quarta-feira, 21 de maio de 2008

Quem estuda Ciências da Educação pode endoidecer

Em jeito de partilha de agonia intelectual deixo-vos este estrato de texto fornecido numa aula pela própria autora:
«[Investigação-Acção] Lugar privilegiado de experimentação social é, assim, um espaço exemplar de “bricolage epistemológica”. Mas também da emergência de conflito sócio-cognitivo que acolhe um conjunto de problemáticas que lhe são centrais (ainda quando, pela tentação de uma leitura mais simplista, lhe possam parecer periféricas): a questão da comunicação e da linguagem; a dupla ruptura epistemológica, o senso comum esclarecido e a condição dialógica; a questão do sujeito e da relação sujeito/objecto; a escala a que se investiga, intervindo; a incompletude e a exterioridade, no âmbito de uma “hermenêutica diatópica” (Diapositivo conceptual que Boaventura Sousa Santos desenvolve no âmbito de estudos multiculturais).
Espaço de afirmação mais epistemológico do que metodológico – já que, à luz do cânone positivista, resulta em incomodidade epistemológica, uma vez que se consente em constructo ambíguo e híbrido, num espaço de cruzamentos disciplinares – a Investigação-Acção revê-se num quadro praxiológico que reconhece e acolhe a implicação, não descurando o papel do distanciamento, enquanto correlativo dialéctico da pertença; se move na imprevisibilidade e na incerteza; se revê na complexidade, dispensando-se de uma simplificação arbitrária objectualizante.»
Acho que ficou clarificado o conceito, ou melhor, o "diapositivo conceptual" de "Investigação-Acção" por parte da autora, Rosa Soares Nunes.

Sem comentários:

Vos estis sal terra |

 Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...