"A questão é saber se há pessoas honestas quando o interesse ou a paixão estão em jogo." Talleyrand.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
III República: uma oportunidade para a mudança
Multiculturalismo de sarjeta
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Preservar Guantánamo
Gostava de ver a extrema-esquerda em geral e a eurodeputada Ana Gomes em particular continuar a berrar pelo encerramento de Guantánamo…
A Tolerância natalícia islâmica
Saddam Hussein era um dirigente laico que protegia os cristãos. Desde que foi deposto, em 2003, a comunidade cristã viu-se sem protecção em relação aos queridos muçulmanos e agora só restam 200 mil dos 400 mil cristãos árabes que existiam antes da ocupação norte-americana. Não muito longe, em Belém, na Palestina, a comunidade cristã passou de 10 mil para 5 mil habitantes nos últimos dez anos. Porque será? E, já agora, o que foi feito dos 50 milhões de cristãos que existiam no mundo árabe em 1945?
Porque fogem ou morrem os cristãos residentes nos países islâmicos se afinal esses fofinhos muçulmanos são tão queridos, tão meigos, tão pacíficos e tão tolerantes?
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Professores rascas
Em relação à mudança de profissão dizer que não existe alternativa revela toda a estirpe dessa gente. Alternativa existe sempre. Não existe é fora do ministério da Educação um lugar à mesa da classe média-alta para gente que não tem valor para nada, como a maioria desses professores rascas. Fora do Estado todos, duma maneira ou de outra, são avaliados e só os bons vingam. Os outros fracassam. E muitos dos que são hoje professores são-no apenas porque foi esta a maneira mais fácil que conseguiram para ter um emprego seguro, com um ordenado que jamais iriam obter fora do Estado. Por isso não existe “alternativa”.
E a falta de “oportunidade” para a reforma revela somente o gosto pelo trabalho que é comum a todos os profissionais rascas. Enquanto as assinaturas são o “torresmo da agonia” de quem já percebeu que a vida fácil sem avaliações e com progressões automáticas na carreira terminou. E terminou para sempre. Tal como um porco despeja o último dejecto antes de lhe ser retirada a vida, também os professores rascas despejam uma última assinatura, não pela vida, mas pela vida fácil. E ainda há gente que acredita que os professores querem realmente ser avaliados...
sábado, 20 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Liberdade (Cecília Meireles)
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda."
Cecília Meireles in Romanceira da Inconfidência
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Escrito com Cabeça (19)
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Fazer o que o dono manda
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
No país de Chávez respeitam-se assim os Direitos Humanos
Assim se trata um detido no país de Chávez, muito querido da nossa esquerda. O regime e a personalidade de Chávez encantam muita gente como Mário Soares, Manuel Alegre, Louçã e restante turba. Espero que também o tenha encantado a si.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Será possível?
É. Nobre Guedes não conseguiu ser sequer eleito delegado para o congresso do CDS.
É a humilhação total dum político e das suas aspirações – certamente tidas por patéticas pelos militantes centristas. Também, quem apresenta uma moção intitulada “Audácia da Mudança” (um trocadilho que junta metade do título do livro de Obama com o seu slogan de campanha) cuja principal proposta que apresenta é o estabelecimento de uma “Grande Coligação” que agrupe PS, PSD e, vejam aquela cabeça, CDS (!?) o que é que se poderia esperar…
André Freire apaixonado
Realmente, as “esquerdas” não governaram durante o Estado Novo, nem depois do “25 de Abril” por eleições democráticas. Mas governaram toda a I República com uma performance tão horrível que obrigaram os portugueses a viver 48 anos de ditadura. Portanto, as “esquerdas” foram responsáveis pelo pior e mais vergonhoso período político da história de Portugal: a I República. E, já depois de “Abril”, o PREC e o Vasco Gonçalves relembraram muito bem o que são essas “esquerdas” no poder. Gabo a frontalidade com que André Freire veste a farda da extrema-esquerda de Alegre e Louça. Mas acho que já chegou de massacre político, económico, social e cultural dessas “esquerdas” em Portugal e no planeta, por favor.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Cisão? Não.
O PSD-Açores não se vai separar do PSD. Portugal não é a Alemanha e os Açores não são a Baviera, por isso o modelo CSU bávara no interior da CDU germânica não faz sentido nenhum em Portugal, onde partidos regionais pura e simplesmente não funcionam, nem sequer nas regiões autónomas, e o eleitorado açoriano nunca iria perceber essa patética hipótese de “cisão” apenas à escala dos Açores e muito dificilmente mudariam o seu sentido de voto para uma nova força política de centro-direita das ilhas. Basta encomendar um estudo a uma empresa de sondagens para confirmar isso. E se não fez sentido em 1975, não é certamente em 2008 que passaria a fazer. Aliás, se fosse possível Alberto João Jardim, na Madeira, já o teria feito há muito tempo.
É obvio que o PSD nos Açores, seguindo a sua tradição autonómica, terá que se colocar ao lado de Carlos César. O contrário, isto é, apoiar o PR, seria um erro tremendo. Seria a negação da tradição autonomista do partido no arquipélago. E quando um partido político de centro-direita rompe com as suas tradições (e logo com a mais importante) decreta a sua própria morte.
