perca da sua própria dignidade. Enganei-me. Até ganha notoriedade e a solidariedade de palermas diversos. E não tarda nada aparece na TV, talvez naquele programa nunca demais foleiro das "Tardes de Júlia" na TVI. Quem diria que um indivíduo podia atingir o "sucesso" (monetário, pelo menos) a arrumar carros...
Parabéns Carlos Moreira, pois nasceste e vives num país e num regime feito mesmo à tua medida.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

terça-feira, 1 de abril de 2008

Sobre o casamento...

«Se percebemos o que é o enlace matrimonial damo-nos conta de que é uma nova realidade: as vontades de ambos os cônjuges comprometeram-se irrevogavelmente. E se uma pessoa se entregou desta maneira, sucede como com o que se atira sem pára-quedas: ou se atirou ou não se atirou, mas, se se atirou, já não pode voltar atrás. Isto ajuda-nos a distinguir entre o acto do matrimónio, que é uma realidade que surge pelo consentimento das vontades, e os papéis, as cerimónias e as festas.» Mikel Santamaría Garai.

Vos estis sal terra |

 Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...