domingo, 2 de novembro de 2008

O presente envenenado dos EUA à extrema-esquerda

Se os norte-americanos elegerem Obama, a esquerda europeia, que tanto os odeia, alegará que é apenas uma espécie particular de catarse americana pelo esclavagismo que promoveu no século XIX. Mas, se elegerem McCain são o mais acabado exemplo duma sociedade racista. Aliás já vários comentadores declararam: “só o facto de Obama ser negro é que o impede de ter a eleição garantida”. Para essas cabeças votar McCain é ser racista e xenófobo. Os esquerdistas mais ignorantes acrescentarão mesmo que votar em McCain é ser fascista ou nazi.
A imprensa portuguesa que se encontra repleta de jornalistas ignorantes e/ou de esquerda apresenta mesmo a eleição norte-americana como uma luta do “homem branco” contra o “homem negro”. Escusado será dissertar sobre quem recai a preferência destes ignorantes: sobre “o outro”. E o outro é, neste caso, o preto. O entusiasmo seria o mesmo caso se tratasse duma eleição entre um horrível branco como nós e um descendente de esquimós, de tibetanos ou de índios americanos. Desde que não seja branco é bom. O que interessa é que não seja branco. E quem disser o contrário é burro ou racista ou ambos.
Só que estes possuidores de escassos neurónios esquecem-se que com Obama Presidente dos EUA o anti-americanismo que conseguiram fomentar, com êxito, durante a presidência de Bush – especialmente depois da invasão do Iraque – irá necessariamente decrescer e ter menos receptividade junto da plebe inculta como até agora e assim terão menos “assunto” no futuro. Além disso, não poderão insultar Obama da mesma maneira ordinária que insultavam Bush. Por exemplo, não poderão chamar burro a Obama como chamaram durante oito anos a Bush. Porque Obama é preto, e o politicamente correcto não permite que se chame burro a um preto mesmo que esse preto não tenha capacidade sequer para amarrar os atacadores dos sapatos.
Insultar o Presidente dos EUA foi o truque utilizado pela extrema-esquerda para dessa forma insultarem todos os americanos. Agora a utilidade do truque poderá terminar.
Uma grande vantagem da eleição de Obama poderá ser o fim do anti-americanismo na sua actual dimensão na Europa. O que não favorece em nada os verdadeiros objectivos da extrema-esquerda. Assim se compreende o pouco entusiasmo de Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa e outros esquerdistas mais inteligentes do que aqueles que os seguem em relação ao candidato democrata. Obama poderá ser o presente envenenado dos EUA a todos os anti-americanos. Em caso de vitória democrata, espero que o gozem bem.

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá Colin
Coloquei o teu blogue em destaque no meu e, desde então, venho cá ler a tua opinião acerca dos mais diversos temas.
Como eu, muitas pessoas deverão gostar de ler o teu blogue, mas tenho a impressão que aqui (no blogger) não tem o impacto que mereces.
Também iniciei a minha carreira de escritora cibernáutica no blogger, mas achei que ficaria melhor e teria mais evidência em "espaço" português e transferi-me para o Sapo. Na mesma semana que comecei a escrever no Sapo estive em destaque durante 2 dias.
Por isso, aconselho-te a transferires o teu blogue para o domínio do sapo e verás que a tua voz chegará mais longe.

Colin Mateus Marques disse...

Olá Paula.
Agradeço a tua sugestão. Só comecei a blogar desde Março e não o faço numa procura de visibilidade. Apenas escrevo para manter e desenvolver a prática da escrita - fundamental ao desenvolvimento intelectual. Nunca contei sequer a ninguém que tenho um blogue. Tu é que o descobriste.
Por agora, tenho outras prioridades. O que não significa que um dia não procure notoriedade através da blogosfera. Nessa altura mudo para o Sapo. Entretanto continuo por aqui no bloguer.
Beijo para ti.

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