O problema, no meu entender e em benefício do partido, pode ser resolvido da seguinte maneira: Ferreira Leite manda os deputados do PSD aparecerem na Assembleia da República e votar contra a aprovação do EPA, mas Berta Cabral, Mota Amaral e acólitos fazem uma ou mais conferências de imprensa a manifestar o seu apoio à aprovação do EPA, escrevem uns artigos sonantes para os jornais, dão umas entrevistas ou prestam umas declarações de indignação para com Cavaco Silva à televisão e às rádios açorianas e assim ilibam-se junto do eleitorado dos Açores e protegem-se das investidas de César - que está inquieto por acusar os políticos dos PSD-Açores de defenderem primeiro os interesses do partido e só depois os interesses dos Açores. Depois explicam a Manuela Ferreira Leite que os dois deputados do PSD eleitos pelos Açores terão que votar a favor do Estatuto e fazem novamente os mesmos exercícios comunicativos declarando, com pompa, que “tudo fizeram para o EPA fosse aprovado”. Depois esperam, com a consciência tranquila, que o tempo e o silêncio façam esquecer o assunto. E tudo acaba bem para o PSD e para o PSD-Açores. É assim que se faz política, tanto aqui como no resto do planeta.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Escrito com Cabeça (18)
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Escrito com Cabeça (17)
Rui Ramos no Público (10-12-2008)
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
Liberal do Corisco
sábado, 6 de dezembro de 2008
O Benfica é o Clube do Estado
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Engenheiro?
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Miserável Bloco
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
A hora de Jaime Gama
As independências regionais dentro dum “Estado unitário”
Isto leva-me a uma dúvida: os líderes nacionais dos principais partidos portugueses mandam nas delegações regionais dos Açores e da Madeira dos seus próprios partidos? Sócrates manda em César? Guterres mandou em César? Algum líder do PSD manda ou mandou em Jardim? E, já agora, isto é normal num “Estado unitário”, como diz no artigo 6 da Constituição da República Portuguesa?
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Os professores avaliados pelos Gato Fedorento
Para um professor que não quer ser avaliado este vídeo deve ser de puro humor negro. Afinal só a utilização da palavra "avaliação" já aterroriza.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
O 1 de Dezembro no imaginário nacionalista
E a porca comunista torceu o rabo
O PCP espera capitalizar o voto dos descontentes sozinho. O que se compreende perfeitamente. Então, depois de 3 anos a fazer “oposição de rua” através das centrais sindicais e dos sindicatos (como a SGTP e a Fenprof) controlados pelo PCP é de esperar recolher os frutos dessa aposta e não reparti-los com outros.
Mas, não foi apenas a vontade de capitalizar sozinho os protestos da rua que liquidou essa união da extrema-esquerda. Paradoxalmente, foi Manuel Alegre quem deitou por terra um eventual acordo que viesse a consumar essa união através dos seus apelos à construção dum novo “paradigma”. Foi ai que a porca comunista torceu o rabo. O PCP tem o seu “paradigma”: o marxismo-leninismo. E não quer, nem precisa de outro.
Gravado na Rocha
domingo, 30 de novembro de 2008
Resultados do imperialismo americano no Afeganistão
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Umas pérolas de Churchill
Pérola 2) Convite de Bernard Shaw a Winston Churchill: "Tenho o prazer e a honra de convidar Sua Excelência, Senhor Primeiro-Ministro, para apresentação da minha peça "Pigmaleão". Venha e traga um amigo, se tiver." Bernard Shaw.
Pérola 3) Num debate no Parlamento inglês, enquanto Churchill discursava, foi interrompido por uma deputada da oposição. Churchill não gostava de ser interrompido. Mas, foi dada a palavra à deputada que, em alto e bom som, vociferou: - "Se Vossa Excelência fosse o meu marido punha-lhe veneno no chá!" Churchill, com muita calma, tirou os óculos e, depois de um silêncio em que todos estavam suspensos de ansiedade pela resposta, exclamou: - "E se eu fosse o seu marido, tomava-o."
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
"Orgulho em ser Branco"
“Orgulho em ser Branco”. Finalmente alguém diz isto. Quantas pessoas estão actualmente a prestar atenção a isto? Existem Afro-Americanos, Americanos Hispânicos, Americanos Asiáticos, Americanos Árabes, etc. E depois há os apenas Americanos. Vocês passam por mim na rua e mostram arrogância. Chamam-me 'White boy, ''Cracker,' 'Honkey,' 'Whitey,' 'Caveman' ...e está tudo bem. Mas quando euvos chamo Nigger, Kike, Towel head, Sand-nigger, Camel Jockey, Beaner, Gook, or Chink, vocês chamam-me racista. Quando vocês dizem que os Brancos cometem muita violência contra vocês, então por que razão os ghettos são os sítios mais perigosos para se viver? Vocês têm o United Negro College Fund.
Vocês têm o Martin Luther King Day. Vocês têm Black History Month. Vocês têm o Cesar Chavez Day. Vocês têm o Yom Hashoah. Vocês têm o Ma'uled Al-Nabi. Vocês têm o NAACP. Vocês têm o BET [Black Entertainment Television] (tradução: Televisão de Entretenimento para pretos) Se nós tivéssemos o WET [White Entertainment Television] seríamos racistas. Se nós tivéssemos o Dia do Orgulho Branco, vocês chamar-nos-iam racistas. Se tivéssemos o mês da História Branca, éramos logo taxados de racistas. Se tivéssemos alguma organização para ajudar apenas Brancos a andarem com a sua vida para frente, éramos logo racistas.
Existem actualmente a Hispanic Chamber of Commerce, a Black Chamber of Commerce e nós apenas temos a Chamber of Commerce. Quem paga por isto? Uma mulher branca não pode ser a Miss Black American, mas qualquer mulher de outra cor pode ser a Miss América. Se nós tivéssemos bolsas direccionadas apenas para estudantes brancos, éramos logo chamados de racistas. Existem por todos os EUA cerca de 60 colégios para negros. Se nós tivéssemos colégios para brancos seria considerado um colégio racista. Os pretos têm marchas pela sua raça e pelos seus direitos civis, como a Million Man March. Se nós fizéssemos uma marcha pela nossa raça e pelos nossos direitos seríamos logo apelidados de racistas.
