"A questão é saber se há pessoas honestas quando o interesse ou a paixão estão em jogo." Talleyrand.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Tomar partido
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Uma boa ideia, mas...
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Agualva (Terceira, 15-12-2009)
"Como homens estamos soldados historicamente ao povo de onde viemos e enraizados pelo habitat a uns montes de lava que soltam da própria entranha uma substância que nos penetra. A geografia, para nós, vale tanto como a história, e não é debalde que as nossas recordações escritas inserem uns cinquenta por cento de relatos de sismos e enchentes. Como as sereias temos uma dupla natureza: somos de carne e pedra. Os nossos olhos mergulham no mar." (Nemésio, 1932)
domingo, 13 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
A fusão de conteúdos no Grupo de Joaquim Oliveira
O antigo ministro das Finanças Medina Carreira arrasou na noite de terça-feira o programa Novas Oportunidades, classificando-o de "trafulhice" e "aldrabice", defendendo um regime educativo exigente como condição para a integração no mercado de trabalho.
Convidado da tertúlia 125 minutos com..., que decorreu no Casino da Figueira da Foz, Medina Carreira disse ainda que a educação em Portugal "é uma miséria" e que as escolas produzem "analfabetos".
"[O programa] Novas Oportunidades é uma trafulhice de A a Z, é uma aldrabice. Eles [os alunos] não sabem nada, nada", argumentou Medina Carreira.
Para o antigo titular da pasta das Finanças a iniciativa dos Ministérios da Educação e do Trabalho e da Solidariedade Social, que visa alargar até ao 12.º ano a formação de jovens e adultos, é "uma mentira" promovida pelo Governo.
"[Os alunos] fazem um papel, entregam ao professor e vão-se embora. E ao fim do ano, entregam-lhe um papel a dizer que têm o nono ano [de escolaridade]. Isto é tudo uma mentira, enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução", acusou.
As críticas de Medina Carreira estenderam-se aos estudantes que saem das escolas "e não sabem coisa nenhuma".
"O que é que vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda por aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa-fandanga", frisou.
Defendeu um regime educativo "exigente, onde se aprenda, porque os empresários querem gente que saiba".
Questionado pela jornalista Fátima Campos Ferreira, anfitriã da tertúlia, sobre a avaliação de professores, Medina Carreira classificou-a de "burrice".
"Se você não avalia os alunos, como vai avaliar os professores?", inquiriu.
Admitiu, no entanto, que os professores terão de ser avaliados, desde que exista "disciplina nas aulas, o professor tiver autoridade, programas feitos por gente inteligente e manuais capazes", argumentou, arrancando aplausos da assistência.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1442456
Programa Novas Oportunidades é “trafulhice”, diz Medina Carreira
Antigo ministro das Finanças critica o programa Novas Oportunidades. "Enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução", acusou.
Convidado da tertúlia "125 minutos com...", que decorreu no Casino da Figueira da Foz, ontem, terça-feira, Medina Carreira disse ainda que a educação em Portugal "é uma miséria" e que as escolas produzem "analfabetos".
"[O programa] Novas Oportunidades é uma trafulhice de A a Z, é uma aldrabice. Eles [os alunos] não sabem nada, nada", argumentou Medina Carreira.
Para o antigo titular da pasta das Finanças a iniciativa dos Ministérios da Educação e do Trabalho e da Solidariedade Social, que visa alargar até ao 12.º ano a formação de jovens e adultos, é "uma mentira" promovida pelo Governo.
"[Os alunos] fazem um papel, entregam ao professor e vão-se embora. E ao fim do ano, entregam-lhe um papel a dizer que têm o nono ano [de escolaridade]. Isto é tudo uma mentira, enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução", acusou.
As críticas de Medina Carreira estenderam-se aos estudantes que saem das escolas "e não sabem coisa nenhuma".
"O que é que vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda por aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa-fandanga", frisou.
Defendeu um regime educativo "exigente, onde se aprenda, porque os empresários querem gente que saiba".
Questionado pela jornalista Fátima Campos Ferreira, anfitriã da tertúlia, sobre a avaliação de professores, Medina Carreira classificou-a de "burrice".
