sábado, 28 de junho de 2008

Educação: Selvagens Nostálgicos de JPC

«E estava tudo escrito desde o princípio: com um Ministério da Educação dominado por selvagens nostálgicos, que leram Rousseau e resolveram aplicá-lo à descendência dos outros, o ensino português apostou na ideia de que a educação nunca é um exercício de violência intelectual: um exercício que implica respeito pelo professor; trabalho solitário e às vezes difícil do aluno; e chumbo certo em casos de ignorância ou indolência. O Ministério da Educação subverteu este tripé ao desautorizar os professores, ao substituir o estudo por "competências" de natureza ridícula ("saber fazer", "saber estar") e ao garantir o aproveitamento de alunos que, em condições normais, seriam chumbados ou expulsos do sistema. O resultado não acabou apenas por destruir o ensino português, no sentido pedagógico do termo. Acabou por corromper cada um dos seus parceiros, que cresceram à sombra deste circo. Corrompeu pais e alunos, que esperam da escola um prolongamento do jardim infantil - mas não de um jardim infantil capaz de punir quem não trabalha».
João Pereira Coutinho no Expresso de 15 de Março de 2008

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