Vocês têm orgulho em ser pretos, castanhos, amarelos ou laranja, e não têm medo de o demonstrar publicamente. Mas se nós dissermos que temos “Orgulho Branco”, vocês chamam-nos racistas. Vocês roubam-nos, fazem-nos carjack, disparam sobre nós. Mas, quando um oficial da polícia branco dispara contra um preto de um gang ou para um traficante de droga preto, que era um fora-da-lei e um perigo para a sociedade, vocês chamam-no racista. Eu tenho orgulho. Mas vocês chamam-me racista. Por que razão só os brancos podem ser chamados de racistas?
domingo, 23 de novembro de 2008
O marxismo é a ditadura dos burros
O marxismo é o regime político que permite que os burros possam ascender a lugares de chefia no Estado e na sociedade que numa democracia liberal jamais ascenderiam. Imaginam Honecker como chanceler da ex-RFA? Ou Estaline como presidente dos EUA? Só numa ditadura dos burros gente desse nível intelectual e até humano chegou onde chegou. Tudo isto em nome da “igualdade”. Mas afinal uma pessoa burra não é “igual” a uma pessoa inteligente?
O marxista é burro e daqui não saio
sábado, 22 de novembro de 2008
O mais deplorável acordo possível
A melhor hipocrisia
Hipocrisia por hipocrisia, eu prefiro a do governo.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
O melhor conselho que posso dar
Claro que muitos professores são profissionais extremamente competentes e merecem, pelo seu próprio mérito, os privilégios que desfrutam. Outros não. E não é bom para ninguém, a começar pelos professores, que uma determinada profissão seja em si garante de sucesso. Só a competição estimula os bons. E há muitos bons professores em Portugal. E os alunos só beneficiam em terem professores com vontade de lhes transmitir conhecimentos melhor do que outro professor colega seu. Da parte dos alunos só existem vantagens em terem os seus professores avaliados.
Uma antiga professora, discípula de Marx, que tive numa sessão de evangelização marxista (aula na universidade) “ensinou” aos alunos que “classificar é mau por colocar em prateleiras”. Esta citação explica toda a utilidade actual do marxismo. Para agirmos com vontade de progredir pessoal e profissionalmente rumo ao sucesso basta escutarmos tudo o que o marxismo nos ensina e fazermos precisamente o contrário. Resulta sempre. Este é o melhor conselho que algum dia poderei dar a alguém.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Vale a pena perder tempo com Manuel Alegre
A entrevista constitui um forte exemplo da perigosa, mas sedutora, mediocridade de esquerda. Como ninguém percebe bem o que se passa relativamente à crise, essa esquerda de que Alegre foi desta vez o porta-voz avança com explicações simples: culpa a “globalização” e, aproveitando este compasso de espera no conhecimento da crise, elimina doutrinas de que não gosta decretando a “derrota do liberalismo”. Disserta sobre banalidades e sobre soluções avança com a criação dum novo “paradigma” sem explicar o que é esse “paradigma”. Os delírios ideológicos do costume. E Alegre delira bem.
Mas o problema de delirar ideologicamente imenso é que, por vezes, se confunde as doutrinas de que se é crente com aquelas que se combate. Notem esta pérola: “É perfeitamente legítimo que as pessoas se entreguem aos negócios, façam a sua vida nos negócios, que ganhem dinheiro, façam riqueza...” Contudo, como o pessoal da esquerda é por definição distraido talvez não repare.
Cavalgando ou não a onda, Alegre é também adepto de Obama que, devendo conhecer bem o democrata devido aos contactos ao mais alto nível que certamente possui em Washington e em Chicago, afiança que o novo Presidente dos EUA também faz parte desse “paradigma” de que fala abundantemente. Mas não explicou se o próprio Barack Obama sabe que faz parte desse “paradigma”. O que vai naquela cabeça.
Ainda no que respeita a delírios, Manuel Alegre continua convencido que o “milhão e cento e trinta mil votos” que obteve nas presidenciais são dele. Se avançar para votos sozinho, com o novo partido que não exclui criar, vai perceber arduamente que não é bem assim e o desgosto pode-lhe ser fatal. Até lá, já percebeu que é quem tem as melhores possibilidades para unir a extrema-esquerda. Por isso o desencanto com o PS que, afinal de contas, só lhe dá o cargo de deputado, algo que até o BE lhe pode conceder.
Contudo, a mais valia da entrevista reside no facto de as coisas à esquerda do PS começarem a se clarificar. Louçã é inteligente e sabe que só tem a ganhar em se aproximar de Alegre tanto faz se juntos no BE ou se juntos numa coligação que inclua o BE e o novo partido de Alegre. Também o PCP, que é a habitual pedra no sapato da união da extrema-esquerda, já revelou, por Jerónimo de Sousa, “disponibilidade para entendimentos”. Se a extrema-esquerda aparecer unida em eleições pode ter um resultado de na ordem dos 20% ou até mais. E o quadro político português pode ficar tripartido em PS, PSD e extrema-esquerda. É por isso vale a pena ler entrevistas ocas e bacocas como a que deu Alegre ao DN.
domingo, 16 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
Professores rascas
A explicação para esse acentuar do radicalismo em protestos de rua por parte dos alunos tem uma explicação: os alunos foram instigados pelos seus professores a actuarem como vândalos contra a ministra e até receberam “dispensa das aulas” para isso, como contaram ao DN duas alunas.
A estupidez de Chelas é disso cabal exemplo. Várias dezenas de estudantes foram monopolizados, pelos respectivos docentes, unicamente para se portarem como arruaceiros, isto é, para insultar ao mesmo tempo que atiravam objectos como ovos e tomates que servem antes de mais para humilhar os políticos legitimamente eleitos em causa. A prova disso está no facto de esses professores rascas não terem ensaiado com os alunos os impropérios que estes deveriam dirigir aos secretários de estado. Como não sabiam porque protestavam, os alunos cantaram: “viva o Benfica” entre outras boçalidades.
O objectivo desses professores é criar o caos no sistema educativo para assim pressionar a ministra a não os avaliar. Ou como dizem: “suspender a avaliação”. Não explicam é até quando deve ser a avaliação suspensa na esperança que essa fique eternamente suspensa. Porque o que os professores não querem é ser avaliados.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
John Howard à Comunidade Muçulmana da Austrália
A nossa cultura está desenvolvida desde há mais de dois séculos de lutas, de habilidade e de vitórias de milhões de homens e mulheres que procuraram a liberdade.