"Se você não avalia os alunos, como vai avaliar os professores?", inquiriu.
Admitiu, no entanto, que os professores terão de ser avaliados, desde que exista "disciplina nas aulas, o professor tiver autoridade, programas feitos por gente inteligente e manuais capazes", argumentou, arrancando aplausos da assistência.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1442460
domingo, 6 de dezembro de 2009
Gravado na Rocha
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Não será do ensino profissional que virão os leitores de amanhã
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Gravado na Rocha
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Uma ideia de jerico para Portugal
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
A Obsessão do Fogo
Num diálogo erudito, fascinante e enriquecedor, Eco e Carrière descrevem a trajectória dos vários suportes do conhecimento nos últimos dois mil anos de história. Ambos os pensadores começam o seu diálogo concordando que o livro não morrerá suplantado pelo e-book. Debatem sobre o porquê de alguns livros chegarem até nós e outros não. E porque são alguns livros e autores esquecidos e outros não. Do mesmo modo que se debruçam sobre as motivações que levaram à censura e à destruição do livro enquanto suporte do saber, desde a damnation memoriae no Império Romano passando pelas purgas literárias da inquisição, do nazismo e do comunismo.
A importância do saber e o prazer de coleccionar e viver rodeado por livros são também abordados neste extraordinário diálogo assim como o que fazer dessas colecções, construções de uma vida, após o desaparecimento dos coleccionadores. Além do medo de se verem privados destas frutuosas bibliotecas particulares ainda durante a vida, especialmente se destruídas por um incêndio do que resulta o título do livro: “A Obsessão do Fogo”. Todos os amantes da leitura, do saber, do conhecimento, da cultura e do livro encontram nesta obra ingredientes suficientes para uma enriquecedora e deliciosa leitura.
Nota negativa para a capa, onde o nome de Jean-Claude Carrière aparece como se de um autor secundário se tratasse, quando na realidade é Carrière quem tem uma maior preponderância durante todo o diálogo. O oportunismo publicitário da editora Difel no destaque do nome de Umberto Eco (que chega a ser superior ao próprio título do livro) é lamentável e injusto. Eco vende certamente mais do que Carrière, mas será que a colocação do nome dos dois autores num plano semelhante se traduzira em menores vendas? Como diria o Herman, não havia necessidade…
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Paulo Portas venceu Liga Vitalis a Francisco Louçã
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
O calcanhar de Louçã
Acredito na sinceridade de Francisco Louçã quando afirma não querer coligar-se com José Sócrates depois das eleições de 27 de Setembro. Contudo, se o PS não conseguir a maioria absoluta e pretender uma coligação com o Bloco provavelmente não restará outra solução a Louçã que não seja a de se coligar com os socialistas e assim formar o único governo da UE que conta com a presença da esquerda radical.
A razão pela qual não resta outra solução senão a coligação pós-eleitoral a Louçã é que o Bloco já começa a ter uma clientela que necessita de ser alimentada. Os militantes do Bloco são funcionários públicos, jovens e adultos frustrados sem emprego ou com emprego precário, além do tipo de gente sem valor nem sucesso que necessita desesperadamente do Estado para obter um lugar na mesa da classe média nacional. Havendo uma possibilidade de coligação, isto é, a atribuição de uns três ou quatro ministérios (com os respectivos institutos, delegações regionais, etc.) ao Bloco, a pressão dessa gente será tal que Louçã será, contra a sua vontade, obrigado a se coligar com Sócrates.
