«Num ponto, pelo menos, Alberto João Jardim tem razão: a campanha para as directas do PSD está cinzenta e desinteressante. Claro que tudo seria diferente se o próprio Jardim concorresse – eis o que ele quis dizer na sua. Mas faltou-lhe a coragem e o desprendimento para entrar numa corrida de resultado incerto. Gostaria mesmo era de ser aclamado líder, como sucede na Madeira, sem ter de se sujeitar à maçada de um confronto em que corria o risco de, ao fim de 30 anos na política, sofrer a desfeita de uma primeira derrota eleitoral. Como talvez acredite que o PSD ainda pode degradar-se um pouco mais, a ponto de um dia lhe pedir o favor de ser o seu chefe – as legislativas do próximo ano o dirão – lá desfez o pequeno 'tabu'. Um 'tabu' que serviu apenas, como já se tinha percebido, para não ficar em branco nas notícias e exercer alguma pressão sobre os candidatos em presença.»
Fernando Madrinha in Expresso, 19 de Maio de 2008
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