A nossa língua oficial é o Inglês; não é o Espanhol, o Libanês, o Árabe, o Chinês, o Japonês, ou qualquer outra língua. Por conseguinte, se desejam fazer parte da nossa sociedade, aprendam a nossa língua.
A maior parte do Australianos crê em Deus. Não se trata de uma obrigação cristã, de influência da direita ou pressão política, mas é um facto, porque homens e mulheres fundaram esta nação sobre princípios cristãos, e isso é ensinado oficialmente. É perfeitamente adequado afixá-lo sobre os muros das nossas escolas. Se Deus vos ofende, sugiro-vos então que encarem outra parte do mundo como o vosso país de acolhimento, porque Deus faz parte da nossa cultura.
Nós aceitaremos as vossas crenças sem fazer perguntas. Tudo o que vos pedimos é que aceitem as nossas e vivam em harmonia e em paz connosco.
Este é o nosso país, a nossa terra, e o nosso estilo de vida. E oferecemo-vos a oportunidade de aproveitar tudo isto. Mas se vocês têm muitas razões de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do nosso compromisso, das nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de vida, incentivo-os fortemente a tirarem partido de uma outra grande liberdade australiana, o direito de partir. Se não são felizes aqui, então partam. Não vos forçamos a vir para aqui. Vocês pediram para vir para cá. Então, aceitem o país que vos aceitou.»
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Quando um casal de anjinhos disserta sobre “voto racial” dá nisto
Antes tinham enaltecido Obama por ter mobilizado de forma maciça os eleitores de “raça negra” para votar no democrata. Mas isso não é “voto racial”, claro.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
McCain segundo Alberto Gonçalves
domingo, 9 de novembro de 2008
Frases que o povo adora...
Se fosse em Portugal seria puro populismo, mas como é na América...
Mas em Portugal, JFK não dizia uma coisa assim. Dizia qualquer coisa como: não perguntem o que é que vocês podem fazer pelo Estado, mas o que o Estado pode fazer por vocês. E ganhava as eleições.
Discurso final de John McCain (Arizona, 4-11-2008)
My friends, we have -- we have come to the end of a long journey. The American people have spoken, and they have spoken clearly. A little while ago, I had the honor of calling Senator Barack Obama to congratulate him on being elected the next president of the country that we both love.
In a contest as long and difficult as this campaign has been, his success alone commands my respect for his ability and perseverance. But that he managed to do so by inspiring the hopes of so many millions of Americans who had once wrongly believed that they had little at stake or little influence in the election of an American president is something I deeply admire and commend him for achieving.
This is an historic election, and I recognize the special significance it has for African-Americans and for the special pride that must be theirs tonight.
I've always believed that America offers opportunities to all who have the industry and will to seize it. Senator Obama believes that, too. But we both recognize that though we have come a long way from the old injustices that once stained our nation's reputation and denied some Americans the full blessings of American citizenship, the memory of them still had the power to wound.
A century ago, President Theodore Roosevelt's invitation of Booker T. Washington to dine at the White House was taken as an outrage in many quarters. America today is a world away from the cruel and prideful bigotry of that time. There is no better evidence of this than the election of an African American to the presidency of the United States. Let there be no reason now for any American to fail to cherish their citizenship in this, the greatest nation on Earth.
Senator Obama has achieved a great thing for himself and for his country. I applaud him for it, and offer in my sincere sympathy that his beloved grandmother did not live to see this day, though our faith assures us she is at rest in the presence of her creator and so very proud of the good man she helped raise.
Senator Obama and I have had and argued our differences, and he has prevailed. No doubt many of those differences remain. These are difficult times for our country, and I pledge to him tonight to do all in my power to help him lead us through the many challenges we face.
I urge all Americans who supported me to join me in not just congratulating him, but offering our next president our good will and earnest effort to find ways to come together, to find the necessary compromises, to bridge our differences, and help restore our prosperity, defend our security in a dangerous world, and leave our children and grandchildren a stronger, better country than we inherited.
Whatever our differences, we are fellow Americans. And please believe me when I say no association has ever meant more to me than that.
It is natural tonight to feel some disappointment, but tomorrow we must move beyond it and work together to get our country moving again. We fought as hard as we could.
And though we fell short, the failure is mine, not yours.
I am so deeply grateful to all of you for the great honor of your support and for all you have done for me. I wish the outcome had been different, my friends. The road was a difficult one from the outset. But your support and friendship never wavered. I cannot adequately express how deeply indebted I am to you.
I am especially grateful to my wife, Cindy, my children, my dear mother and all my family and to the many old and dear friends who have stood by my side through the many ups and downs of this long campaign. I have always been a fortunate man, and never more so for the love and encouragement you have given me.
You know, campaigns are often harder on a candidate's family than on the candidate, and that's been true in this campaign. All I can offer in compensation is my love and gratitude, and the promise of more peaceful years ahead.
I am also, of course, very thankful to Governor Sarah Palin, one of the best campaigners I have ever seen and an impressive new voice in our party for reform and the principles that have always been our greatest strength. Her husband Todd and their five beautiful children with their tireless dedication to our cause, and the courage and grace they showed in the rough-and-tumble of a presidential campaign. We can all look forward with great interest to her future service to Alaska, the Republican Party and our country.
To all my campaign comrades, from Rick Davis and Steve Schmidt and Mark Salter, to every last volunteer who fought so hard and valiantly month after month in what at times seemed to be the most challenged campaign in modern times, thank you so much. A lost election will never mean more to me than the privilege of your faith and friendship.
I don't know what more we could have done to try to win this election. I'll leave that to others to determine. Every candidate makes mistakes, and I'm sure I made my share of them. But I won't spend a moment of the future regretting what might have been.