Trata-se de muitos tachos públicos. Uma oportunidade que, para essa gente, poderá ser a única de uma vida e que portanto não a pode desperdiçar sob nenhum pretexto, sobretudo moral. E Louçã, no alto da sua superioridade moral, terá que ceder às pretensões da sua faminta clientela. Caso contrário, tal como Aquiles foi derrubado depois de alvejado no seu calcanhar pelo incapaz príncipe Paris, também Louçã será derrubado pelos incapazes dos seus militantes caso lhes recuse o acesso a cargos públicos que tanto anseiam. O “coordenador” do BE, inteligente como é, depressa vai perceber o fascínio que o dinheiro exerce sobre as pessoas de esquerda.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Livros do Corisco: "Obsessão Antiamericana" (JF Revel)
terça-feira, 15 de setembro de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
A democracia da hipocrisia
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Com exemplos destes o liberalismo fica na gaveta
terça-feira, 23 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Revolução verde no Irão, sim o ocidente consegue
É de plástico sim senhor
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Se é para a desgraça é para a desgraça
sábado, 13 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Planeta Ronaldo não é do PCP nem do BE
quinta-feira, 11 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Igrejas Laicas
terça-feira, 9 de junho de 2009
Sondagens e sondadores
Celebrar a derrota socialista com calma
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O filtro da democracia
Os europeus confiam na Direita
quarta-feira, 3 de junho de 2009
A onda da "suspensão"
terça-feira, 2 de junho de 2009
domingo, 31 de maio de 2009
sábado, 30 de maio de 2009
Palavras do Corisco (3)
«Bem sei que o keynesianismo está na moda e que ninguém quer ouvir falar de um Estado mínimo. Pouco me importa. Continuo absolutamente convencido de que a forma mais eficaz de reduzir o abuso de poder por parte dos nossos governantes (i.e. a eficácia das tais "pressões") é reduzir o tamanho do Estado. Ninguém pode impedir que um qualquer primeiro-ministro acorde de manhã, se olhe ao espelho e, qual Luís XIV, diga baixinho: "L'État c'est moi." Pois que seja. Desde que seja pequenininho.» Pedro Norton (Visão, 21-5-2009).
«Ao contrário do que se tem dito e escrito, a crise que estamos a atravessar é uma crise não de retrocesso mas de crescimento do capitalismo. Esta crise não vai ‘disciplinar’ o capitalismo, nem é o canto do cisne do neo-liberalismo, como alguns pretendem. Esta crise não vai melhorar a regulação nem aumentar o controlo do Estado sobre as empresas. O que vai suceder é precisamente o oposto: a regulação vai diminuir e o controlo dos Estados vai ser menor.» José António Saraiva (Sol, 22-5-2009).
«A pobreza dos debates, a inconsistência das propostas, o cansaço dos eleitores não são elementos novos que decorrem do período eleitoral: são, antes de mais, o espelho de uma forma de fazer política que se cristalizou entre nós. A campanha que agora se inicia limita-se a confirmar esse lamentável estado de coisas. Não se discute a Europa apenas por oportunismo político ou porque se quer adulterar o sentido destas eleições, mas sim porque a Europa há muito que se afastou de nós, porque, esgotados os fundos que não soubemos aproveitar, é um mundo do qual deixámos de fazer parte, um conceito vago que serve apenas para aferir da mediocridade nacional: dos maus resultados na Educação, das deficiências estruturais da Economia, do estado em que se encontra a Justiça ou da impunidade que reina nos mais variados sectores.» Constança Cunha e Sá (Correio da Manhã, 26-5-2009)
«Um pedido ao primeiro-ministro: não saia mais pela porta das traseiras. Quando for apenas um cidadão, saia como quiser e por onde quiser. Enquanto for primeiro-ministro, coisa que eu espero ansiosamente que finde, saia pela porta da frente. Ao menos isso. Não envergonhe a democracia.» Helena Matos (Público, 28-5-2009)
«Perante a falência possível do Estado acusador algo terá de ser feito, e, embora a solução comporte riscos de justicialismo, é de encarar a hipótese de o Procurador-Geral da República passar a ser eleito directamente pelos cidadãos. Isso traria maior legitimidade, autonomia e unidade à acção da PGR.»
José Medeiros Ferreira (Correio da Manhã, 30-5-2009)quinta-feira, 28 de maio de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
A ideologia dos TPCs
terça-feira, 26 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
Quando a cegueira ideológica se chama “independência”
Hoje, terminou um programa de análise política no Rádio Clube Português cuja “estrela” era um comentador chamado Artur Pereira. A coisa entristeceu inúmeros ouvintes e levou mesmo às lágrimas alguns outros. Nunca fui ouvinte assíduo do mesmo, exactamente pelo motivo oposto aos que agora choram pelo seu encerramento: detestava o comentador pelo seu uso sem pudor de um populismo parolo e primário de esquerda.
