sábado, 28 de novembro de 2009

Não será do ensino profissional que virão os leitores de amanhã

Com a internet e a possibilidade de aceder e manusear (copy past, entenda-se) a informação disponibilizada sem esforço cognitivo, os formandos de cursos profissionais dos níveis 2 e 3 (terceiro ciclo e secundário) que fazem parte significativa dos seus “trabalhos” (porque no ensino profissional os testes não são bem vindos) segundo estes parâmetros não serão leitores no futuro, porque não manuseiam a informação através da leitura e da escrita. Apenas copiam integralmente os textos pelo sentido dos títulos e subtítulos, também estes copiados. E não percebem que estão apenas a reproduzir e compilar informação alheia. Só conhecem este método de trabalho que lhes dispensa e leitura e até a escrita, ambas com expressões aterradoras nos escassos momentos em que se fazem sentir. Desde o seu reinício nos anos 90, o ensino profissional foi encarado como “diferente” do ensino regular. Só que por “diferente” entendeu-se “mais fácil”. Esse facilitismo reflectiu-se, desde sempre, na ausência de métodos cognitivos, como a leitura e a escrita, nas acções de formação. O que a internet vem agora facilitar uma vez que fornece a informação “pronta”, ou seja, já não é necessário ler nem escrever para “fazer” um “trabalho”. Uma coisa é certa: não será do ensino profissional português que virão os leitores de amanhã.

Sem comentários:

Vos estis sal terra |

 Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...