This campaign was and will remain the great honor of my life. And my heart is filled with nothing but gratitude for the experience and to the American people for giving me a fair hearing before deciding that Senator Obama and my old friend Senator Joe Biden should have the honor of leading us for the next four years.
I would not be an American worthy of the name, should I regret a fate that has allowed me the extraordinary privilege of serving this country for a half a century. Today, I was a candidate for the highest office in the country I love so much. And tonight, I remain her servant. That is blessing enough for anyone and I thank the people of Arizona for it.
Tonight, more than any night, I hold in my heart nothing but love for this country and for all its citizens, whether they supported me or Senator Obama, I wish Godspeed to the man who was my former opponent and will be my president.
And I call on all Americans, as I have often in this campaign, to not despair of our present difficulties but to believe always in the promise and greatness of America, because nothing is inevitable here.
Americans never quit. We never surrender. We never hide from history, we make history.
Thank you, and God bless you, and God bless America. Thank you all very much.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
A reter: valores de Obama de acordo com o seu discurso de vitória
- Democracia
- Liberdade
- Oportunidade
- Esperança
Mas não é que o homem se esqueceu da igualdade, que a nossa esquerda tanto aprecia...
O lugar da escumalha racista
A enorme grandeza de McCain
O sonho americano sempre existe
Um católico na Casa Branca
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
O pior da noite eleitoral
Um terrível dilema para os inteligentes que odeiam a América (3)
Um terrível dilema para os inteligentes que odeiam a América (2)
Um terrível dilema para os inteligentes que odeiam a América (1)
Está feito um trinta e um naquelas cabeças. Como é que essas cabeças vão poder explicar que um país “extremamente conservador” com uma “cintura bíblica” (!?) pode eleger um presidente negro?
Uma pequena frustação
God bless Barack Obama
A vitória de Obama foi o acontecimento político mais extraordinário que assisti em toda a minha vida. Só me deitei depois do democrata fazer o seu discurso de vitória, aliás extraordinário. E agradeço a Deus ter vivido o suficiente para assistir ao triunfo completo do mérito individual sobre todo o tipo de preconceito, nomeadamente o preconceito em relação às origens humildes e à raça do candidato. God bless America.
O seu discursou de vitória foi de uma incomensurável nobreza de carácter e de atitude. Até me deixou particularmente emocionado. É que Obama conseguiu não apenas vencer o preconceito de muitos americanos em relação à cor pigmentada da sua pele. Consegui também vencer o meu próprio preconceito em relação a ele por esse mesmo motivo.
O preconceito é uma característica das pessoas de direita. E eu sou um liberal conservador. Com a vitória de Obama sinto-me outra pessoa, porque o efeito simbólico desta fez com que o meu preconceito desaparecesse completamente quase de um momento para o outro. Descobri-me a mim mesmo. Agora sei que sou muito mais liberal do que conservador. Obrigado Barack Obama, God bless you.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Por uma questão de esperança
McCain é um grande homem em todos os aspectos. Tal como disse Obama “é um herói de que todos os americanos se devem orgulhar.” Mas, a sua hora foi em 2000 quando perdeu as primárias republicanas para GW Bush. Esta é a hora de Obama. A sua vitória terminará com o anti-americanismo duma forma quase imediata, excepto os palermas do costume. Os EUA voltarão a ser o farol do Ocidente e do Mundo. E vão mostrar aos ignorantes da esquerda (e também da direita) europeus que em todo o Ocidente só na América o liberalismo triunfa, porque só na América um negro pode chegar a Presidente. Lá não existe multiculturalismo – Obama disse que: não existe uma América negra ou um América branca ou latina, mas uma só América” – mas sim um “melting pot” de culturas e de raças. Por isso é perfeitamente normal um negro ser presidente. Espero que esta Europa racista e xenófoba – tão preconceituosa que a sua imprensa apresenta os candidatos como o negro e o branco – aprenda com exemplo americano.
domingo, 2 de novembro de 2008
O presente envenenado dos EUA à extrema-esquerda
A imprensa portuguesa que se encontra repleta de jornalistas ignorantes e/ou de esquerda apresenta mesmo a eleição norte-americana como uma luta do “homem branco” contra o “homem negro”. Escusado será dissertar sobre quem recai a preferência destes ignorantes: sobre “o outro”. E o outro é, neste caso, o preto. O entusiasmo seria o mesmo caso se tratasse duma eleição entre um horrível branco como nós e um descendente de esquimós, de tibetanos ou de índios americanos. Desde que não seja branco é bom. O que interessa é que não seja branco. E quem disser o contrário é burro ou racista ou ambos.
Só que estes possuidores de escassos neurónios esquecem-se que com Obama Presidente dos EUA o anti-americanismo que conseguiram fomentar, com êxito, durante a presidência de Bush – especialmente depois da invasão do Iraque – irá necessariamente decrescer e ter menos receptividade junto da plebe inculta como até agora e assim terão menos “assunto” no futuro. Além disso, não poderão insultar Obama da mesma maneira ordinária que insultavam Bush. Por exemplo, não poderão chamar burro a Obama como chamaram durante oito anos a Bush. Porque Obama é preto, e o politicamente correcto não permite que se chame burro a um preto mesmo que esse preto não tenha capacidade sequer para amarrar os atacadores dos sapatos.
Insultar o Presidente dos EUA foi o truque utilizado pela extrema-esquerda para dessa forma insultarem todos os americanos. Agora a utilidade do truque poderá terminar.
