segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O laboratório da América Latina

A Bolívia está a ferro e fogo – agora sem o embaixador dos EUA. O chimpanzé Morales está em extremas dificuldades internas. Parece que é somente presidente dos pobres da Bolívia. Porque nas regiões desenvolvidas, governadas por liberais-conservadores, não parece alcançar vassalagem política nem sequer respeito institucional. Os próprios governadores regionais falam de e para com Morales como se dum inimigo estrangeiro ou estranho se tratasse. O orangotango venezuelano, perante as evidências da rejeição total de Morales e do seu “socialismo século XXI” em imensas zonas do país deste (ou deles?), afirma vir em seu socorro. Militarmente, claro. Porque Chávez quer concretizar o sonho de Simón de Bolívar: uns estados unidos do sul, a “grande pátria” a que se referiu. Uma vasta região, composta pela: Bolívia, Venezuela, Equador, Peru e Colômbia – liderada por Chávez, obviamente. Isto é, toda uma federação ou confederação de estados latinos unidos em contraponto ao Brasil e ao México que por si só se afirmam cada vez mais nitidamente como potências regionais – e é uma questão de tempo até conquistarem os seus lugares no Conselho de Segurança da ONU ou num futuro alargadíssimo G-8.
Todavia, deste flagêlo da extrema-esquerda na América do Sul, devemos tirar todos uma lição: não se pode descurar no que respeita a desigualdades sociais. A existência de muita pobreza é o principal inimigo da democracia. Porque, quem vive na pobreza, vive numa espera messiânica dum salvador, de preferência bem falante. Tendo em conta o nível de conhecimentos e de cultura geral entre a população mais pobre, o resultado só pode ser a vitória do populismo, mesmo do populismo mais primário e ordinário. Assim surgem personagens execráveis como: Hugo Chávez, Evo Morales ou Rafael Correa. A América Latina é um laboratório a seguir com muita atenção e preocupação.

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