segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Professores rascas

Na semana passada, um estudo da Federação Nacional dos Sindicatos de Educação divulgou que 75% dos professores mudariam de profissão “se tivessem alternativa”. O mesmo estudo diz ainda que 81% rumavam à reforma “se tivesse oportunidade”. Hoje, circula um abaixo-assinado que conta com 70 000 assinaturas para que a avaliação seja suspensa (um eufemismo para designar não à avaliação).
Em relação à mudança de profissão dizer que não existe alternativa revela toda a estirpe dessa gente. Alternativa existe sempre. Não existe é fora do ministério da Educação um lugar à mesa da classe média-alta para gente que não tem valor para nada, como a maioria desses professores rascas. Fora do Estado todos, duma maneira ou de outra, são avaliados e só os bons vingam. Os outros fracassam. E muitos dos que são hoje professores são-no apenas porque foi esta a maneira mais fácil que conseguiram para ter um emprego seguro, com um ordenado que jamais iriam obter fora do Estado. Por isso não existe “alternativa”.
E a falta de “oportunidade” para a reforma revela somente o gosto pelo trabalho que é comum a todos os profissionais rascas. Enquanto as assinaturas são o “torresmo da agonia” de quem já percebeu que a vida fácil sem avaliações e com progressões automáticas na carreira terminou. E terminou para sempre. Tal como um porco despeja o último dejecto antes de lhe ser retirada a vida, também os professores rascas despejam uma última assinatura, não pela vida, mas pela vida fácil. E ainda há gente que acredita que os professores querem realmente ser avaliados...

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