Uma grande vantagem da eleição de Obama poderá ser o fim do anti-americanismo na sua actual dimensão na Europa. O que não favorece em nada os verdadeiros objectivos da extrema-esquerda. Assim se compreende o pouco entusiasmo de Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa e outros esquerdistas mais inteligentes do que aqueles que os seguem em relação ao candidato democrata. Obama poderá ser o presente envenenado dos EUA a todos os anti-americanos. Em caso de vitória democrata, espero que o gozem bem.
sábado, 1 de novembro de 2008
Deve ser qualquer coisa como isto que se entende por “força da natureza”
Bretanha (norte de França) 9 de Dezembro de 2007
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Eleições EUA: a escolha do “meu” candidato
Mas a razão de não ter escolhido um dos dois candidatos deve-se ao facto de estar, desde as primárias de ambos os partidos, divido entre os dois candidatos. Queria que McCain vencesse no Partido Republicano e venceu. Queria, ainda mais, que Obama derrota-se Clinton no Partido Democrata e assim aconteceu. Mas quando a escolha ficou entre McCain e Obama a coisa complicou-se.
Gosto de McCain. É, em si mesmo, um exemplo de bravura, coragem e resistência. E nem mesmo os seus 72 anos resultam em impedimento para tentar alcançar o sonho de toda a sua vida: a presidência dos EUA. Já sigo o senador do Arizona desde as directas republicanas de 2000 que infelizmente perdeu, para desgosto meu na altura, com G. W. Bush. Desde então, observei a sua actuação no senado e não raras vezes gabei-lhe a independência partidária e a fidelidade aos princípios que convictamente acredita. McCain é o que é. Não é um político falso, cínico e mentiroso como tantos outros. É sincero e essa sinceridade inspira confiança. A presidência dos EUA seria o final perfeito de uma vida singular como a do vigoroso ex-prisioneiro de guerra do Vietname.
Barack Obama é a história de sucesso por excelência para mim. Tudo o que Obama é deve em primeiro lugar aos estudos. Aluno brilhante formado na Universidade de Harvard e professor na de Chicago tornou-se num advogado brilhante e num político sagaz pelo seu próprio mérito e trabalho. É a personificação valores do liberalismo: mérito mais trabalho igual a sucesso. Se Obama for eleito presidente é a mais perfeita demonstração de que nos EUA – símbolo máximo da liberdade para toda a humanidade que admite que um candidato chamado Hussein, filho dum muçulmano, possa ser presidente oito anos depois de sofrer um ataque atroz como o do 11 de Setembro – todo o cidadão independentemente das suas origens humildes ou exóticas pode chegar à presidência se tiver talento e competência para isso. E esta mensagem ecoaria com estrondo em todo o planeta. Faria que as pessoas, especialmente as talentosas, trabalhadoras e competentes acreditassem mais em si mesmas.
Se fosse um burro racista ou um estúpido preconceituoso tinha em consideração a raça do candidato. Como não sou e não faço distinção entre brancos, pretos, amarelos ou cafés com natas não tenho, ao contrário da esmagadora maioria dos portugueses, a escolha do “meu” candidato facilitada por critérios de raça como sucede entre a “claque” portuguesa que “apoia” Obama.
Agradeço a Deus não ser americano, porque, mesmo completamente enterrado em informações sobre a vida de ambos os candidatos que me permitiram formar racionalmente uma opinião sobre cada um, ainda não sei em quem votaria.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Está portanto na cara...
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Eu quero os professores avaliados já este ano!
Os professores só pensam em dinheiro. E por isso estão exclusivamente preocupados em “suspender imediatamente” a avaliação do seu desempenho. Porque não querem nem por nada ser avaliados e ainda mais se essa avaliação determinar subidas de escalão de vencimentos. Já são vários milhares os que pediram a sua pré-reforma para evitarem serem avaliados uma só vez na vida. Por isso, além de não permitir o fim do chumbo, como parece ser a intenção do secretário de Estado Valter Lemos, o ministério da Educação enfrenta outro desafio que exige coragem: introduzir definitivamente e para sempre a avaliação pelo desempenho dos professores. Eles vão berrar e guinchar mas depois vão calar-se para assim manterem o emprego, uma vez que a esmagadora maioria dos professores sabe que só podem desfrutar do seu actual nível de vida sendo professores. E só há uma coisa que um professor tem mais medo do que ser avaliado: ficar desempregado e rumar à caixa dum hipermercado ou à secretária dum call center. Por isso, o ministério da Educação tem todas as condições para não ceder na “suspensão imediata” da avaliação, como pretendem os professores, que só podem berrar o guinchar dentro do limite que lhes assegura manter o emprego, ou seja, pouco ou nada porque os portugueses na sua imensa maioria querem ver os professores dos seus filhos a serem avaliados para uma saudável diferenciação pelo mérito entre a classe docente. E o governo sabe disso.
CNE quer construir a sua sociedade socialista a partir da escola
Essa gente do CNE pretende apenas com o fim dos chumbos evitar que se formem elites. Isto é, que alguns alunos se distingam pelo trabalho e pelo mérito de outros alunos que não se esforçam nem ambicionam o que quer que seja. Se a demência educativa do ministério da Educação decidir acolher essa proposta estúpida do CNE daqui em diante os pais já não poderão voltar a se congratular, geralmente em público, de: “o meu filho nunca chumbou”, porque qualquer aluno malandro e imbecil também poderá alegar o mesmo. É o fim da saudável diferenciação pelo esforço, trabalho e pelo mérito na escola em benefício da igualdade naturalmente pautada pela mediocridade: estudar para quê se se passa na mesma? Assim todos os alunos serão mais “iguais”. E a sociedade mais socialista.
domingo, 26 de outubro de 2008
Nobre Guedes é o Morais Sarmento do CDS
Além de não valer nada eleitoralmente e por isso mesmo não se candidatou a Lisboa nas intercalares onde teria uma votação idêntica ou ainda pior do que teve Telmo Correia, Nobre Guedes tem outro problema que sempre o irá perseguir: o “caso dos sobreiros”. Que fustigaria a sua liderança como o “caso Moderna” fustigou a de Portas quando esteve no governo. Recorde-se que a extrema-esquerda e o PS, que quando está na oposição se comporta como se fosse um partido de extrema-esquerda, exigiram a demissão de Paulo Portas de ministro de Defesa por ter sido chamado a depor sobre aquele processo na qualidade de testemunha!
