quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A Escola Pública e o exemplo de Ana Margarida Craveiro

Este comentário, no Blogue Atlântico, sobre a escola pública de Ana Margarida Craveiro é a mais exacta reprodução da actual realidade escolar flagelada pelo vírus da Educação Nova.
"A efusão socialista com os "bons resultados" dos alunos portugueses tem uma consequência muito simples: quem tem dinheiro tira os filhos da escola pública e paga um bom colégio. A nivelação por baixo cria uma desigualdade que se resolve de forma muito antiga: quem pode, paga. Como por aqui o dirigismo é a regra, é claro que quem frequenta o ensino particular também está preso por programas e manuais obrigatórios. A diferença é que isso é compensado com ensino a sério, em que se acrescentam conhecimentos às competências.
Ao ensino público foi retirada qualquer responsabilidade, é a coutada do experimentalismo pedagógico. Quem não consegue fugir ao jugo da 5 de Outubro, fica com uma educação obrigatória cada vez mais miserável, em que não há respeito por alunos ou professores. É só a esmagadora maioria."
Ana Craveiro coloca a nu o problema educativo em Portugal. Problema que é antes de mais pedagógico/ideológico. Mas o problema não está só no ministério da Educação. Está nas faculdades e escolas superiores de educação cujos docentes são, na esmagadora maioria dos casos, pessoas militantes ou simpatizantes da extrema-esquerda, isto é, do Bloco de Esquerda cuja influência ideológica faz-se sentir na 5 de Outubro. Se nada fizermos, se não seguirmos o exemplo da Ana Craveiro e trazer a escola pública e a educação para o centro do debate político ela vai continuar na margem desse necessário debate entre conservadores e tarados “progressistas”. E estar à margem significa estar sujeita ao domínio da extrema-esquerda. O que se verifica desde há bastante tempo. E a culpa também é dos liberais ou dos conservadores-liberais que relegam sistematicamente a educação para segundo plano – com a excepção honrosa de João Pereira Coutinho. No que respeita à educação o BE já está no Governo. Digo-o com pesar. Mas é verdade: gente da “verdadeira esquerda” ou da “esquerda da esquerda” manda, ou melhor desmanda, desorganiza e cria confusão na Educação duma democracia-liberal como Portugal. Os que perderam “Abril” não perderam de todo. Tomaram de assalto a educação com as suas teorias pedagógicas. E nada mais resta aos portugueses que queiram educar os seus filhos de acordo com valores como o mérito, obtido através do conhecimento transformado em competência senão retirá-los dessa escola pública igualitarista nivelada pela mediocridade em que a extrema-esquerda a transformou e colocá-los em bons colégios privados.

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