Na despedida, o próprio Artur Pereira elogiou-se a si mesmo pela “independência” da sua análise política frisando que: “sempre combateu a Direita [PSD e CDS] e a falsa Esquerda [PS]” por ser um comentador “independente” como “muito poucos”. Pelos vistos, o critério de “independência” não se aplica ao alinhamento partidário com partidos como o Bloco ou o PC, nem ideológico com doutrinas totalitárias de extrema-esquerda. Isso porque a cegueira ideológica desses tarados de extrema-esquerda chama-se “independência”.
sábado, 23 de maio de 2009
Palavras do Corisco (2)
«A caridade não é a missão do Estado. A missão de Estado é garantir a nossa segurança, sem mas, nem ambiguidades. É inaceitável que tal se diga como explicação, argumento, desculpa, hesitação, em vez de dizer-se claramente que os pobres não fazem carjacking, não se armam com uma caçadeira e não vão assaltar bancos, bombas de gasolina, ourives e ourivesarias, e caixas multibanco, para comprar roupa de marca.» José Pacheco Pereira (Público, 17-5-2009).
«Os defensores das quotas, os mais agressivos e agressivas, têm a mania de insinuar que os críticos das quotas são "machistas". E, aliás, este debate é dominado pelo medo que as pessoas têm de ser apelidas de "machistas" (ou de "parvas", quando se trata de mulheres que criticam, e bem, as quotas). É um pouco como noutros debates. Se criticas o islamismo, és "racista". Se criticas o rendimento mínimo, és "insensível". São ainda os efeitos do velho esquema do Comintern: se criticas o comunismo, és "fascista"». Henrique Raposo (Clube das Repúblicas Mortas, 19-5-2009).
«A grande esperança da renovação da esquerda em Portugal vem dum recém-nascido com 73 anos, Manuel Alegre de seu nome.» Helena Matos (Blasfémias, 21-5-2009).
«Numa atitude surpreendente, Cavaco Silva veio dizer que os números de desemprego do INE de finais de 2008 estão mal avaliados. Doravante, não devemos confiar em estatísticas do Instituto Nacional de Estatística. Pois se nem o PR acredita, porque deveríamos nós confiar?» Paulo Morais (Blasfémias, 21-5-2009).
«Saudosismo é doença. Não sou saudosista. Sempre tendo a achar que vivo melhor agora do que antes. De facto, vivo melhor agora do que antes. Jorge Luís Borges estava certo: era um conservador na medida em que queria conservar as coisas boas e descartar as ruins.» Bruno Garschagen (União de Facto, 21-5-2009).
«O "neoliberalismo" tornou-se um chavão, uma muleta do discurso anti-capitalismo e anti-economia de mercado popularizado em Portugal sobretudo pelos partidos à esquerda do PS.» Paulo Pinto Mascarenhas (ABC do PPM, 22-5-2009).
quarta-feira, 20 de maio de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
Pobre sim, mas com vergonha?
Durante toda a minha vida só uma vez vivi à custa de subsídios estatais: durante 6 meses em que frequentei uma especialização em Marketing Turístico para recém-licenciados desempregados. Foi o pior tempo da minha vida. A vergonha desmoralizava-me de tal maneira que a coisa acabou num tratamento psiquiátrico. Superei a vergonha e, com muito trabalho e sem cunhas, tenho um emprego relativamente compatível com o meu nível académico e profissional. Mas aqueles tempos ainda me causam arrepios na espinha…
Agora, quando me deparo com esses números de beneficiários do RSI, pergunto-me se essas pessoas não sentem um mínimo de vergonha e frustração pessoal por receberem essa esmola do Estado. Como é que se consegue viver a assistir, muitas vezes no sofá, aos outros a lutarem pela vida sem fazer nada além de parir filhos uns atrás dos outros, seguir telenovelas umas a seguir às outras, ou passar horas intermináveis no café a contemplar o nada.