Só Portas pode evitar que o CDS desapareça e o seu eleitorado engrosse o do PSD. Ninguém mais no CDS tem capital político para fazer sobreviver eleitoralmente o partido e Guedes não existe politicamente fora dele. Nobre Guedes é o Morais Sarmento do CDS: vaidoso e com uma auto-estima sobrevalorizada julga-se mais do que aquilo que politicamente vale. Por isso, tal como Morais Sarmento no PSD, é ridícula a sua pretensão de liderar o partido.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
As legislativas açorianas por partido
O PSD manteve a cabeça erguida. Com um líder fraco como Costa Neves, que nem sequer se deu ao trabalho de tentar demonstrar que estava realmente a disputar eleições para ganhar, não foi cilindrado como se previa. Com menos de 20% dos votos que o PS e menos um deputado do que em 2004, o PSD teve a sua pior derrota de sempre nos Açores e em S. Miguel. Mesmo assim, os sociais-democratas açorianos saíram com uma sensação de alívio. Não foram totalmente esmagados e não devem voltar a defrontar Carlos César no futuro. Mas a abstenção pode ter ajudado suavisar esta derrota. Costa Neves, honra lhe seja feita, teve grandeza na maneira como abandonou a liderança. E continua com capital político para, por exemplo, recuperar a Câmara da Angra do Heroísmo para o PSD já nas próximas autárquicas.
O CDS é o pequeno grande vencedor. Apesar do seu líder, Artur Lima, se ter revelado um brilhante parlamentar na última legislatura muito deste sucesso eleitoral é devido a Paulo Portas que voltou a ser ele próprio e arrancou milhares de votos um pouco por todas as ilhas dos Açores. Sem Portas o resultado nunca seria este. O líder nacional do CDS matou dois coelhos duma cajadada: ajudou o CDS-Açores a ter a sua melhor prestação de sempre consubstanciada pelo maior grupo parlamentar (com 5 deputados eleitos) que este partido teve em toda a sua história nos Açores; e Portas ainda transformou estas eleições num excelente balão de oxigénio para os difíceis combates eleitorais que irá disputar no próximo ano. Depois dos desastres nas eleições intercalares de Lisboa e na Madeira, Paulo Portas mostra mais uma vez que continua o “animal político” de sempre.
O Bloco de Esquerda congregou uma parte significativa do voto urbano de S. Miguel e da Terceira para através do círculo de compensação eleger dois deputados. É o segundo pequeno vencedor. Beneficiou da falta de necessidade do voto útil à esquerda e sacou uns milhares de votos ao PS. O eleitorado açoriano possuiu características favoráveis ao crescimento do BE nas ilhas: Ponta Delgada e Angra são cidades bastante urbanas com imensos funcionários públicos de competência mediana, jovens ignorantes, pobres letrados e uma vasta gama de pessoas subsídio dependentes – o seu eleitorado natural, que agora começa a captar.
A CDU voltou ao Parlamento. Mas foi uma vitória amarga porque se viu ultrapassada pelo BE como quarta força da região. O eleitorado da CDU é pequeno, mas fiel. Não foram captados novos eleitores, apenas mantidos os de sempre. A diferença entre o sucesso de 2008 e o fracasso de 2004 reside na existência do círculo de compensação.
Quanto aos outros, o PPM chega à ALRA com um deputado no Corvo por 75 votos. Mas já é uma força com acento parlamentar. É também um dos pequenos grandes vencedores. O mesmo não se pode dizer do MPT que foi outro grande derrotado e também defraudou as expectativas. Tinha um excelente candidato a deputado, mas o facto de concorrer apenas em uma ilha fez com que não conseguisse aproveitar a boleia do círculo de compensação. Por fim, o PDA mantém a seu histórico de mediocridade eleitoral inabalável. Este partido nacionalista açoriano devia reflectir seriamente sobre a sua razão de existir.
domingo, 19 de outubro de 2008
Eleições ALRA 2008 (resultados finais)
- PS: 45.070 votos (49,96%), 30 Mandatos.
PSD: 27.309 votos (30,27%), 18 Mandatos.
CDS-PP: 7853 votos (8,70%), 5 Mandatos.
BE: 2976 votos (3,30%), 2 Mandatos.
PCP-PEV: 2831 votos (3,14%), 1 Mandato.
MPT: 684 votos (0,76%).
PPM: 424 votos (0,47%), 1 Mandato.
PDA: 619 votos (0,69%).
Inscritos: 192.956
Votantes: 90.221 (46,76%)
Abstenção: 102.735 (53,24%)
Brancos: 1695 (1,88%)
Nulos: 760 (0,84%)
O resultado do multiculturalismo
Os “jovens” de 2º geração, nascidos num ambiente de facilitismo (consubstanciado na escola pública “moderna” e numa diversa panóplia de subsídios diversos) protegido por teorias estúpidas da discriminação e xenofobia da extrema-esquerda, não sabem sequer vagamente a noção de deveres seja de que espécie for. E estes “jovens” conservam a segurança das regalias sociais que usufruem através da pressão violenta (carros e casas queimados com um ou outro judeu assassinado) que exercem sobre o Estado francês. Que cede, adiando o problema. O problema é o resultado do multiculturalismo. Os cinco milhões de emigrantes islâmicos das antigas colónias não são franceses. Nunca serão. Detestam França. Só aceitam cheques e casas sociais do Estado francês. Mas nada que implique esforço escolar ou laboral. E não gostam que os insultem com propostas de trabalho ou de obtenção de escolaridade ou de qualquer tipo de regras porque têm “Direitos”, o direito de não trabalhar e viver sobre o manto diáfano do culto do “outro” que tanto estimula a extrema-esquerda como incrivelmente incentiva a passividade dos liberais e dos conservadores sobre o assunto. Assim continuamos a adiar os problemas, a adiar, a adiar…
O poder do "senhor comunicação"
O modo como se insurgiu (disse que “seria um péssimo sinal de que o PSD não teria dignidade face a si próprio” ao lado de António Costa, ferindo de morte essa candidatura junto do candidato socialista) contra a pretensão de Santana Lopes a Lisboa fez estalar o verniz da tentativa da criação duma falsa unanimidade em torno dessa candidatura. Se Pacheco Pereira não se tivesse pronunciado Santana surgia como natural candidato à câmara da capital. Agora já não vai ser tão fácil. Pacheco Pereira colocou Manuela Ferreira Leite no gume da navalha: ou apoia Santana e perde credibilidade e apoios internos, ou veta Santana fazendo dele uma vítima e coloca o PSD em estado de “guerra civil”.
