«Hoje, e à luz de Schmitt e da sua distinção amigo/inimigo, os fundamentalistas islâmicos são nossos inimigos porque ameaçam o nosso modo de vida (político); nós somos seus inimigos porque somos infiéis (moral). É por isso que a linguagem escatológica, por mais antigo que seja o seu uso entre nós, tem de desaparecer da nossa retórica, pois tem como consequência incentivar uma guerra total, i.e. uma guerra em que não basta afastar a ameaça que define o inimigo, mas destruí-lo. Ora, não querendo nós fazer um buraco do Médio Oriente, esta linguagem favorece apenas aqueles que vêem no ataque a civis um recurso necessário à sua causa.»
Alexandre Homem Cristo no Blogue Atlântico de 6 de Junho de 2008
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