quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mário Soares, Mário Crespo e as pessoas “inteligentes”

Mário Soares, obcecado como qualquer bom tarado de esquerda com os EUA, já tem o “seu” candidato: Obama. Naquela sua cada vez menos disfarçada ignorância afirma, que: “toda a inteligência americana apoia Obama”. Isto é, os académicos e os “artistas”. Daqui facilmente se conclui que só os estúpidos e os ignorantes é que podem votar em McCain. Porque os inteligentes só podem votar em Obama. É a estúpida arrogância da esquerda na sua máxima força.
Mário Soares que, ao que parece, já superou definitivamente o desgosto da derrota categórica que sofreu nas presidenciais portuguesas mostra-se cada vez mais sedento de protagonismo e carente de tempo de antena. A imprensa satisfaz-lhe ambos os desejos. Na RTP tem aquele imbecil programa: “o caminho faz-se caminhando” onde Soares, arrogantemente, revela toda a sua ignorância e pouca memória perante uma Clara Ferreira Alves babada com a “sabedoria” do “Buda” do “socialismo século XXI”. Quanto à restante imprensa disputa artigos pouco informados e tendenciosos, além entrevistas que conseguem o incrível de terem ainda menos conteúdo intelectual que os artigos. Mas, Soares está sempre disponível para opinar – dar opinião é o ópio dos ignorantes. E a imprensa está sempre pronta para o ouvir. Só este fim-de-semana deu entrevistas ao Rádio Clube Português no Sábado e ao Correio da Manhã no Domingo. Mas, Soares vende? Ou seja, ainda existe alguém que se interessa por aquilo que Soares pensa e diz? Soares, enquanto comentador, é do pior que existe. É, e sempre foi, limitado intelectualmente, pouco culto (só em Portugal alguém como ele pode passar por uma pessoa culta) e toda a sua análise sobre qualquer tema (ele, como qualquer bom inculto, fala sobre tudo) resume-se à mais óbvia constatação do evidente, ou em fazer o triste papel de papagaio da ideologia da “esquerda-caviar”.
Mário Soares, de acordo com a inteligência que possui, não tem nem teve, nem aliás podia ter, nenhuma dúvida sobre a escolha do “seu” candidato à presidência dos EUA. As pessoas “inteligentes” como ele têm sempre poucas dúvidas.
Já Mário Crespo, que conhece perfeitamente os EUA, sublinha que “todas as pessoas que reflectem devem estar muito indecisas quanto à sua escolha para Presidente dos EUA”. Eu que, modéstia à parte, reflicto e também conheço os EUA também não me consigo decidir entre os dois candidatos. Acho que, tal como Crespo, todos os norte-americanos inteligentes e sem interesses numa ou noutra candidatura não se decidiram ainda. Se Obama fosse branco a escolha seria assim tão fácil? Nesse sentido, agradeço a Mário Soares por ter-me feito sentir alguém inteligente.

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