A solução que Ferreira Leite deverá adoptar será a de apoiar discretamente e à distância a candidatura de Santana Lopes, porque com uma distrital da dimensão da de Lisboa unida (29 em 31 votos possíveis) no seu apoio ao “menino-guerreiro” não existe outra solução. O populismo está tão enraizado no partido que já não é possível a nenhum líder acabar com ele, apenas negociar com ele. Aliás, a liderança de Manuela Ferreira Leite nem sequer tem força para impor um candidato que não seja Santana Lopes. E assim continua o PSD nesta sua luta pela ética e credibilidade contra o populismo. Todavia, tenho dúvidas se a ética e credibilidade fazem mais parte do “código genético” do PSD do que o populismo.
PS – Marcelo Rebelo de Sousa depois de lançar (na RTP) a candidatura da Santana Lopes agora (no Sol) manifesta-se contra ela na sua habitual incoerência. Mas agora é tarde para isso. Depois de plantar a semente, pretende agora cortar a planta antes que esta se desenvolva. Marcelo é um péssimo estratega político, e aquele seu estilo de “comunicação popular” afasta-o do papel de “ideólogo” que não é nem nunca poderá ser devido à sua versatilidade política que faz com que cavalgue as ondas para onde quer que seja que os ventos as encaminham. Pacheco Pereira merece respeito pelas suas posições. Marcelo Rebelo de Sousa não.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Desculpa ter duvidado de ti
Santana Lopes: o problema de todos os líderes do PSD
O desconforto de Manuela Ferreira Leite é mais do que evidente – como tão bem se viu ontem na reunião da comissão política nacional. Se a líder Manuela decidir apoiar Santana cede ao populismo. Mesmo que tacticamente cede. Ainda para mais quando possui um nome sério, competente, inteligente, ponderado e responsável para encetar um candidatura promissora à Câmara de Lisboa: Paula Teixeira da Cruz.
Mas o que me incomoda é o silêncio cúmplice desta inegável cedência ao populismo de pessoas como José Pacheco Pereira que tanto se bateram contra aquilo que agora apoiam com a mudez. Pacheco Pereira, Marcelo e outros pensam que o PSD nunca ganhará Lisboa e para marcar uma presença condigna com o histórico das performances eleitorais do partido Santana serve perfeitamente. Grande erro. Se esta direcção apoiar a candidatura de Santana fica para sempre ligada ao santanismo. E nesse sentido não acrescenta nada de novo ao PSD. Pior: se Santana vence, torna-se líder por inerência do partido porque a autarquia lisboeta é o mais importante cargo que o partido detém a nível nacional – excluindo, claro, a Presidência da República, pela natureza do cargo e do detentor. Se Santana alcança um resultado honroso (uma derrota escassa, p. e.) adquire um preponderância dentro do PSD que eclipsará a já de si apagada liderança de Ferreira Leite. E tanto Pacheco Pereira como Marcelo Rebelo de Sousa serão cúmplices duma nova ascensão de Santana Lopes. Fica registado, para posterior apuramento de responsabilidades.
Por outro lado se Ferreira Leite não apoiar Santana será acusada de “partir as pernas” do “menino-guerreiro”, principalmente se o candidato/a que apoiar tiver uma derrota do tipo daquela que Fernando Negrão teve nas eleições intercalares. Ferreira Leite está perante o problema de: “se ficar o bico pega, se fugir o bicho come”. E esse será o problema que estará reservado a todos os líderes do partido que conta com um político como Pedro Santana Lopes a “andar por ai”.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
O que faltou foi a grandeza de saber perder
domingo, 12 de outubro de 2008
Sobre repastos em Matosinhos
A resposta é simples: não. Os gestores de importantes empresas públicas não se devem imiscuir em lutas partidárias. Assim apostam num cavalo. E a derrota desse cavalo pode trazer problemas, nomeadamente de manutenção do cargo e não só, para esses gestores. E por causa dessas apostas colocam escusadamente a estabilidade das empresas em jogo. O que, em última análise, revela pouco profissionalismo, mas muito “tachismo”.
Escrito com Cabeça (16)
Carlos Alberto Chagas (Secretário-geral da FENEI/SINDEP) no DN (11-10-2008)
sábado, 11 de outubro de 2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Vendem computadores "Magalhães" a bom preço
Se o objectivo do Ministério da Educação foi relançar a economia paralela através do “choque tecnológico” conseguiu. Agora os habituais “clientes” frequentadores destes bairros podem acrescentar computadores “nacionais” (segundo o Governo) ao vasto cardápio de produtos ilícitos já há muito disponíveis impunemente que vão desde roupa de marca contrafeita a DVD’s pirateados passando pelos, sempre presentes, produtos “para a cabeça”. Esta mentalidade provinciana do Governo de José Sócrates daria para rir se não fosse o dinheiro dos portugueses que trabalham e das empresas que pagam impostos a pagar mais este hino à parolice nacional.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Vos estis sal terra |
Vos estis sal terra | "I Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porq...
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Estas extraordinárias fotos de Nuno Sá foram tiradas este ano junto à costa da ilha de Santa Maria nos Açores. Ilhas do corisco.
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Há na montanha um deus desconhecido um deus que não tem voz mas não se cala seu silêncio é de fogo mal contido seus sinais são mistérios e s...