quinta-feira, 17 de abril de 2008

Se é para a desgraça, é para a desgraça...

Começo por confessar que sou militante do PSD desde 2005. Entrei no partido durante a liderança de Marques Mendes, e, apesar de concretizar um desejo antigo, vi nesta liderança uma oportunidade única de tentar transmitir à política portuguesa uma certa seriedade e decoro que tanto merece. Tomei a decisão após ver afastados das listas autárquicas Valentim Loureiro e Isaltino Morais. Mais tarde, apoiei a condução de Mendes no processo da Câmara de Lisboa. Só não concordei que logo a seguir convoca-se eleições directas nesse rescaldo intercalar autárquico da capital. Que deram a liderança a Filipe Menezes, para grande desgosto meu que votei Marques Mendes.
Agora Luís Filipe Menezes é o líder. Há que respeitá-lo como tal. Ele não é o líder que eu queria que o PSD tivesse. Mas é o líder que o PSD tem. Por isso dou-me à liberdade de aconselhar Pedro Passos Coelho a aguardar e confiar. Já a Aguiar Branco diria para ter juízo naquela cabeça, uma vez que parece que perdeu a noção do ridiculo ao sonhar que alguém pode passar da quase indigência política para a liderança dum partido da dimensão do PSD. A táctica estágio 6 meses (ministério da Justiça) e está-se pronto para ser chefe de partido e de governo não é boa conselheira.
Com seriedade, acho impossível o PSD vencer as próximas legislativas seja com que candidato for. Apenas está em jogo uma percentagem eleitoral moralizadora na ordem dos trinta e muitos e, sobretudo, a perca da maioria absoluta do PS. Que seja dada a Menezes essa singela oportunidade. Para perder, Menezes serve. Se é para a desgraça, é para a desgraça, como se diz nos Açores.

Sem comentários:

Vos estis sal terra |

 Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...