Contudo, não me parece que muitos (senão mesmo a maioria) destes “pobres” tenham um pingo de vergonha. É que para se ter vergonha é preciso ter valores e muita dessa gente não reconhece nenhum valor que não seja o valor do dinheiro. Aliás, viver à pala do RSI tornou-se um modo de vida. Assisti na TVI a uma “pobre” que, confrontada por uma jornalista sobre se estava acomodada ao rendimento, responde enfezada que: “se tenho quatro filhos só posso arranjar um emprego das 10h. às 16h., por isso não arranjo porque tenho de ir buscá-los à escola!” Elucidativo sintoma de uma sociedade que se encontra doente pela assistência sem pudor oferecida por um Estado neo-socialista que explora os trabalhadores para sustentar os malandros em nome duma patética “solidariedade”. Eu, no que me toca (e toca bastante), tenho de sobra aquilo que lhes falta a eles: vergonha, isto é, vergonha de viver num país junto de gente como essa.
sábado, 16 de maio de 2009
Palavras do Corisco (1)
«A esquerda poderá dar ao PS menos trabalho do que o previsto. Não por acaso, Alegre prepara-se para regressar à família. Com a ressurgência da direita, aumentou para os eleitores de esquerda o risco de, votando PCP ou BE, ajudarem a pôr o PSD à frente e assim liquidarem de vez a hipótese de uma "política de esquerda"»
Rui Ramos (Correio da Manhã, 15-5-2009)
«A diferença ganhadora do FC Porto também se distingue na desafinação dos seus adversários. Os clubes da 2ª Circular, generosamente ainda chamados “grandes”, há muito que jogam noutro campeonato. Moram num Mundo de quimeras onde a paisagem é feita de fantasia justicialista, temperada de amarguras ressabiadas e com uma confrangedora desarrumação estratégica. Sem rivais à altura, a Liga indígena já só serve para o Campeão treinar para a Champions.»
Carlos Abreu Amorim (Correio da Manhã, 11-5-2009)
«Posso obviamente estar errado, mas há muito tempo que se adivinha a estratégia de Manuel Alegre. Numa primeira fase, fazer a oposição interna a José Sócrates para conquistar a simpatia da restante esquerda, sem no entanto nunca criar grandes dificuldades à governação socialista. Depois, fazer as pazes com a liderança do PS e conquistar um número abrangente de apoiantes na lista de deputados para as eleições legislativas. Finalmente aparecer em 2011 com o apoio de toda a esquerda nas presidenciais contra Cavaco Silva.»
Nuno Gouveia (31 da Armada, 14-5-2009)
«A partir de Outubro, a democracia portuguesa vai ter resultados eleitorais que a forçarão à procura de uma regeneração que nos livre da demagogia eleitoralista de leis feitas à pressa, onde tanto se procura a criminalização do enriquecimento ilícito, como, no dia seguinte, se permite a imagem do deboche no financiamento partidário.»
José Adelino Maltez (Sobre o tempo que passa, 14-5-2009)
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Gravado na Rocha
terça-feira, 12 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
"Viva a Água" - Bocage
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.
Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da rasca
tira o cheiro a bacalhau da lasca
que bebe o homem que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão
Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho
Meus senhores aqui está a água
que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.»
Bocage
domingo, 10 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
Do Desejo (H. Hilst)
Sobre o teu sexo, deverias crer?
E se não for verdade,
em nada mudará o Universo.
Se eu disser que o desejo é Eternidade
Porque o instante arde interminável
Deverias crer? E se não for verdade
Tantos o disseram que talvez possa ser.
No desejo nos vêm sofomanias, adornos
Impudência, pejo.
E agora digo que há um pássaro
Voando sobre o Tejo.
Por que não posso
Pontilhar de inocência e poesia
Ossos, sangue, carne, o agora
E tudo isso em nós que se fará disforme?»
Hilda Hilst (Do Desejo, 1992)
sexta-feira, 8 de maio de 2009
A conspiração barata do Bloco Central
quinta-feira, 7 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Liberal do Corisco
terça-feira, 5 de maio de 2009
Vos estis sal terra |
Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...
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Estas extraordinárias fotos de Nuno Sá foram tiradas este ano junto à costa da ilha de Santa Maria nos Açores. Ilhas do corisco.
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Há na montanha um deus desconhecido um deus que não tem voz mas não se cala seu silêncio é de fogo mal contido seus sinais são mistérios e s...